quinta-feira, 9 de junho de 2016

BANDIDO FAVORITO: "Mudanças e armações em comissões vão salvar Eduardo Cunha"

Aliados do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dão como certo o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) contra a cassação do peemedebista no Conselho de Ética. Caso o voto da parlamentar se confirme, Cunha conseguirá se livrar no colegiado da perda de mandato, sofrendo apenas uma pena mais leve.
Nos bastidores, ao menos quatro deputados aliados de Cunha dizem ter recebido informações de que Tia Eron vai votar contra a cassação do peemedebista. Segundo um membro da chamada “tropa de choque” de Cunha, a Universal do Reino de Deus, igreja que a deputada frequenta, teve papel central para fazê-la “votar com ele”.
Eduardo Cunha teria pedido ajuda a líderes da igreja que ela frequenta na Bahia, para convencer Tia Eron. Assim como a parlamentar baiana, o presidente afastado da Câmara é evangélico, só que da igreja Assembleia de Deus. Cunha e Tia Eron têm em suas respectivas igrejas suas principais bases eleitorais.
CCJ
O PR trocou dois deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira. Saem os deputados Jorginho Mello (PR-SC) e Paulo Freire (PR -SP) como titulares da comissão e entram dois deputados que são votos certos a favor de Cunha no Conselho de Ética: Laerte Bessa (PR-DF) e Wellington Roberto (PR-PB). As trocas acontecem na semana em que a comissão se prepara para discutir e votar a consulta, feita por aliados de Eduardo Cunha, e abre brecha para tentar salvá-lo da cassação no plenário da Casa.
O deputado Jorginho Melo reclamou em plenário.
— Fui substituído sem consulta, sem informação — disse Mello.
A informação provocou revolta em outros integrantes da CCJ
— Esse é um precedente inédito. Muito grave, cheira mal. Melo é um deputado assíduo, não tem justificativa — criticou o deputado Esperidião Amin (PP-SC).
Com informações do Estadão e o Globo




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