sexta-feira, 12 de setembro de 2025

O TRABALHO TAÍ: "Através de ação do deputado Francisco Comunidades Sussuarana e Cachoeira recebem serviço de revitalização dos dessalinizadores"


Nesta semana, técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) realizaram visita às comunidades Sussuarana e Cachoeira, onde foi executado o serviço de limpeza e revitalização dos dessalinizadores que atendem as famílias da região.

A ação foi articulada pelo deputado estadual Francisco do PT, em parceria com o Governo do Estado, sob a liderança da professora Fátima Bezerra, e tem como objetivo garantir a qualidade da água distribuída e reforçar o compromisso com a melhoria das condições de vida no campo.

Os dessalinizadores são equipamentos fundamentais para o abastecimento de água em comunidades que enfrentam a escassez hídrica, realidade frequente no semiárido potiguar. A revitalização garante maior eficiência no funcionamento dos sistemas e mais segurança para o consumo humano.

Com a ação, as famílias da Sussuarana e da Cachoeira passam a contar com sistemas renovados, reforçando a importância de políticas públicas voltadas para a convivência com o semiárido e para a valorização das comunidades rurais.

Do impeachment às prisões: a crise de credibilidade que marca os ex-presidentes do Brasil


A lista de ex-presidentes brasileiros que enfrentaram problemas após deixar o poder é longa e preocupante. Fernando Collor de Mello foi afastado em 1992, e anos depois acabou preso em operação da Polícia Federal. Michel Temer também conheceu a prisão por acusações de corrupção. Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado e preso no âmbito da Lava Jato. Dilma Rousseff sofreu impeachment em 2016. E agora, Jair Bolsonaro condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por formação de quadrilha e abolição violênta de estado democrático de direito, ainda responde a uma série de processos e já acumula derrotas judiciais.

Esse histórico recente coloca em xeque as escolhas feitas pelo eleitorado brasileiro. Estamos diante de um ciclo em que os presidentes, antes de deixarem marcas positivas na história, terminam seus mandatos envolvidos em escândalos ou processos.

O que se vê é um padrão: presidentes que entram como promessa de mudança e saem deixando atrás de si um rastro de instabilidade, denúncias ou crises institucionais. É uma engrenagem que corrói a confiança da população e alimenta a descrença na política.

Mais do que nunca, o Brasil precisa de algo novo. Diferente. Não apenas nomes, mas práticas e condutas que rompam com esse ciclo de escândalos e que devolvam credibilidade ao cargo mais importante da República. Enquanto não houver essa mudança, continuaremos repetindo a história de governantes que sobem ao Planalto com esperança e descem dele cercados de controvérsias.

Robson Pires

STF condena Bolsonaro e seus cúmplices e interrompe um ciclo de trevas na história do Brasil


Neste 11 de setembro de 2025, o Brasil testemunhou um julgamento que já se inscreve entre os mais importantes da história republicana. Pela primeira vez na história, um ex-presidente da República é punido pela Corte Suprema por tentativa de golpe de Estado. 

Foi condenado e vai pagar severa pena de prisão um dos mais abjetos seres nascidos em solo brasileiro, comparável a Silvério dos Reis e aos generais fascistas que chefiaram a ditadura militar durante 21 anos praticando crimes de lesa-pátria e lesa-humanidade, como torturas e assassinatos de patriotas e democratas.

Bolsonaro foi condenado por crimes tipificados  no Código Penal, crimes graves contra a democracia. A decisão da Corte foi resultado de uma investigação rigorosa da Procuradoria-Geral da República (PGR), que reuniu provas robustas sobre a tentativa de subversão da ordem constitucional e a prática de atos de corrupção, terrorismo e conspiração contra as instituições.

O voto do ministro relator Alexandre de Moraes destacou a gravidade dos atos, apontando como Bolsonaro e seus asseclas atuaram para corroer as bases democráticas da República. Bolsonaro alimentou um projeto de poder autoritário, buscando implantar no Brasil um regime de feições fascistas e agindo para perpetuar-se no poder por meio do golpe pelo qual é condenado agora. Ele efetivamente montou uma engrenagem golpista, baseada no seu clã, em oficiais das Forças Armadas e militares subalternos, policiais e políticos ultradireitistas. Com estes cúmplices promoveu ataques sistemáticos às urnas eletrônicas, disseminou o ódio contra adversários, incentivou a violência armada e realizou diversas ações visando à ruptura institucional.

O ápice desta escalada foi a ocupação dos quartéis em todas as principais cidades do país, os atentados terroristas em 12 e 24 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023, quando prédios dos Três Poderes foram depredados em Brasília. A tentativa de golpe fracassou, mas deixou explícito o crime que, se consumado, lançaria o país na longa noite de uma nova ditadura fascista. 

O 11 de setembro de 2025 ficará registrado como o dia em que a Justiça venceu o arbítrio, e em que a democracia provou ser mais forte que o fascismo. Bolsonaro, que tentou se erguer como tirano, termina como criminoso condenado, desprezado pelo povo e relegado à condição de figura infame na história nacional.

Para os democratas e progressistas, é um momento de celebração, mas também de alerta: a luta contra as tendências ditatoriais é permanente. Agora, o país ingressa em nova fase da luta política em defesa da democracia. Os bolsonaristas, embora desmoralizados, vão tentar por todos os meios reverter a justa decisão da Justiça. As forças democráticas e progressistas devem elevar o grau de unidade e mobilização para impedir o retrocesso e garantir que intentonas golpistas se repitam.

José Reinaldo Carvalho