terça-feira, 10 de novembro de 2020

RN EM DIA: "Fátima discute ação que pode reduzir preço do gás natural em 30% no RN"


Governo do Estado segue trabalhando para garantir os investimentos no setor de energia do Rio Grande do Norte. Durante esta segunda-feira (9), a governadora Fátima Bezerra esteve em duas reuniões no Rio de Janeiro-RJ para tratar da relação entre o estado, a Petrobras e empresas privadas.

 
A primeira reunião foi com a Petrobras, representada pelo diretor executivo de relacionamento institucional, Roberto Ardenghy. Na ocasião, a empresa assegurou duas medidas importantes para o ambiente econômico do RN: a manutenção dos níveis de produção e investimento e uma maior agilidade na liberação do acesso à Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), em Guamaré, o que poderá diminuir o preço do gás em até 30%.
 
“A Petrobras é uma importante parte da nossa economia e é vital que ela se mantenha ativa dentro do Rio Grande do Norte. O nosso governo vai trabalhar dia e noite para garantir que esses investimentos sejam efetivados, assim como fortalecer as parcerias com a iniciativa privada”, declarou a governadora Fátima Bezerra. As discussões da reunião são parte do desdobramento do grupo de trabalho firmado entre o Governo e a Petrobras para tratar da questão dos planos anunciados pela empresa para venda dos ativos no estado.  
 
Segundo os diretores da empresa, o processo para liberação do acesso à UPGN é prioridade. O grupo afirmou que o planejamento é que até o fim de novembro mês seja apresentado um cronograma que trate do acesso às empresas que adquiriram os campos maduros para processar o gás natural. O prazo inicial para a liberação dado pela Petrobras é de 18 meses, mas a pedido do Governo a empresa fará um esforço para diminuir o tempo dos trâmites para abertura da UPGN.
 
A liberação é prevista no acordo firmado entre Petrobras e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para abertura do mercado de gás no RN. O acesso das empresas privadas à UPGN aumentará a produção, gerando grande impacto na arrecadação e beneficiando toda a cadeia produtora e o estado.
 
A Potigás vai poder comprar gás a preços mais competitivos, direto dos novos produtores que já atuam no RN, e repassar essa redução para o consumidor. A empresa controlada pelo Governo tem hoje mais de 28 mil clientes nos segmentos industrial, comercial, residencial e veicular, sendo que o segmento veicular abrange a maior clientela. “Essa é uma boa notícia para o mercado de energia do nosso estado. O governo vai seguir atuando na busca de ajudar na resolução desse ponto”, completou a chefe do Executivo.
 
Além da governadora, participaram da reunião, o secretário de Estado do Planejamento e das Finanças, Aldemir Freire, a assessora de Assuntos Institucionais e Regulatórios da Potigás, Marina Siqueira, o gerente executivo e relacionamento externo da Petrobras, Fernando Assumpção Borges, e o gerente executivo de gás e energia, Rodrigo Costa Lima.
 
ANP
Durante a agenda no Rio de Janeiro, a governadora Fátima Bezerra reuniu-se também com o diretor-geral interino da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Raphael Moura. “Tivemos uma reunião produtiva que deu continuidade aos entendimentos já mantidos anteriormente, inclusive com a Petrobras, para acesso à UPGN de Guamaré”, afirmou a governadora.
 
Desde o ano passado, o estado vem discutindo também com o Ministério das Minas e Energia (MME) e com o comitê de monitoramento do novo mercado do gás. O destravamento desse acesso é aguardado por produtores, Governo do RN e Potigás porque vai gerar um aumento imediato na produção de gás nos poços adquiridos pela iniciativa privada.
 
Na reunião, na sede da ANP, a governadora esteve também acompanhada do secretário Aldemir Freire e da assessora da Potigás, Marina Siqueira, além de Daniela Santos, representando o Fórum Potiguar de Petróleo e Gás.

Blog do Pássaro



DESASTRE: "Brasil deve deixar o ranking das dez maiores economias do mundo em 2020"


O baque da pandemia do novo coronavírus deve deixar um saldo ainda mais cruel para a economia brasileira: ela pode deixar de figurar entre as dez maiores do mundo este ano, sendo ultrapassada por Canadá, Coreia do Sul e Rússia. Os dados são de um levantamento dos pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Marcel Balassiano e Claudio Considera, a partir de projeções feitas em outubro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo antecipou o jornal Valor Econômico.

De acordo com as projeções feitas em outubro pelo FMI para este ano, com a crise da Covid-19 e seus impactos na economia mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil passaria de US$ 1,8 trilhão no ano passado para US$ 1,4 trilhão até o fim deste ano – o que levaria a economia brasileira a ser ultrapassada por canadenses, sul-coreanos e russos.

A crise econômica provocada pela pandemia deve levar a maior parte do mundo a uma forte retração da atividade econômica este ano. No Brasil, os efeitos da Covid-19 se somam ao desempenho do real, que foi uma das moedas que mais se desvalorizaram este ano. Do começo do ano até o fim do mês passado, o câmbio se desvalorizou 40% em relação ao patamar em que o dólar estava no fim de 2019.

Os economistas ressaltam que, considerando a métrica do dólar, a economia brasileira passaria da nona maior do mundo ano passado para a 12.ª maior este ano. E essa queda é apenas mais um capítulo de um movimento de perdas que ocorreu nas últimas crises.

Eles lembram que, em 2011, o País era a sétima maior economia do mundo, posição que ocupou até 2014. Quando veio a recessão de 2015 e 2016, o Brasil perdeu duas posições nesse ranking, passando para o oitavo lugar em 2017 e para o nono, nos dois últimos anos.

Segundo Balassiano, a mudança de posição, do nono para o 12.º lugar no ranking se explica, principalmente, pela variação cambial, que por sua vez tem é um reflexo do aumento do risco Brasil, sobretudo por conta dos problemas fiscais que o País enfrenta

“Isso deve acontecer, quando se considera o dólar corrente, muito mais pela forte desvalorização do real frente ao dólar do que pela queda da atividade econômica. Tanto que pela via do dólar por poder de compra, a mudança não é tão brusca”, explica Balassiano.

Ele ressalta que o FMI projeta queda de 5,8% no PIB brasileiro este ano, retração que poderia ser maior se medidas de estímulo, como o auxílio emergencial dado aos brasileiros mais vulneráveis, não tivessem sido adotadas. “A queda do ranking das maiores economias, portanto, reflete os riscos locais do Brasil.”

Quando se considera o dólar em paridade por poder de compra (PPC), o Brasil ocupava a sétima posição no começo da década e assim permaneceu, até 2016, até chegar ao décimo lugar em 2019. Pelas projeções do FMI, o País voltaria para a oitava posição este ano.

CNN BRASIL