Além de Fabrício Queiroz, uma ex-assessora parlamentar do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio atuou na arrecadação da chamada “rachadinha”. A prática consiste na devolução de parte do salário de funcionários que trabalhavam com o parlamentar.
O relatório do Ministério Público do Rio que embasou as buscas em endereços ligados a Flávio e seu ex-assessor Fabrício Queiroz nesta quarta (18) aponta que a ex-chefe de gabinete do 01, Mariana Lúcia da Silva Ramos Mota, teria atuado no recebimento de rachadinhas antes de Queiroz assumir a função, em 2008.
Após ser alvo de operação do MP, Flávio Bolsonaro se reuniu com o pai, o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.
Segundo o documento, ao qual a coluna teve acesso, a ex-assessora “exerceu a função de arrecadação dos valores repassados por assessores, à época em que ocupava a chefia de gabinete do deputado Flávio Bolsonaro, antes de a referida função ser assumida por Fabrício Queiroz”.
Os investigadores mostram que entre janeiro de 2007 e março de 2008, a ex-chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro recebeu em sua conta R$ R$ 39,4 mil em transferências.
As operações, como mostrou a quebra de sigilo bancário obtida pelo MP, foram feitas pelo policial civil que atuou como assessor no gabinete de Flávio, Jorge Luís de Souza. Segundo os investigadores, o valor equivale a 45% dos salários que o Souza recebeu da Assembleia nesse mesmo período.
João Marcolino
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