A lista de ex-presidentes brasileiros que enfrentaram problemas após deixar o poder é longa e preocupante. Fernando Collor de Mello foi afastado em 1992, e anos depois acabou preso em operação da Polícia Federal. Michel Temer também conheceu a prisão por acusações de corrupção. Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado e preso no âmbito da Lava Jato. Dilma Rousseff sofreu impeachment em 2016. E agora, Jair Bolsonaro condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por formação de quadrilha e abolição violênta de estado democrático de direito, ainda responde a uma série de processos e já acumula derrotas judiciais.
Esse histórico recente coloca em xeque as escolhas feitas pelo eleitorado brasileiro. Estamos diante de um ciclo em que os presidentes, antes de deixarem marcas positivas na história, terminam seus mandatos envolvidos em escândalos ou processos.
O que se vê é um padrão: presidentes que entram como promessa de mudança e saem deixando atrás de si um rastro de instabilidade, denúncias ou crises institucionais. É uma engrenagem que corrói a confiança da população e alimenta a descrença na política.
Mais do que nunca, o Brasil precisa de algo novo. Diferente. Não apenas nomes, mas práticas e condutas que rompam com esse ciclo de escândalos e que devolvam credibilidade ao cargo mais importante da República. Enquanto não houver essa mudança, continuaremos repetindo a história de governantes que sobem ao Planalto com esperança e descem dele cercados de controvérsias.
Robson Pires
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