A bancada do PT na Câmara saiu em defesa na noite desta terça-feira (2) de uma proposta de "plebiscito já" para a reforma política, mas evitou falar sobre a validade da proposta. No Congresso, governistas e oposicionistas avaliam que são mínimas as chances de uma eventual mudança ter efeito para as eleições de 2014.
A movimentação do PT foi uma respostas às críticas de aliados, como PMDB, PP e PSB , a ideia do plebiscito para a reforma. A presidente Dilma Rousseff enviou na manhã de hoje ao Congresso uma mensagem sugerindo cinco pontos para serem discutidos pelo plebiscito.
A lista tem financiamento de campanha (público, privado ou misto), o sistema de votação, o fim da suplência no Senado, o fim do voto secreto no Congresso e a manutenção das coligações partidárias para eleição de deputados e vereadores.
Em nota divulgada, os petistas afirmam que a ideia de Dilma "abre caminho para uma efetiva e ampla reforma política no País, incluindo como questão central a realização de um plebiscito".
Sobre os pontos colocados por Dilma para a consulta popular, o PT defendeu o financiamento público de campanha e o sistema de voto proporcional.
"A mensagem encaminhada pela presidente inclui temas que vêm ao encontro do que a bancada e amplas forças progressistas da sociedade defendem, e expressa a voz das ruas, na busca do aprofundamento de nossa democracia", disse.
O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), disse que a ideia da bancada é buscar apoio ao plebiscito em movimentos sociais. "Vamos ouvir a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outros movimentos para não deixar que prevaleça essa corrente de deixar tudo como está".