terça-feira, 15 de março de 2016

DELAÇÃO: "Aécio recebeu propina de Furnas, diz Delcídio"

Em um dos termos de sua delação premiada, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) afirmou que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), recebeu propina de Furnas, empresa de economia mista subsidiária da Eletrobras.
A declaração de Delcídio confirmou depoimento prestado pelo doleiro Alberto Youssef, que também afirmou que Aécio recebia propina de Furnas, mas não houve abertura de inquérito para investigar o caso.
“Questionado ao depoente quem teria recebido valores de Furnas, o depoente disse que não sabe precisar, mas sabe que Dimas [Toledo, ex-presidente de Furnas] operacionalizava pagamentos e um dos beneficiários dos valores ilícitos sem dúvida foi Aécio Neves”, disse Delcídio.
Ele afirmou ainda que o ex-líder do PP na Câmara José Janene, morto em 2010, também recebia dinheiro de Furnas.
O senador afirmou que Dimas possui “vínculo muito forte” com Aécio e que sua indicação para o cargo teria partido do tucano, junto ao Partido Progressista, na época da gestão Fernando Henrique Cardoso.
Delcídio relata um diálogo que teve com o ex-presidente Lula durante uma viagem em 6 de maio de 2005 na qual Lula lhe perguntou quem era Dimas Toledo.
E, segundo Delcídio, o ex-presidente teria explicado o motivo da pergunta: “Eu assumi e o Janene veio pedir pelo Dimas. Depois veio o Aécio e pediu por ele. Agora o PT, que era contra, está a favor. Pelo jeito ele está roubando muito”.
Para o senador, Lula disse isso porque “seria necessário muito dinheiro para manter três grandes frentes de pagamentos e três partidos importantes”.
Questionado, Delcídio afirma não saber se a irmã de Aécio, Andréa Neves, também estava envolvida em Furnas.
Disse, porém, que na gestão de Aécio em frente ao governo de Minas, a irmã era “uma das grandes mentoras intelectuais dele e estava por trás do governo”.
PARAÍSO FISCAL
O senador também afirma, em outro trecho de sua delação, que ouviu de Janene que Aécio era “beneficiário de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato”.
A sede seria, segundo Delcídio, em Liechtenstein, e a operação financeira teria sido estruturada por um doleiro do Rio de Janeiro. A fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio.
Ainda sobre o tucano, Delcídio relatou um caso na CPI dos Correios, que investigou o mensalão, no qual Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural para fazer uma “maquiagem” nas informações.
“A maquiagem consistiria em apagar dados bancários comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marcos Valério e companhia”, afirmou.
Ele contou que o então secretário-geral do PSDB, Eduardo Paes, foi enviado por Aécio para lhe pedir um aumento no prazo para envio das quebras.
“Ficou sabendo que os dados eram maquiados porque isso lhe fora relatado por Eduardo Paes e o próprio Aécio Neves”, disse Delcídio.
Folha Press

DA SÉRIE ÓLEO DE PEROBA...


CAOS NA SAÚDE PÚBLICA: "Hospital Deoclécio Marques está sem atendimento em ortopedia e clínica médica"

O caos na Saúde Pública do Rio Grande do Norte só aumenta. 
O Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim, de responsabilidade do Governo do Estado, está sem atendimento em ortopedia e clinica médica há quatro dias.
– A ortopedia devido a um atraso no pagamento do Governo do Estado aos médicos. 
– E a clínica médica devido a um atraso no repasse da Prefeitura de Parnamirim, que tem um convênio com o Estado para esse serviço no Hospital. 
O Hospital Deoclécio Marques é referência no atendimento de ortopedia do Estado. Mais uma crise por culpa do Governo Robinson Faria. 
A diretora da unidade hospitalar, Denise Aragão, confirmou ao blog a paralisação da ortopedia e clinica médica, mas ressaltou que a parte de cirurgias – que não sejam de ortopedia – estão sendo realizadas normalmente. 

LAVA-JATO: "Para juíza, denúncia sobre tríplex não traz motivo do favorecimento a Lula"

Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília

Na decisão em que transfere a análise da denúncia e do pedido de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Operação Lava Jato, a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, aponta omissões do Ministério Público de São Paulo na ação que acusa o ex-presidente de lavagem de dinheiro no caso do tríplex em Guarujá (SP).
A juíza afirma, ao fundamentar sua decisão, que os promotores do MP-SP não indicaram o motivo pelo qual Lula teria sido favorecido com o tríplex e também não indicam qual teria sido a origem criminosa da suposta lavagem de dinheiro.
“Não detalha a acusação a origem, o motivo para tal favorecimento, apenas diz que ele ocorreu, mas não indica por que os demais denunciados teriam cedido um apartamento à ex-família presidencial”, diz trecho da decisão.
A juíza cita que as investigações tocadas pela Operação Lava Jato avançam nesses pontos, ao apontar o esquema de corrupção na Petrobras como suposto motivo para a acusação de favorecimento ao ex-presidente.
“Inexiste na narrativa da denúncia ora apresentada, repise-se, a origem do favorecimento ao ex-Presidente da República e sua família, e tal vínculo, como também já ponderado, está contido nos processos que tramitam na ‘Operação Lavajato’, em que se apura a suspeita de os favores derivarem dos benefícios aferidos pelas empreiteiras no esquema que vitimou a Petrobras”, escreve a juíza.
Especialistas apontam a necessidade de que seja indicado o crime que deu origem à lavagem de dinheiro para que possa haver uma condenação judicial.
A reportagem do UOL pediu, por meio da assessoria de imprensa do MP-SP, para ouvir os promotores Cássio Conserino, Fernando Henrique Araújo e José Carlos Blat, autores da denúncia, sobre as afirmações da juíza, mas ainda não obteve resposta.

Pela 1ª vez, cientistas italianos isolam vírus Zika na saliva

Um grupo de virologistas da Unidade de Operações de Microbiologia e Virologia do Hospital da Universidade de Pádua, na Itália, conseguiu isolar, pela primeira vez, o vírus Zika na saliva humana. A pesquisa foi publicada pela revista “Eurosurveillance”.
Segundo os pesquisadores, liderados pelo professor Giorgio Palù, o vírus estava em uma paciente na faixa dos 20 anos, que apresentava os sintomas típicos da doença, como febre, mialgia, conjuntivite e erupções cutâneas, depois de ter retornado de uma viagem à República Dominicana, no mês de janeiro.
Palù disse que o grupo está monitorando italianos que retornaram de países que enfrentam um surto da doença, como Brasil e a Polinésia Francesa. O Zika havia sido isolado em outros fluídos humanos, como no leite materno, na urina e no sêmen e, por causa disso, sua transmissão foi relacionada às relações sexuais. O pesquisador informou que é cedo para determinar que seja possível fazer a transmissão da doença pela saliva.

CORRUPÇÃO: "Entidades denunciam adjunto da STTU por fraude e indícios de corrupção na Prefeitura de Natal"

A gestão do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) está sob suspeita de corrupção. Entidades estudantis decidiram denunciar o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), Clodoaldo Cabral, por participar de um suposto esquema fraudulento na emissão de carteiras estudantis com indícios de corrupção na Prefeitura.
Segundo a denúncia, Clodoaldo Cabral teria sido decisivo para a gestão Carlos Eduardo ter decidido renovar um “convênio fraudulento” firmado ainda durante a gestão Micarla de Sousa, entregando a UNE e a UBES a emissão das identidades estudantis eletrônicas. O documento jamais foi divulgado, assim como não teria sido feita qualquer concorrência para a escolha das entidades.
Além disso, desde o início da parceria entre a Prefeitura até hoje, nunca foi divulgado o valor repassado pela capital potiguar para a UNE e UBES. Isso sem contar a ocultação do convênio e das regras do mesmo.
Clodoaldo também estaria atuando, nos últimos anos, para colaborar com o Seturn no sentido de bloquear carteiras estudantis. O objetivo seria forçar os estudantes a pagarem a passagem de ônibus inteira, aumentando de forma considerável a arrecadação do transporte público em Natal pelas empresas de ônibus.

segunda-feira, 14 de março de 2016

MÔNICA IOZZI: ""O PMDB é uma quadrilha de hipócritas e sangue-sugas"


Após os eventos da última sexta-feira, quando o ex-presidente Lula foi levado por agentes da Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre suspeitas investigadas em nova fase da operação Lava-Jato, o pessoal da classe artística também resolveu se manifestar.

Mônica Iozzi, por exemplo, fez neste sábado uma declaração polêmica nas redes sociais contra o partido do vice-presidente Michel Temer.

"O PMDB é uma quadrilha de hipócritas e sangue-sugas . Ficaram o tempo todo ao lado do PT, são co-responsáveis por tudo e agora são vítimas?!", postou a atriz, em tom de desabafo. 

A declaração de Iozzi rendeu centenas de comentários, alguns deles lembrando os tempos em que ela, então contratada do "CQC" (Band), pegava no pé dos políticos.
Monica Iozzi, contratada da TV Globo, deixou a bancada do "Vídeo Show" há pouco tempo para retomar sua carreira como atriz.

DA SÉRIE ÓLEO DE PEROBA...


APROVEITANDO A OCASIÃO: "Protestos serviram para vendedores desovarem estoques de produtos da Copa"

Nos protestos de ontem, as palavras de ordem contra o governo não eram os únicos gritos que se faziam ouvir. Vendedores ambulantes também anunciavam seus produtos, de água a máscaras da presidente Dilma, de cachorro-quente a pulseiras verde e amarelas.
Muitos aproveitaram a movimentação para liquidar os estoques da Copa do Mundo. Com preços mais baixos, o objetivo era vender até a última bandana aos manifestantes que se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo.
Alguns vendiam inclusive os cartazes produzidos pelo Grupo Habib’s. O dono das marcas Ragazzo e Habib’s posicionou-se ao lado dos protestos contrários ao governo e distribuiu faixas da sua campanha “Fome de Mudança”, com textos como “Brasil, olha eu aqui”.

sábado, 12 de março de 2016

PARELHAS: "Enquanto a situação perde aliados, a oposição trava brigas internas"

Todo dia surge uma nova chapa para disputar as eleições em 2016.
Além do médico Dr. Tiago, surgem outros nomes com o mesmo propósito dentro do próprio grupo da oposição. Estratégia? Pode ser, mas no final das contas isso poderá  prejudicar o grupo.
Essa candidatura  do fisioterapeuta Dr. Alisson, não vinga, não por ele não ter competência para tal, mas porque não tem espaço, espaço esse já sacramentado com o nome de Dr. Tiago.
Resta então a vaga de vice. Vários nomes já foram cogitados, o mais recente foi o dá recém chegada, Drª Patrícia Gambarra, que saiu das hostes da situação, para fazer parte das filheiras da oposição, uma perda consideráve, para o grupo comandado por Dr. Antônio e Francisco.
Mas a pergunta que ecoa nos quatro cantos das cidade: "Quem será o(a) vice da oposição?"
Alguém vai ser isolado(a), alguém vai sobrar nesta história, mas quem?
Humberto Gondin perderá a vaga para um "soldado raso", ele que se considera um dos comandantes do barco?
A verdade é que a situação vem perdendo aliados quase todos os dias, e a oposição vive uma verdadeira disputa interna, pelos primeiros lugares na sinagoga.

PROTESTOS: "Natal deverá ser tomada por "fantasmas" neste domingo".

Os protestos contra o governo Dilma que estão marcados para acontecer neste domingo(13), terá pelo menos aqui no nosso estado a participção dos "fantasmas" da Assembléia e seus padrinhos.
Em um verdadeiro desfile de cara-de-pau, figuras como Rogério Marinho, José Agripino e Felipe Maia devem pintar por lá.
Enquanto isso o povo Potiguar veem o dinheiro de seus impostos sendo "desviados" para o bolso de "comissionados" que moram em outras cidades e que alguns, nem expediente dão.

FALA SÉRIO: "Figuras como Zé Agripino, Cássio Cunha Lima, Aécio Neves, Ronaldo Caiado, Rogério Marinho e outras mazelas, participar de uma manifestação contra corrupção é atentar contra a inteligência do nosso povo, mas eles vão, ô se não vão!!

O QUE A GLOBO NÃO MOSTRA: "Veja os outros citados por Delcídio do Amaral"

Em sua delação premiada, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), apesar das reiteradas promessas de poupar os colegas do Senado, menciona boa parte da bancada do PMDB e também da oposição. No PMDB, o alvo foi a bancada sob a influência do presidente do Senado, Renan Calheiros, integrada por Romero Jucá (RR), Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Eunício Oliveira (CE) e Valdir Raupp (RR). Segundo Delcídio, Renan, Jucá e Eunício “jogaram pesado com o governo para emplacarem os principais dirigentes” da ANS e ANVISA.
“Com a decadência dos empreiteiros, as empresas de plano de saúde e laboratórios tornaram-se os principais alvos de propina para os políticos e executivos do governo”, contou o senador. Em outro trecho da delação, Delcídio diz que o “time” comandado por Renan, (Lobão, Barbalho, Jucá e Raupp) exerce um arco de influência amplo no governo, como no Ministério de Minas e Energia, Eletrosul, Eletronorte, diretorias de Abastecimento e Internacional da Petrobras além das usinas de Jirau e Belo Monte.
Segundo o delator, os senadores apadrinharam a manutenção de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró na Petrobras. Delcídio ainda disse ser testemunha do elo entre Renan e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. “Seguidas vezes o vi (Machado), semanalmente, despachando com Renan na residência oficial da Presidência do Senado.” No depoimento aos integrantes da Lava Jato, Delcídio também citou o vice-presidente Michel Temer. Segundo o senador, o ex-diretor João Augusto Henriques, preso por ordem judicial da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba, operou um dos maiores escândalos envolvendo a BR Distribuidora entre 1997 e 2001, durante o governo FHC.
Na delação, o petista sublinha que Temer era o padrinho de João Henriques. Neste capítulo, Delcídio acrescentou que a relação entre o peemedebista e Henriques é antiga e que Temer pressionou para que a presidente Dilma o nomeasse para ocupar lugar de Nestor Cerveró na Diretoria Internacional da Petrobrás. Mas Dilma vetou. O presidente do PSDB, Aécio Neves, foi outro senador mencionado. Delcídio afirmou que em uma conversa com Lula durante uma viagem a Campinas, o então presidente perguntou-lhe quem era Dimas Toledo.
“Um profissional do setor elétrico. Por que o senhor pergunta isso?”, devolveu Delcídio. Ao que Lula teria explicado: “É porque o Janene veio me pedir pela permanência dele, depois o Aécio e até o PT, que era contra, já virou a favor da permanência dele. Deve estar roubando muito”. Delcídio ainda contou que, quando presidia a CPI dos Correios, aceitou estender um prazo para que o Banco Rural fornecesse a quebra de seu sigilo bancário. Segundo ele, a solicitação de dilação de prazo foi necessária para que o Rural ganhasse tempo para maquiar seus demonstrativos contábeis, evitando que o mensalão atingisse o governo de Minas Gerais.
Depois deste trecho, o nome de Aécio aparece entre parênteses ao lado de Clésio Andrade, gerando dúvidas se, neste caso, os dois políticos mineiros foram mesmo citados por Delcídio ou se a interpretação partiu dos integrantes da Lava Jato. Naquela ocasião, Aécio ocupava o governo de Minas e não tinha nenhuma proximidade com Delcídio do Amaral. Já Clésio, então vice-governador, foi sócio de Marcos Valério na agência SMPB, um dos braços do Mensalão.
Renan liderou o PMDB do Senado para apadrinhar Paulo Roberto e Cerveró
O senador Delcídio do Amaral dedica-se, no anexo 28, a citar a maior parte da bancada do PMDB do Senado. Em seu depoimento ele descreve que o “time” formado por Renan Calheiros, Edson Lobão, Jader Barbalho, Romero Jucá e Valdir Raupp exerce sim um arco de influência amplo no governo, como no Ministério de Minas e Energia, Eletrosul, Eletronorte, diretorias de Abastecimento e Internacional da Petrobras além das usinas de Jirau e Belo Monte. Também diz que os senadores além de indicarem, “abraçaram” Paulo Roberto Costa e Néstor Cerveró na Petrobras. Por fim, diz ser testemunha do elo entre Renan Calheiros e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo Delcídio, ele presenciou os dois colegas despachando diversas vezes na residência oficial de Renan.
“Tem um arco de influência amplo, em vários setores do governo. A bancada do PMDB no Senador é protagonista, especialmente, no Ministério de Minas e Energia. Tem representantes da Eletrosul, Eletronorte e até, mais recentemente, nas diretorias de Abastecimento e Internacional da Petrobrás, além da Eletronuclear. Entre os senadores, destacam-se Renan Calheiros, Edson Lobão, Jader Barbalho, Romero Jucá e Valdir Raupp. Passaram pelas mãos desse ‘time’ as UHEs Jirau & Santo Antonio e Belo Monte entre outras obras, além da Usina Nuclear de Agra dos Reis.
Na Petrobras, abraçaram a manutenção de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento e Néstor Cerveró na Diretoria Internacional, como consequência do ‘escândalo do mensalão’. A ação desse grupo se fez presente em subsidiárias da Petrobras como, por exemplo, a Transpetro. Lá, reinou, absoluto, durante 10 anos, Sérgio Machado, indicado por Renan Calheiros. Seguidas vezes o vi, semanalmente, despachando com Renan na residência oficial da Presidência do Senado.”
“Vale lembrar que empresas do senador Eunício Oliveira prestavam e ainda prestam serviços terceirizados à Petrobras e a várias ministérios, através de contratos milionários
Renan, Jucá e Eunício e as propinas na saúde
Ainda no anexo 28, o delator fala em esquema de propina na Saúde, por meio de planos de saúde e laboratórios, com a nomeação de diretores da Anvisa e da ANS (Agência Nacional de Saúde). Ele diz que os senadores Renan Calheiros, Eunício Oliveira e Romero Jucá jogaram pesado com o governo para emplacar as nomeações.
“Especial atenção deve ser dada à ANS e ANVISA, cujas diretorias foram indicadas pelo PMDB do Senado, principalmente pelos senadores Eunício Oliveira, Renan Calheiros e Romero Jucá. Jogaram “pesado” com o governo para emplacarem os principais dirigentes dessas agências. Com a decadência dos empreiteiros, as empresas de plano de saúde e laboratórios tornaram-se os principais alvos de propina para os políticos e executivos do governo.”

O delator Delcídio do Amaral descreve no anexo 13 que quando era presidente da CPMI dos Correios, durante o mensalão, participou de uma operação para ajudar o Banco Rural. Na época, ele oficiou um pedido de quebra de sigilo da instituição financeira. Porém, atendeu aos pedidos do banco para aumentar os prazos e assim dar tempo suficiente para que fossem maquiados os demonstrativos internos do Rural. Desta maneira, o banco evitaria que o mensalão atingisse o governo de Minas Gerais.
“Delcídio do Amaral expediu ofício requisitando a quebra do sigilo do Banco Rural, na condição de presidente da CPMI. Em resposta, o Banco Rural enviou, através de outro ofício, solicitação de dilação de “prazo”. Em um terceiro ofício, Delcídio concordou com a dilação de prazo para a apresentação das informações da quebra de sigilo bancário. Delcídio esclarece que, na verdade, a solicitação de dilação de prazo feita pelo Banco Rural se deu como escopo para “ganhar tempo” para “maquiar” os demonstrativos internos do Banco Rural para, assim, evitar que o “mensalão”, que é mineiro de nascença, atingisse o governo de Minas Gerais (Aécio Neves e Clésio Andrade).”
Temer e a aquisição de etanol na BR Distribuidora

No anexo 16, Delcídio do Amaral afirma que o vice-presidente, Michel Temer, foi “padrinho” do então diretor da BR Distribuidora João Augusto Henriques, que participou de um esquema de compra ilícita de etanol. A prática, segundo o delator, aconteceu entre 1997 e 2001, durante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele diz que a relação entre o peemedebista e Henriques é antiga e que Temer tentou emplacar o colega na substituição de Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional da Petrobrás, mas foi vetado por Dilma Rousseff.
“Delcídio do Amaral sabe que um dos maiores escândalos envolvendo a BR Distribuidora foi a aquisição ilícita de etanol no período entre 1997 e 2001. O principal operador desse esquema foi João Augusto Henriques (ex-diretor da BR Distribuidora) e atualmente preso por ordem judicial da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba. A ilicitude ocorreu durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O “padrinho” de João Henriques no esquema do etanol foi Michel Temer, atual vice presidente da República”






NICOLÁS MADURO: "Se Lula for preso será o Nelson Mandela do Brasil"

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na última quinta-feira que se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva for preso se tornará “tão grande” quanto o líder sul-africano Nelson Mandela.
“Agora ameaçam Lula de prisão. Se for preso, Lula será tão grande como Nelson Mandela, será o Nelson Mandela do Brasil”, afirmou Maduro, comparando o ex-presidente ao finado líder sul-africano, que permaneceu 27 anos na prisão por combater o apartheid.
Em um ato público no Palácio Presidencial de Miraflores, Maduro manifestou a Lula “todo o apoio da Venezuela” diante do que considera manobras políticas para desestabilizar o governo da presidente Dilma Rousseff.
“Como não podem dar golpes de Estado, dão golpes midiáticos e judiciais”, afirmou Maduro, que na sexta-feira passada afirmou que Lula era vítima de um “ataque miserável” ao ser levado em condução coercitiva pela Polícia Federal para depor.

PULANDO FORA: "Convenção dá início ao processo de afastamento do PMDB do governo"

O PMDB deu início na manhã deste sábado (12) à convenção nacional que deverá reconduzir para um novo mandato na presidência do partido o vice-presidente da República, Michel Temer, candidato único.
Segundo a assessoria de Temer, ele deverá chegar por volta das 10h ao local da convenção e fazer um discurso. Em seguida, vai para a residência oficial do Palácio do Jaburu e, entre 15h e 16h, voltará à convenção para acompanhar a conclusão da apuração dos votos
A convenção deverá ser o primeiro passo para a saída do PMDB do governo. Os convencionais devem aprovar um “aviso prévio” de 30 dias do partido no governo Dilma Rousseff. Nesse prazo, o diretório nacional a ser eleito neste sábado se reunirá e tomará a decisão final. A tendência é pelo rompimento completo com o Palácio do Planalto, inclusive com a entrega dos cargos que a sigla detém no Executivo.
Na chegada à convenção, o vice-presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), disse que a população espera posições “firmes” e “claras” da legenda sobre o governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a decisão sobre o possível rompimento deve sair em 30 dias.

BRASÍLIA: "Dilma descarta renunciar o mandato"

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (11) durante entrevista coletiva convocada pela assessoria do Palácio do Planalto que não renunciará ao mandato. Na última quarta-feira (9), o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, principal partido de oposição, sugeriu a renúncia da presidente como saída para as crises política e econômica.
“Eu acredito que não é absolutamente correto por parte de nenhum líder da oposição pedir a renúncia de um cargo de presidente legitimamente eleito pelo povo, sem dar elementos comprovatórios de que eu tenha, de alguma forma, ferido qualquer inciso da Constituição ou qualquer previsão que haja na Constituição para meu impeachment”, declarou.
Na entrevista, Dilma fez um apelo aos repórteres que estavam no Planalto: “Por favor, pelo menos testemunhem que eu não tenho cara de quem vai renunciar.” Segundo a presidente, “a renúncia é um ato voluntário. Aqueles que querem a renúncia estão reconhecendo que não há uma base real para pedir a minha saída desse cargo. Portanto, por interesses políticos de quem quer que seja, por definições de quem quer que seja, eu não sairei desse cargo sem que haja motivo para tal”.