Pesquisa Sensus divulgada nesta quarta-feira (27) pela Confederação Nacional
dos Transportes (CNT) mostra Dilma Rousseff (PT) com 58,6% dos votos válidos e
José Serra (PSDB) com 41,4%. Para se chegar aos votos válidos são excluídos os
eleitores que dizem votar em branco ou nulo e os indecisos.
O levantamento foi realizado entre 23 e 25 de outubro e ouviu 2 mil pessoas
em 136 municípios. O registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é
de número 37.609/2010. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos
percentuais para mais ou para menos.
Em votos totais (que incluem os brancos, nulos e os indecisos), Dilma tem
51,9% e Serra 36,7%. Os eleitores que disseram votar branco ou nulo foram 4,7% e
os que não souberam ou não responderam foram 6,8%.
No levantamento
anterior,
divulgado dia 20 de outubro, Dilma tinha 52,8% dos votos válidos e Serra 47,2%.
Nos votos totais, a petista tinha 46,8% e o tucano 41,8%. No
levantamento
divulgado no dia 14 de outubro, Dilma Rousseff tinha 52,3% dos votos
válidos. José Serra registrou 47,7%. Em votos totais, Dilma tinha 46,8%, e
Serra, 42,7%.
A pesquisa divulgada nesta quarta traz também índices de rejeição. Foram 43%
os que disseram não votar em Serra e 32,5% os que não votariam em Dilma. No
levantamento anterior, 39,8% disseram não votar no tucano e 35,2% na
petista.
A pesquisa mostra ainda que 69,7% dos eleitores acreditam que Dilma vai
ganhar as eleições, contra 22,3% que esperam a vitória do tucano. O levantamento
mostra ainda que 75,2% dos entrevistados assistiram os programas eleitorais na
TV ou no rádio. Entre estes, 58% acham a propaganda de Dilma melhor e 42%
preferem a de Serra.
Para o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, a ampliação da vantagem
de Dilma se deve a fatores econômicos. Para ele, a disputa sobre “valores”
perdeu espaço na eleição. “Houve um processo de desconstrução da imagem da Dilma
no final do 1º turno e no início do 2º, mas no momento que a desconstrução
aconteceu dos dois lados, a questão valorativa deixou de ser moeda principal e
volta o foco para o econômico-político, em que Dilma abre vantagem”.
Números por regiões
Foram divulgados também os números dos candidatos por regiões em votos
totais. No levantamento, apenas na região Sul o candidato do PSDB cresceu e
Dilma caiu. Serra foi de 45,1% a 54% e Dilma caiu de 38,2% para 35,4%.
Dilma subiu em todas as demais regiões, enquanto o adversário perdeu espaço,
segundo os dados da pesquisa. Na região Nordeste, Dilma foi de 57,5% a 66,3% e
Serra de 34,8% para 25,5%. No Sudeste, Dilma tinha 44,2% e agora tem 48,4%,
enquanto Serra caiu de 41,6% para 36,7%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, que
no Sensus são consideradas uma só, Dilma foi de 42,1% para 50,7% e Serra de
52,6% para 40,4%.