quarta-feira, 25 de maio de 2016

UTILIDADE PÚBLICA: "Termina hoje prazo para pagar a taxa do Enem e confirmar a inscrição "

Hoje (25) é o último dia para que candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) paguem a taxa de R$ 68 para garantir a participação nas provas.  O prazo para que isso seja feito é até as 21h30, no horário de Brasília. Ao todo, mais de 9,2 milhões se inscreveram para as provas e desses, cerca de 2,7 milhões devem pagar a taxa. Os demais são isentos.
Estudantes que concluíram o ensino médio em escolas públicas e candidatos de baixa renda que sinalizaram essa condição durante a inscrição estão isentos. O pagamento, que até o ano passado só podia ser feito em agências do Banco do Brasil, agora inclui qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos Correios.

MERCADANTE: "Medidas de Temer são maior retrocesso na história recente do Brasil"

Em vídeo divulgado nesta terça-feira na página oficial do Facebook da presidente afastada Dilma Rousseff, o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante criticou as linhas gerais das medidas econômicas anunciadas pelo presidente em exercício Michel Temer.
Segundo o petista, trata-se do maior retrocesso da histórica recente do Brasil e, se o pacote anunciado pelo governo provisório fosse adotado nos últimos 10 anos, as pastas da Saúde e Educação teriam perdido R$ 500 bilhões.
Mercadante afirmou que, de acordo com a Constituição, 25% da receita dos Estados e 18% do governo federal são destinados à Educação. O pacote de medidas proposto por Temer visa vincular os gastos desta área e da Saúde à evolução do teto de gastos totais, que por sua vez acompanharia a variação da inflação. “O governo da presidenta Dilma, nesses últimos cinco anos, investiu R$ 54 bilhões acima desse mínimo que a Constituição exige”, declarou o ex-ministro.
Para ele, Temer está propondo que a população “pague a conta dos juros” em um momento de crise. “É um retrocesso inaceitável”, completou. Com informações da Isto É.




NA CORDA BAMBA: "Após queda de Jucá, Temer consultou situação de Henrique Alves, relata ministro"

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta terça-feira (24), em entrevista ao programa Bom Dia Rio Grande, da RBS TV, que o presidente em exercício Michel Temer consultou o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, sobre se ele desejaria deixar o cargo antes de um eventual “bombardeio” pelo fato de o peemedebista ser investigado na Operação Lava Jato.
Segundo Padilha, a conversa veio após a decisão do então ministro do Planejamento, Romero Jucá, de pedir exoneração do cargo. A saída de Jucá do governo ocorreu um dia depois de o jornal “Folha de S.Paulo” divulgar conversa em que ele sugere um “pacto” para barrar a Lava Jato ao falar com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Segundo Padilha, Temer conversou com Henrique Alves, que classificou a investigação sobre ele na Lava Jato de “irrelevante”.
“Ontem mesmo o Michel [Temer] fez a ele [Henrique Alves] essa pergunta: será que não seria o caso de tu avaliares se não vai vir logo atrás um bombardeio em relação a ti e tu teres que deixar? Ele acha que não, que não vai ter nada, que o assunto dele é irrelevante”, disse o ministro da Casa Civil.
Padilha classificou, durante a entrevista, a saída de Jucá do primeiro escalão do governo Temer de “acidente de percurso”. Ele relatou ainda que a equipe mais próxima do presidente em exercício discutiu a situação do governo após o episódio até a madrugada desta terça no Palácio do Jaburu.
“Tivemos ontem um acidente de percurso, mas isso, dentro do processo político brasileiro e dado às circunstâncias, está não naquilo que era o desejado, mas já tem alguma normalidade”, afirmou Padilha.
Para o ministro, episódios como o ocorrido com Romero Jucá não irão comprometer as medidas de ajuste fiscal propostas por Temer, pois, segundo ele, a crise política está superada.
“Dois terços dos votos na Câmara e no Senado são mais do que suficientes para demonstrar que há base para aprovar as necessárias medidas. Agora nós temos uma crise ético-moral como consequência de uma operação [Lava Jato] muito bem conduzida, mas o Brasil não para”, disse.
Medidas econômicas
Sobre a crise econômica e a as medidas necessárias para retomar o crescimento e geração de vagas de emprego, o ministro da Casa Civil revelou que governo pretende tomar medidas a curto prazo.
“O Brasil vive nesse momento um déficit de R$ 170 bilhões para este ano. A ideia é que se traga um pouco de dinheiro do BNDES investido no exterior de volta para que se possa dar estímulo a alguns setores, que o investimento seja apenas indutor. Quer dizer, o governo põe um pouquinho e a sociedade acaba colocando o resto”, explicou Eliseu Padilha.
“Se nós perguntarmos a cem empresários seja micro, pequeno, médio, se a equipe econômica é boa, [vão responder] a equipe econômica é excepcional. Temos os players para aquilo que é o grande desafio, o reaquecimento da economia. A questão política, em tese, a crise política está resolvida”, destacou o ministro.



Blog do BG

TUDO EM CASA: "Gilmar Mendes presidirá colegiado responsável por julgamentos da Lava Jato"

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi eleito informalmente hoje (24) para presidir a Segunda Turma da Corte, colegiado responsável pelo julgamento dos processos oriundos da Operação Lava Jato. A partir da próxima terça-feira (31), Mendes assumirá a cadeira, atualmente ocupada pelo ministro Dias Toffoli.
Cabe ao presidente da Turma definir o andamento dos trabalhos e a pauta de julgamentos. Mendes comandará a turma em função da renúncia do decano, Celso de Mello, que seria o próximo a assumir a presidência, cujo mandato é de um ano. Também fazem parte da Segunda Turma a ministra Carmen Lúcia e o relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki.

APOIO: "No Congresso, Jucá diz que Temer pediu para ele ficar"

Exonerado do Ministério do Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi à tribuna da Câmara nesta terça-feira, durante abertura da sessão do Congresso Nacional que irá votar a proposta que altera a meta fiscal do governo.
Mais uma vez, Jucá afirmou que não tomou nenhuma atitude para atrapalhar a Lava-Jato e que o presidente interino Michel Temer pediu que ele ficasse, mas que ele entendeu que é melhor se afastar até que o procurador-geral da República responda o questionamento dele.
O senador reagiu à senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) , que falou de sua saída, acusando-a de fazer um discurso “irresponsável”.  Afirmou: “Esse assunto que a senadora Vanessa tratou aqui de forma tão irresponsável, tratarei amanhã no discurso no plenário do Senado. Estarei à disposição dos fundamentalistas, petistas, arrivistas, qualquer um que queria levantar o questionamento. A Folha deu interpretação errônea às minhas palavras. O presidente Michel pediu para eu continuar, mas entendi que o melhor seria me afastar até para evitar esse tipo de manifestação atrasada e babaca — disse Romero Jucá.

Em diálogo gravado, Renan propõe alterar lei da delação premiada

Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, afirmou em conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que apoia uma alteração na lei que trata da delação premiada. Renan gostaria que houvesse uma maneira de impedir que um preso se torne delator. Os acordos de delação se tornaram comuns na Operação Lava Jato.
A Folha de S. Paulo destaca que Renan também sugeriu que, após enfrentar esse assunto, poderia “negociar” com membros do STF (Supremo Tribunal Federal) “a transição” de Dilma Rousseff, presidente hoje afastada.
A Operação Lava Jato investiga Machado e Renan. Com medo de ser preso, Machado gravou pelo menos duas conversas entre ambos. A reportagem teve acesso aos áudios. Machado está negociando um acordo de delação premiada.

terça-feira, 24 de maio de 2016

PARELHAS: "E os "amuados" vão entrando no jogo"...

Depois do lançamento das chapas, que possivelmente vão polarizar a disputa no mês de outubro, começaram a aparecer os "amuados", com toda sorte de desculpas bem esfarrapadas.
Mas como diria a velha raposa do Seridó, o Deputado Estadual Vivaldo Costa: "A política é como uma caminhão de feirantes, depois do primeiro tombo, tudo se ajeita". E não é que se ajeita mesmo!
Veja o caso do ex vereador Humberto Gondin, que foi "escanteado" da chapa majoritária, com a desculpa de que o mesmo era muito rejeitado, e que teria ficado bastante chateado, hoje anda de braços dados, com o pré-candidato a prefeito Dr. Tiago Almeida prá cima e prá baixo.
Por outro lado, aliados muito próximos do pré-candidato pela situação, Alexandre Petronilo, acharam a indicação da professora Nazilda Tavares como vice, o fim do mundo, mas no entanto, agora, defendem a mesma como a companheira de chapa ideal.
E assim é o mundo, ou sub-mundo da política, onde os opostos se atraem, somando forças para o pleito que se aproxima.
E que comecem o jogo, e que vença o melhor, nesse caso, não necessariamente o melhor, mas o que tiver mais votos!

ALERTA: "Outubro pode ter surto de microcefalia em duas regiões do país"

Depois do surto de crianças com microcefalia no Nordeste, com 1.233 casos já confirmados, especialistas indicam que pode haver uma nova onda de bebês com malformações nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país. Segundo Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, em maio tivemos mais pessoas infectadas com zika nessas regiões, e os nascimentos devem acontecer em outubro.
A situação se agrava ainda mais, segundo ele, pelo fato de o Ministério da Saúde ter trocado sua cúpula no novo governo do presidente interino, Michel Temer. O coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue, Giovanini Coelho, e o diretor de Doenças Transmissíveis do ministério, Cláudio Maierovitch, deixaram seus postos sem que haja substitutos em vista, o que preocupa os médicos. “A equipe do Ministério da Saúde, que era muito competente, mesmo com todas as críticas que podemos fazer a eles, que lidava com essa epidemia foi desmontada. Estamos sem condução.”

DELCÍDIO AMARAL: "Perto da gravação de Jucá, a minha é uma Disney’, diz Delcídio"

O último ato que levou à cassação do ex-senador Delcídio Amaral veio de Romero Jucá, o ministro do Planejamento que foi oficialmente exonerado nesta terça-feira, 24. Acusado de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, Delcídio teve sua cassação acelerada após uma cartada de Jucá, que apresentou um requerimento de urgência para a realização da votação. Agora, é o ministro quem foi flagrado em uma gravação tentando travar as mesmas investigações.
“Depois da gravação do Mercadante, Lula e Dilma e essa agora do Jucá, com todo respeito, a minha conversa é uma Disney, uma grande brincadeira”, afirmou Delcídio, em referência aos recentes grampos que tornaram públicas supostas tentativas de impedir o funcionamento da Justiça.
O ministro Mercadante foi flagrado pelo próprio assessor de Delcídio, enquanto supostamente oferecia vantagens para comprar o silêncio do senador. Dilma e Lula foram grampeados em diálogo rápido que sugere que a nomeação do ex-presidente à Casa Civil era uma manobra. Jucá sugere para Sérgio Machado uma mudança no governo para “estancar” a Lava Jato. Já Delcídio foi pego tramando um plano de fuga para o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

JOAQUIM BARBOSA: "‘Bem, eu avisei’, diz Joaquim Barbosa após saída de Jucá"

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa usou sua conta oficial no Twitter para repercutir o escândalo que levou à saída de Romero Jucá (PMDB) do Ministério do Planejamento. “Bem, eu avisei”, disse o ex-ministro, que já se manifestou várias vezes contra a forma como foi conduzida o processo de impeachment e chegou a afirmar que Michel Temer não teria legitimidade para governar o País.
A manifestação ocorre após Jucá, que é investigado na Lava Jato, ser flagrado em uma conversa com outro investigado, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, discutindo como “estancar” a operação com a chegada de Temer ao poder antes mesmo de o impeachment ser votado. Com o escândalo, o peemedebista foi o primeiro ministro do governo interino a cair, apenas 12 dias após Dilma ser afastada.

PARELHAS: "Aliança do PMDB, com o prefeito Francisco e com o PT, continua firme"

A pré candidatura de Alexandre Dantas, em Parelhas, à prefeito do município, faz-se com a coligação PT-PMDB que vem há bastante tempo, conquistando várias vitórias.
O prefeito Francisco do PT, eleito duas vezes com o apoio de doutor Antônio Petronilo, agora retribui o gesto apoiando Alexandre Dantas do PMDB.
As duas legendas se entendem no município e deverão continuar aliados para tentar mais uma vez, manter os avanços conquistados nos últimos anos  em Parelhas. 

FATALIDADE: "Bebê morre depois de mãe dormir após amamentar-lo"

Um bebê morreu na madrugada desta segunda-feira (23), na cidade de Sumé, no Cariri paraibano. A causa da morte ainda está sendo investigada, mas segundo o delegado Dr. Rodrigo Monteiro, acriança morreu após ser amamentada pela mãe, que adormeceu com ela no sofá e só percebeu a fatalidade certo tempo depois.

De acordo com informações, a criança tinha dois meses e foi percebida sem vida pelo pai, que ao chegar na sala viu a mãe e o bebê, um do lado do outro e acordou a mulher para colocar o garotinho no quarto. Ao levar o menino, o pai percebeu que ele não esboçava reação e atentou para que ele tivesse falecido.

Muito aflitos, os pais levaram a criança para o hospital, mas o médico detectou sua morte.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Campina Grande - PB e a polícia investiga se a criança morreu por asfixia ou outra causa.

O boletim de ocorrência foi registrado como acidente doméstico.

CORJA: "Substituto de Jucá no Planejamento também é investigado"

Rei morto, rei posto. Ao anunciar na tarde desta segunda-feira que estava saindo de licença do Ministério do Planejamento, o senador Romero Jucá, investigado pela Operação Zelotes, anunciou seu substituto: Dyogo Oliveira, que aliás era secretário executivo do ministro anterior, Nelson Barbosa. Quando houve a troca – Barbosa foi para a Fazenda – Dyogo foi junto, na mesma função, e voltou à secretaria-executiva com a chegada de Jucá no governo do presidente em exercício Michel Temer.
Só que para fins de operação da PF, nada muda: Dyogo também está implicado, na Operação Zelotes, que investiga a compra e venda de medidas provisórias durante os governos de Lula e Dilma Rousseff. O processo corre no Supremo Tribunal Federal sob sigilo. O Ministério Público pediu quebra de sigilo bancário de Dyogo de 2010 a 2015.

MAIS UM: "Temer nomeia mais um advogado de Eduardo Cunha no governo"

Mais um defensor que trabalhou com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados ganha cargo estratégico no governo. Marcelo Ribeiro do Val foi nomeado na quarta (18) assessor do gabinete do novo chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Fábio Medina Osório.
Ribeiro respondia pelo Escritório Avançado da AGU na Câmara dos Deputados. Nesta condição, assinou peças de defesa de Cunha, algumas inclusive com críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Em um dos textos, Ribeiro do Val aponta “interferência indevida” do STF em questões internas da Câmara
O chefe da AGU, Fábio Osório, já fez críticas a seu antecessor, José Eduardo Cardozo, por ter defendido Dilma no impeachment, acusando-o de “bradar contra os demais poderes” da República. O caso de Ribeiro do Val, no entanto, seria diferente, diz ele.

HILÁRIO: "Pelados em Brasília"

Depois das conversas gravadas de Delcídio Amaral e Romero Jucá, ninguém tem mais confiança de conversar com medo das gravações.
Mas, como os entendimentos e conversas tem que continuarem, o jeito é conversar sem roupas, ou seja, pelados.
Imagine uma conversa de Sarney com Lula e Garibaldi?

DEPOIS DO GOLPE A QUEDA: "Líderes do impeachment caem pouco após Dilma"

Michel Temer soube domingo (22) à noite que Sérgio Machado, um antigo personagem da política brasileira, havia grampeado uma conversa com seu ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR). Junto com as especulações sobre o conteúdo do áudio, ouviu um veredito: seria impossível manter o aliado no cargo.
Reportagem publicada pela Folha nesta segunda-feira (23) com as falas do diálogoconfirmou a previsão dos aliados de Temer.
Considerada inevitável, a queda de Jucá marca o naufrágio dos dois maiores artífices do impeachment de Dilma Rousseff, 36 dias depois de o primeiro algoz da petista, Eduardo Cunha (PMDB-RR), ter obtido a aprovação do pedido na Câmara.
Se Cunha deu início ao calvário de Dilma, aceitando a tramitação do pedido de afastamento, Jucá trabalhou para materializar em votos no plenário a insatisfação da classe política com a petista.
Habilidoso, comandou o rompimento do PMDB com o PT, assumiu a presidência do partido e atuou fortemente para trazer o PSDB, o PP e o PR para o lado de Temer.
O resultado desse trabalho conjunto é conhecido. Cunha sequer pôde participar da posse de Temer. Foi afastado do cargo e do mandato uma semana antes pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Jucá, por sua vez, não só foi à cerimônia como ganhou nela o título de ministro e homem forte do governo. Permaneceu 12 dias no poder

segunda-feira, 23 de maio de 2016

AO VIVO: "15ª sessão do Poder Legislativo de Santana do Seridó"

TUDO PLANEJADO: "Gravação com Jucá revela que impeachment foi pacto para deter a lava jato"

Em diálogos gravados em março passado, o ministro do Planejamento, senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR) sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.
Segundo reportagem de Rubens Valente, as conversas, que estão em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República), ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Machado se mostrou preocupado com o envio do seu caso para a PF de Curitiba e chegou a fazer ameaçadas: “Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu ‘desça’? Se eu ‘descer’…”.
O atual ministro afirmou que seria necessária uma resposta política: “Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”, diz Jucá. Ele acrescentou que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional “com o Supremo, com tudo”. Machado disse: “aí parava tudo”.
Segundo Jucá, “ministros do Supremo” teriam relacionado a saída de Dilma ao fim das pressões da imprensa e de outros setores pela continuidade das investigações da Lava Jato. O ministro do Planejamento afirmou que tem “poucos caras ali [no STF]” ao quais não tem acesso e um deles seria o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal, a quem classificou de “um cara fechado”.
Na conversa, eles dizem que o único empecilho no pacto era o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). “Só Renan que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha. O Eduardo Cunha está morto, porra”, afirma Jucá no diálogo, que foi gravado.

VEJA NA ÍNTEGRA A CONVERSA ENTRE ROMERO JUCÁ E SÉRGIO MACHADO

SÉRGIO MACHADO – Mas viu, Romero, então eu acho a situação gravíssima.
ROMERO JUCÁ – Eu ontem fui muito claro. […] Eu só acho o seguinte: com Dilma não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar, ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais credito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?
MACHADO – Agora, ele acordou a militância do PT.
JUCÁ – Sim.
MACHADO – Aquele pessoal que resistiu acordou e vai dar merda.
JUCÁ – Eu acho que…
MACHADO – Tem que ter um impeachment.
JUCÁ – Tem que ter impeachment. Não tem saída.
MACHADO – E quem segurar, segura.
JUCÁ – Foi boa a conversa mas vamos ter outras pela frente.
MACHADO – Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo fez [autorizou prisões logo após decisões de segunda instância], vai todo mundo delatar.
JUCÁ – Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer.
MACHADO – Odebrecht vai fazer.
JUCÁ – Seletiva, mas vai fazer.
MACHADO – Queiroz [Galvão] não sei se vai fazer ou não. A Camargo [Corrêa] vai fazer ou não. Eu estou muito preocupado porque eu acho que… O Janot [procurador-geral da República] está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.
[…]
JUCÁ – Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. […] Tem que ser política, advogado não encontra [inaudível]. Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.
[…]
MACHADO – Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer].
JUCÁ – Só o Renan [Calheiros] que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.
MACHADO – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.
JUCÁ – Com o Supremo, com tudo.
MACHADO – Com tudo, aí parava tudo.
JUCÁ – É. Delimitava onde está, pronto.
[…]
MACHADO – O Renan [Calheiros] é totalmente ‘voador’. Ele ainda não compreendeu que a saída dele é o Michel e o Eduardo. Na hora que cassar o Eduardo, que ele tem ódio, o próximo alvo, principal, é ele. Então quanto mais vida, sobrevida, tiver o Eduardo, melhor pra ele. Ele não compreendeu isso não.
JUCÁ – Tem que ser um boi de piranha, pegar um cara, e a gente passar e resolver, chegar do outro lado da margem.
*
MACHADO – A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos. É que aquele documento que foi dado…
JUCÁ – Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura, que não tem a ver com…
MACHADO – Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.
JUCÁ – Caiu. Todos eles. Aloysio [Nunes, senador], [o hoje ministro José] Serra, Aécio [Neves, senador].
MACHADO – Caiu a ficha. Tasso [Jereissati] também caiu?
JUCÁ – Também. Todo mundo na bandeja para ser comido.
[…]
MACHADO – O primeiro a ser comido vai ser o Aécio.
JUCÁ – Todos, porra. E vão pegando e vão…
MACHADO – [Sussurrando] O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele ser presidente da Câmara? [Mudando de assunto] Amigo, eu preciso da sua inteligência.
JUCÁ – Não, veja, eu estou a disposição, você sabe disso. Veja a hora que você quer falar.
MACHADO – Porque se a gente não tiver saída… Porque não tem muito tempo.
JUCÁ – Não, o tempo é emergencial.
MACHADO – É emergencial, então preciso ter uma conversa emergencial com vocês.
JUCÁ – Vá atrás. Eu acho que a gente não pode juntar todo mundo para conversar, viu? […] Eu acho que você deve procurar o [ex-senador do PMDB José] Sarney, deve falar com o Renan, depois que você falar com os dois, colhe as coisas todas, e aí vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.
MACHADO – Acha que não pode ter reunião a três?
JUCÁ – Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é… Depois a gente conversa os três sem você.
MACHADO – Eu acho o seguinte: se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.
*
MACHADO – É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma…
JUCÁ – Não, esquece. Nenhum político desse tradicional ganha eleição, não.
MACHADO – O Aécio, rapaz… O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB…
JUCÁ – É, a gente viveu tudo.
*
JUCÁ – [Em voz baixa] Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem ‘ó, só tem condições de [inaudível] sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca’. Entendeu? Então… Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.
MACHADO – Eu acho o seguinte, a saída [para Dilma] é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Essa cagada desses procuradores de São Paulo ajudou muito. [referência possível ao pedido de prisão de Lula pelo Ministério Público de SP e à condução coercitiva ele para depor no caso da Lava jato]
JUCÁ – Os caras fizeram para poder inviabilizar ele de ir para um ministério. Agora vira obstrução da Justiça, não está deixando o cara, entendeu? Foi um ato violento…
MACHADO –…E burro […] Tem que ter uma paz, um…
JUCÁ – Eu acho que tem que ter um pacto.
[…]
MACHADO – Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori [Zavascki, relator da Lava Jato], mas parece que não tem ninguém.
JUCÁ – Não tem. É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara… Burocrata da… Ex-ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça].

REVOLTA: "Escritor Fernando Morais rasga filiação ao PMDB: “acabou”

Em mais uma manifestação contra o governo interino de Michel Temer, ocorrido neste sábado, na zona sul de São Paulo, o escritor e jornalista Fernando Morais chamou atenção ao demonstrar seu descontentamento com o atual cenário político brasileiro. No palco do evento, ele rasgou a ficha de filiação ao PMDB.
“Acabou!”, disse Morais, sendo aplaudido pelos presentes que lotaram o o auditório da Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, em evento contra o governo interino e “em defesa da democracia’. O jornalista disse também que a CUT tem toda razão por não reconhecer e não negociar com os “golpistas”.
‘As conquistas que vieram das ruas não poderão ser eliminadas por um bando de aproveitadores. O povo brasileiro mais uma vez repele a tentativa de supressão de seus direitos e de sua liberdade”, disse.