sexta-feira, 22 de abril de 2016

VÍDEO: "Robinson é vaiado e chamado de golpista em Assu"


Dias após o PT romper com o seu Governo, o governador Robinson Faria (PSD) ainda tenta colher os frutos das ações do Governo Federal.
Nesta quarta-feira (20), Robinson foi à Assú, participar da entrega de 396 casas do Programa Minha Casa Minha Vida, onde recebeu vaias aos gritos de “golpista”.
O fato se referiu ao voto dado pelo deputado federal Fábio Faria (PSD), filho do governador, favorável ao impeachment da Presidente Dillma Rousseff (PT).
O empreendimento recém entregue ajudará a diminuir o déficit habitacional da capital do Vale do Açu, hoje estimado em 1500 moradias.
Também acompanharam o evento, o deputado estadual Ricardo Motta, o superintendente estadual do Banco do Brasil, Ronaldo Alves, o delegado federal do Ministério da Integração Agrária para o Rio Grande do Norte, Caramuru Paiva, e o deputado federal Antônio Jácome.

MAU EXEMPLO: "Golpista Henrique Alves tem Carteira de Motorista apreendida na Blitz do Bafômetro em Natal"

O ex-ministro do Turismo e golpista, Henrique Eduardo Alves  se recusou a fazer um teste de bafômetro ao ser parado em uma blitz realizada pela Polícia Militar e Detran na madrugada da última quinta-feira (21) na Zona Sul de Natal. .Como não soprou o aparelho, a carteira de habilitação dele ficou retida.
Henrique Alves tem até cinco dias úteis para ir ao Detran reaver o documento. Sem o teste do bafômetro não ficou comprovada a ingestão de bebida alcoólica. Assim, ele não vai responder criminalmente. Mas, ele ainda vai responder administrativamente e vai pagar multa de R$ 1.915,40.

REAÇÃO: "Mais de um milhão de internautas pedem a cassação de Cunha"

O Globo
Mais de um milhão de internautas já assinaram uma petição online pedindo a cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A campanha, hospedada na plataforma global Avaaz, foi criada em outubro do ano passado, mas viu o número de assinaturas explodir após a votação pela abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Segundo Diego Casaes, coordenador de campanhas no Brasil e membro da Avaaz há cinco anos, a petição havia conquistado 250 mil apoiadores até o fim do ano passado. Um primeiro boom foi identificado quando as notícias sobre contas na Suíça do deputado foram divulgadas, mas o ritmo de adesões arrefeceu. Até abril deste ano, o site contava 330 mil assinaturas.
Depois que a Câmara votou favoravelmente ao envio do processo de impeachment para julgamento no Senado, o coordenador da Avaaz notou um grande aumento no número de assinaturas — usando o jargão, ela havia se tornado “viral”. Por volta das 14h15m da terça-feira, a petição atingiu o milionésimo apoiador. Na tarde de quarta feira, outras 200 mil pessoas já tinham assinado.




Mineiro acusou Fábio Faria e o governo de traidores

O deputado Fernando Mineiro, do Partido dos Trabalhadores, tem feito desabafos na imprensa e no plenário da assembléia Legislativa, acusando o Governo Robinson Faria e seus seguidores, em especial, seu filho Fábio Faria, de traidores do PT.
Estiveram aliados, PT e PSD, na campanha eleitoral, aliança que possibilitou Robinson chegar ao governo do estado. O RN foi dos poucos estados do Brasil, que contou com a presença de Lula no programa eleitoral de televisão, recomendando a candidatura de Robinson Faria. O deputado Mineiro não se conforma de ver seu partido agora abandonado pelos antigos aliados e dispara: “traidores e golpistas”.
O Diário Oficial dessa quarta feira, dia 20, seguindo orientação do PT que colocou todos os cargos à disposição do governo, traz a exoneração dos cargos indicados pelo partido. Fica decretado assim, o afastamento do PT em definitivo, selando o rompimento. Pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores, têm feito côro às acusações de Mineiro, revoltadas com o comportamento do governo, em relação ao PT.

BRASIL: "Manifestantes protestam contra Temer em São Paulo"

Manifestantes do movimento Levante Popular da Juventude fizeram um ato na manhã de hoje (21) em frente à residência do presidente em exercício Michel Temer, no Alto de Pinheiros, zona oeste da capital paulista.
Carregando cartazes com imagens de Temer, instrumentos musicais, coreografias e gritos de “Não vai ter golpe”, os manifestantes protestaram entre as 08h e as 09h da manhã. Eles deixaram o local em um ônibus.
Segundo Larissa Sampaio, uma das integrantes do movimento, o ato foi destinado a chamar a atenção para o que chama de golpe contra a presidenta da República, Dilma Rousseff.

ZÉLIA DUNCAN: "Andamos tão enviesados moralmente que, no Brasil, até o diabo pede misericórdia e todos dizem amém!”

A cantora Zélia Duncan fez uma dura crítica ao deputado Jair Bolsonaro, que dedicou seu voto do impeachment a um coronel da ditadura, e disse que ele mantém um ‘pacto sinistro’ com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB):
“O rei dos réus presidindo a sessão já deveria ser ilegal, e, eu pergunto: exaltar assassinos confessos na hora de um voto tão importante para todos não seria também algo que precisa de uma consequência? Esse mesmo sujeito, Jair Voldemort Bolsonaro, exalta também Eduardo Cunha, o cínico dos cínicos, esfrega na nossa cara esse poder sombrio que os une, o poder de tirar o pudor do armário. O pudor de ser uma criatura da lama virou orgulho de repente. Andamos tão enviesados moralmente que, no Brasil, até o diabo pede misericórdia e todos dizem amém!”, escreveu ela em artigo.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

CONGRESSO SEM MORAL: "Dos 513 deputados, 299 têm ocorrências judiciais, mostra pesquisa"

Quase a totalidade dos 513 deputados federais votaram no plenário da Câmara dos Deputados e decidiram sobre o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O processo se baseia em crimes de responsabilidades da presidente, como as “pedaladas fiscais”. A votação escancarou as deficiências do Congresso brasileiro.
Levantamento da Agência Lupa, usando a base de dados do site Excelências e informações extraídas do sistema de busca de ações penais do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrou que 299 parlamentares da atual legislatura possuem “ocorrências” na Justiça e/ou nos Tribunais de Contas, isto é, quase 60% do total. A publicação ainda mostrou que 76 deles já foram condenados.
Com os dados, a Lupa fez um extenso mapa capaz de informar os brasileiros sobre quantos deputados federais possuem inquéritos (investigações) em aberto e/ou ações em andamento, estejam eles correndo nos tribunais de justiça, de contas, eleitorais ou superiores.

JOAQUIM BARBOSA: "É de chorar de vergonha! Simplesmente patético".

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e hoje advogado Joaquim Barbosa utilizou nesta segunda-feira, 18, seu perfil no Twitter para desabafar sobre seu descontentamento com o teor dos votos dos deputados no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no último domingo. O ex-ministro não se manifestou a favor nem contra o impeachment da petista.
“É de chorar de vergonha! Simplesmente patético!”, afirmou o ex-ministro que ficou famoso pela sua atuação dura no processo do mensalão, que levou à prisão os principais nomes da cúpula do PT. O comentário de Barbosa foi feito logo após criticar a imprensa brasileira e recomendar aos seus seguidores assistirem a entrevista de Glenn Greenwald à emissora de TV americana CNN e também lerem a matéria da revista britânica The Economist listando as justificativas dos deputados em seus votos pelo impeachment.
Nos votos, a maioria dos parlamentares favoráveis ao afastamento da petista não fizeram nenhum comentário ou posicionamento sobre as pedaladas fiscais – manobras contábeis que embasam o pedido de impeachment – e utilizaram como justificativa seus próprios familiares, “deus”, “cristianismo”, o fim da corrupção, dentre outros motivos que surpreenderam até jornais internacionais.

Veja indicados até agora no Senado para comissão do impeachment

O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff começou seu trâmite no Senado com a eleição da comissão que vai analisar o caso. Os blocos partidários indicam nomes para formar o colegiado, que terá 21 membros titulares e 21 suplentes. A quantidade de indicados é proporcional ao tamanho das bancadas das legendas que formam o bloco.
A eleição da comissão foi antecipada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) de terça-feira (26) para segunda (25). Ainda não fizeram indicações oficiais os blocos: do PMDB, de apoio ao governo (PT e PDT), Democracia Progressista (PP e PSD) e Socialismo de Democracia (PSB, PPS, PC do B e Rede)
Veja os nomes indicados até agora para compor a comissão no Senado:
Bloco da oposição (DEM, PSDB e PV)
– Titulares
Aloysio Nunes (PSDB-SP)
Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
– Suplentes
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Bloco Moderador (PTB, PR, PSC, PRB e PTC)
– Titulares:
Wellington Fagundes (PR-MT)
Zezé Perrella (PTB-MG)
– Suplentes:
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Magno Malta (PR-ES)

Renan antecipa para segunda-feira eleição da comissão de impeachment

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) antecipou da próxima terça-feira (26) para segunda (25) a eleição dos membros da comissão especial que apreciará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Inicialmente, Renan havia dado prazo até sexta (22) para que os líderes partidários indicassem os membros do colegiado, e a eleição ocorreria na terça seguinte.
Senadores da oposição se opuseram à ideia inicial de Renan e pediram que a comissão fosse composta ainda na segunda. Irritado, Renan Calheiros disse que não poderia obrigar que os líderes indicassem os membros e afirmou que ele próprio faria a escolha, se necessário, após o prazo de 48 horas.
O presidente do Senado chegou a dizer que pode pedir ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que assuma o comando da Casa legislativa antes do previsto em lei, para comandar o rito do impeachment e dirimir questionamentos. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do PSDB, então sugeriu manter o prazo de 48 horas para indicações, mas propôs antecipar a eleição do colegiado de terça para segunda.

terça-feira, 19 de abril de 2016

CORRUPÇÃO: "Marido de deputada que votou pelo impeachment foi preso pela PF"

O prefeito de Montes Claros, em Minas Gerais, Ruy Adriano Borges Muniz (PSB) e a secretária de saúde do município, Ana Paula Nascimento, foram presos preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (18). A operação Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde investiga fraudes para favorecer hospitais privados ligados ao prefeito da cidade. Segundo o Estado de S. Paulo, a prisão aconteceu um dia depois de o político ter sido elogiado por sua mulher, a deputada Raquel Muniz (PSB), ao proferir seu voto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Meu voto é pra dizer que o Brasil tem jeito, o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”, disse a deputada na votação ocorrida neste domingo (17).   Segundo a PF, somente em outubro de 2015, o grupo de Muniz retirou cerca de 26 mil consultas especializadas e 11 mil exames dos hospitais públicos municipais.

DO BLOG: "Prova mais do que concreta que o impeachment não é por causa da corrupção".

PARAÍBA: "Homem tem dedos decepados ao soltar bomba em comemoração a votação da Câmara"

Um homem identificado como Edmílson, teve parte de sua mão esquerda decepada por uma bomba na noite deste domingo (17) em Cajazeiras.
Segundo informações, o acidente ocorreu quando a vitima soltava bombas, comemorando o resultado da votação do impeachment da Presidenta Dilma.
O homem teve dois dedos praticamente arrancados, além de vários ferimentos graves.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado socorrendo o mesmo para o Hospital Regional de Cajazeiras onde o mesmo está internado.

Em vídeo, Zenaide Maia justifica voto contra impeachment

PT vai discutir proposta de novas eleições

O diretório nacional do PT vai apreciar nesta segunda-feira, 18, a proposta de lançar uma campanha nacional pela realização de novas eleições para a presidência. A proposta será apresentada pelo secretário nacional de Finanças do partido, Márcio Macedo.
“Vou defender que o PT não aceite nem apoie um governo que não veio das urnas, discutir qual futuro nós queremos e a realização de eleições diretas para presidente do Brasil”, disse o dirigente petista. A realização de novas eleições vem sendo discutida no PT e no governo há mais de um mês e ganhou força na última semana, com a iminência da aprovação pela Câmara do prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos mais influentes deputados da bancada petista na Câmara, também defende a proposta. Na entrevista que concedeu quarta-feira Dilma também disse “respeitar uma proposta que venha das urnas”.

NO SENADO: "Cunha entrega para Renan processo de impeachment de Dilma"

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entregou nesta segunda-feira (18) o processo de impeachment de Dilma Rousseff ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PDMB-AL). Os dois tiveram um encontro no gabinete de Renan na parte da tarde. A pilha de documentos do processo, com 36 volumes e 11 anexos, foi entregue por um servidor da Câmara na Secretaria Geral da Mesa.
Neste domingo (17), a Câmara dos Deputados decidiu, por 367 votos a favor, 137 contrários, sete abstenções e duas ausências, encaminhar o processo de impeachment ao Senado, que deverá decidir se julga o caso (veja resumo do rito no Senado ao final desta reportagem).
Um resumo do processo deverá ser lido na sessão desta terça-feira (19) no Senado, e deverão ser indicados os integrantes da comissão especial que analisará o caso. O presidente e o relator do colegiado, que terá 21 senadores titulares, deverão ser eleitos dentro do prazo de 48 horas. A reunião da comissão deve acontecer na quarta-feira (19), já que quinta-feira é feriado.
O presidente do Senado reconheceu que existe uma pressão para que o processo ande de maneira rápida. Renan disse, no entanto, que não pode haver “atropelo” nem “procrastinação”. “Nós temos pessoas que pedem para agilizar o processo, mas nós não poderemos agilizar de tal forma que pareça atropelo, ou delongar de tal forma que pareça procrastinação”, disse Renan Calheiros.

DILMA: "“Também me sinto injustiçada por não permitirem nos últimos 15 meses que eu tenha governado num clima de estabilidade política”

A presidente Dilma Rousseff reiterou várias vezes, durante pronunciamento nesta segunda-feira (18) no Palácio do Planalto, que se sente injustiçada com a decisão da Câmara dos Deputados sobre o prosseguimento do processo de impeachment ao qual responde.
Por 367 votos a 137, os deputados aprovaram neste domingo (17) autorizar a abertura do processo no Senado, instância responsável por julgar se a presidente cometeu crime de responsabilidade. Dilma afirmou que se sente injustiçada, entre outras razões, porque a sessão da Câmara foi presidida por alguém, que é acusado de ter contas ilegamente no exterior, em referência ao deputado Eduardo Cunha.
“Também me sinto injustiçada por não permitirem nos últimos 15 meses que eu tenha governado num clima de estabilidade política”, declarou. De acordo com a presidente, a injustiça também é praticada porque, segundo afirmou, não cometeu crime de responsabilidade e devido a um suposto tratamento diferenciado.
“Não há crime de responsabilidade. Os atos pelos quais me acusam foram praticados por outros presidentes da República antes de mim e não foram caracterizados como atos ilegais ou criminosos”, declarou. “A mim se reserva um tratamento que não se reservou a ninguém. Os atos que me acusaram foram praticados baseados em pareceres técnicos.”

FÁTIMA BEZERRA: "O que vimos foi o rebaixamento da política, uma desqualificação”

A senadora Fátima Bezerra se disse indignada, nesta segunda-feira (18), pela aprovação da abertura do processo de impeachment, da presidenta Dilma Rousseff, pela Câmara dos Deputados. Segundo a parlamentar, a maioria do povo brasileiro está estarrecida com o que aconteceu naquela Casa.
“O que vimos, ontem na Câmara, foi uma fraude, uma farsa, que causou muita indignação. Fico aqui pensando como a maioria do povo brasileiro assistiu àquele espetáculo deprimente, desprezível. O que vimos ontem foi o rebaixamento da política, uma desqualificação” – afirmou a senadora. Disse que o PT  vai continuar lutando contra esse expediente aprovado pela Câmara, e à favor de Dilma Roussef.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

PARELHAS: "Possibilidade de Humberto Gondin não fazer aliança na proporcional, deixa oposição em polvorosa"

Parede que o freio que foi dado pelo pré-candidato a prefeito Dr. Tiago Almeida no "caminhão" da oposição, derrubou o ex vereador Humberto Gondin e seu grupo.
Segundo contam nos bastidores políticos, o ex vereador não vai aceitar fazer coligação na proporcional, ou seja na chapa de vereadores, poderá até se aliar na majoritária, mas deverá aliar-se apenas a três partidos na proporcional, que seriam: PP, partido do vereador João Dantas, PSB, comandado na cidade pelo seu fiel escudeiro e suplente de vereador José Gonzaga e o PSD, que é presidido pelo próprio Humberto.
A notícia dessa possível "estratégia", deixou o restante do grupo em polvorosa, tem gente querendo até desistir da pré-candidatura a vereador, por achar que sem Humberto na chapa, não teria nenhuma chance.

O Blog advertiu dias atrás, que seria muita imprudência subestimar o potencial eleitoral do ex vereador Humberto Alves Gondin. 
Embora Dr. Tiago tenha dito que Humberto continua sendo o maior líder político da "bandeira vermelha", a população fica sem entender, porque o MAIOR líder político foi praticamente expulso da majoritária.


TEMER COMEMORA DECISÃO DO STF

Por Josias de Souza
Dilma Rousseff e Michel Temer viveram na noite passada experiências antagônicas. Recolhida ao Palácio da Alvorada, a presidente assistiu, pela televisão, à sessão extraordinária em que o STF sepultou as ações do governo contra a votação do impeachment. “Se houver falta de votos, não há intervenção judicial que salve”, ironizou o ministro Gilmar Mendes a certa altura.
Os votos que escasseiam no cesto de Dilma cercavam o vice-presidente da República numa mansão no Lago Sul, bairro chique da Capital. Algo como 80 deputados apertavam a mão, abraçavam, trocavam um dedo de prosa com Temer. Muitos o chamavam de “presidente”. Usufruíram de um coquetel seguido de jantar. Tudo oferecido pelo deputado Heráclito Fortes (PSB-PI). Respirava-se no local doce fragrância da perspectiva de poder.
Pelo celular, a internet levava à mansão da filha de Heráclito, onde Temer se servia de risoto e vinho, as mesmas informações que a TV despejava sobre o tapete do Alvorada. O STF indeferiu um par de pedidos de liminares contra a ordem escolhida por Eduardo Cunha para que os deputados pronunciem seus votos no microfone.
No principal julgamento da noite, os ministros da Suprema Corte rejeitaram por 8 votos a 2 duas teses esgrimidas pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Numa, ele alegava que a comissão do impeachment cerceou o direito de defesa de Dilma. Noutra, reclamava que o relator Jovair Arantes (PTB-GO) incluiu no seu relatório temas estranhos à denúncia original —Lava Jato e pedaladas praticadas antes do atual mandato presidencial, por exemplo.
Com esses dois argumentos, Cardozo pretendia anular a sessão que o presidente da Câmara marcou para domingo. Pedia que o STF determinasse o reinício do processo. Algo que daria tempo ao governo para tentar cooptar aliados que lhe permitam atingir a marca de 172 votos, mínimo necessário para brecar o impedimento da presidente.
O STF decidiu que, na hora de votar, os deputados terão de levar em conta apenas as duas acusações relacionadas ao atual mandato de Dilma: 1) a edição de decretos que autorizaram gastos sem a anuência do Legisaltivo. 2) empréstimos contraídos pelo governo em bancos oficiais as chamadas pedaladas fiscais.
Depois de circular de rodinha em rodinha, Temer acomodou-se numa das mesas. Dividiu-a com outras dez pessoas. Entre elas líderes de partidos engajados no impeachment. Nesse universo, as horas mais preciosas são as mais rápidas. Na contabilidade dos rivais de Dilma, já existem 363 votos a favor do impeachment, 21 além do mínimo necessário. Daí a incômoda sensação de que, para a oposição, certos dias, como os dois que faltam para o domingo da votação, têm 100 anos de duração.