quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fátima Bezerra diz que Garibaldi Filho foi decisivo para a vitória da senadora Rosalba Ciarlini


“O senador José Agripino tem duas caras. De repente ele virou Lula desde criancinha. Ficou caladinho, caladinho durante o primeiro turno da campanha. Quando viu que o candidato a presidente José Serra foi para o segundo turno, vestiu novamente a pele de lobo e começou a falar mal de Dilma Rousseff. Isso para mim é oportunismo político”.

Sobre a derrota do PT no Rio Grande do Norte nas eleições estaduais, com a vitória da senadora democrata Rosalba Ciarlini, Fátima disse que apoio do senador Garibaldi Filho foi decisivo para esse resultado.

“Eu acredito que o fato de Garibaldi ter dado apoio à Rosalba na campanha teve um peso político importante. Eu diria que decisivo para a vitória de Rosalba”, disse Fátima.

E acrescentou: “Infelizmente não conseguimos unificar a base do candidato do nosso partido. Mas para toda boa regra existe uma exceção e aqui o DEM foi o cacique sobrevivente”.

Em relação à descentralização dos palanques de Dilma no Estado, a deputada disse que não vê nenhum problema nisso ressaltou que o PMDB está unido em favor da campanha da candidata petista.

“Tem que haver descentralização, quanto mais melhor. Não há nenhum problema com o PT e o PMDB, pois os dois partidos tem a mesma responsabilidade de fazer campanha para Dilma. O que está em discussão aqui é o segundo turno e o PMDB está unido, não tenho dúvidas de que eles vestirão a camisa”, afirmou Fátima.

Questionada sobre uma frase que teria sido dita por Lula, taxando os petistas do RN de “bundões”, por não terem derrotado José Agripino, Fátima disse que não acredita que o presidente tenha feito essa afirmação.

A frase teria sido dita por Lula, segundo a coluna do jornalista Cláudio Humberto.

José Serra dará continuidade ao governo de FHC:Fernando Henrique Cardoso tentou acabar com o 13º salário, licença-maternidade e as férias seriam pagas em 10 vezes



Em 03.10.2001, o então presidente Fernando Henrique Cardoso enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei 5.483/2001. Esse projeto foi um dos inúmeros ataques que os tucanos, liderados por FHC, promoveram contra os direitos sociais e trabalhistas.

O PL 5483/2001 propunha alterar o artigo 618 da CLT: estabelecia o fim do 13. salário, da Licença Maternidade e as férias seriam pagas em 10 vezes.

O PL 5483/2001 foi aprovado, na Câmara dos Deputados, em dezembro de 2001, pelo então Governo FHC e sua base aliada (PSDB-PFL).

O PL 5483/2001 foi encaminhado, então para votação no Senado.

Em 06/12/2001 o PL foi enviado ao Senado. Deveria ter sido votado em março mas a aprovação da CPMF fez com que o regime de urgência fosse cancelado.

No dia 08/05/2003 “… o Presidente Lula  solicitou a retirada de tramitação deste projeto”.

No dia 16/07/2003, o PL 5.483/2001 foi encaminhado para o arquivo e no dia 16/06/2004, foi arquivado.

FHC queria acabar com o 13. salário, licença-maternidade e as férias seriam pagas em 10 vezes.

O Presidente Lula mandou arquivar tudo.

Itamar Franco: "Serra nunca apoiou o plano Real. Eu era o presidente e ele bombardeou deste o primeiro instante".


Itamar ataca Serra e prevê derrota pior ainda no 2.º turno


Notícia publicada na Agência Estado em 15/10/2002
com link aqui
O governador de Minas Gerais, Itamar Franco, soltou o verbo hoje contra o presidenciável do PSDB, José Serra, acusando-o de disseminar "inverdades" e de ter "bombardeado" o Plano Real no seu início. "Ele nunca apoiou o Plano Real. Posso dizer porque fui presidente da República. Desde o início ele tentou bombardear o plano", declarou Itamar, ao chegar a Brasília, onde reúne-se amanhã com o petista Luiz Inácio Lula da Silva e depois com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Saiu até em defesa do presidente, ainda que de forma indireta.

"O candidato Serra quer viver à sombra do presidente, mas tem medo de sair às claras, ao sol, e dizer: 'Sou o candidato do presidente'. Ele acha isso uma coisa vergonhosa. Por que ter vergonha de ser o candidato do presidente?", questionou o governador mineiro. Segundo Itamar, "se Serra fosse um homem verdadeiro, deveria defender a política deste governo, ao qual serviu por oito anos, ou dizer o que realmente pensa".

Ressaltando que não criticava a pessoa de Fernando Henrique, Itamar afirmou que a atual política econômica resultou em "empobrecimento dos municípios, dos Estados e da população". Acusou o ministro da Fazenda e o Banco Central de tentarem esconder os erros cometidos e obrigar os candidatos à Presidência a seguirem o mesmo caminho.

"Há um desvio na rota da ordem econômica que vai precisar ser alterado", disse o governador. "Chega hora em que o povo quer mudar." Cabo eleitoral de Lula, para quem gravará mensagens de apoio amanhã, Itamar prometeu que "em Minas, o Serra vai ter uma derrota pior do que teve no primeiro turno". Segundo ele, o arco de alianças em torno do petista deve se ampliar neste segundo turno em Minas, onde Lula já obteve 53% dos votos válidos.

O governador disse ainda que o presidenciável do PSDB mente ao dizer que criou os medicamentos genéricos, porque isso teria ocorrido durante seu mandato, através de um decreto. "Ele deveria ter a decência de dizer que os genéricos surgiram no governo Itamar, não pelo Itamar, mas pelo grande ministro da Saúde que foi o Jamil Hadad", afirmou Itamar.

O ex-presidente também queixou-se da afirmação feita por Serra durante o primeiro turno, atribuindo a Itamar a privatização da Light e da companhia elétrica do Espírito Santo, ocorrida no governo Collor de Mello, quando Itamar era seu vice. ‘Ele falou uma deslavada inverdade, não sei um vocábulo mais forte do que este‘, disse o mineiro. ‘Eu não privatizei em meu governo nenhuma empresa de energia elétrica.‘

Amanhã Itamar reúne-se com o presidente para discutir a situação financeira do Estado. Segundo ele, a dívida de Minas Gerais era de R$ 18 bilhões quando ele assumiu o governo estadual e, quatro anos depois, já chega a R$ 28 bilhões apesar de já ter pago R$ 8 bilhões ao Tesouro Nacional. Segundo ele, o vice de Lula, José Alencar, tem um projeto que reduz o comprometimento dos gastos dos Estados com a dívida de 13% da receita líquida para 5% e que poderá ser adotado no caso de vitória do petista

Contra boatos, Dilma vai lançar ‘carta aberta’ aos brasileiros, diz Crivella

Candidata do PT reuniu 51 líderes evangélicos em Brasília nesta quarta.
Pastores gravaram participação no programa de TV da candidata.

Robson Bonin Do G1, em Brasília
Candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, durante reunião com líderes evangélicos, nesta quarta-feira (13).Candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em
reunião com líderes evangélicos nesta quarta (13).
(Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil)
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, reuniu nesta quarta-feira (13) 51 líderes evangélicos em Brasília para reafirmar seu compromisso com questões apoiadas pelos religiosos e acertar a redação de uma “carta aberta” aos brasileiros na qual a candidata irá abordar temas como o aborto, casamento homossexual e liberdade religiosa no país. O documento deve ser divulgado até sábado (16). A assessoria da candidata, porém, não confirma a existência da carta.
Segundo o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), no encontro com os líderes evangélicos, Dilma pediu empenho na luta contra os boatos. Crivella disse que Dilma irá divulgar uma carta com as suas intenções e os líderes evangélicos também irão redigir um documento de apoio à candidatura petista.
“Ficou acertado que a ministra [Dilma] iria reafirmar os seus princípios em uma carta aberta à nação. E que nós também iríamos fazer outro manifesto de apoio a sua candidatura convencidos desses princípios que ela, juntamente conosco, concorda em preservar na sociedade brasileira”, disse o senador.
Ainda de acordo com Crivella, a petista fez um chamado para que todos os pastores ajudem a divulgar a carta. “A essa altura do processo eleitoral, é muito importante o testemunho dos líderes. É muito importante que cada líder que conhece a ministra possa levar isso aos seus liderados”, afirmou.
O documento, que será assinado por Dilma, vai abordar questões polêmicas como aborto, e casamento homossexual, adoção de crianças por casais homossexuais e drogas. “A ministra reafirmou as posições que ela já tomou desde o início da campanha. Temos que ter estratégia de mídia para que essas posições cheguem naqueles que têm dúvidas. Casamento homossexual, adoção por casais por homossexuais, a questão das drogas, prostituição, descriminalização do aborto, enfim, essas coisas preocupam os católicos e evangélicos", disse Crivella.
Presidente da Igreja Presbiteriana, o pastor Guilhermino Cunha afirmou que a campanha da petista gravou imagens dos líderes evangélicos com Dilma e depoimentos de alguns pastores que serão exibidas no programa da candidata na TV. “Ela vai partir para um discurso muito mais propositivo e com um sorriso e uma visão de vitoriosa. O posicionamento dela é pró-vida”, disse Cunha ao deixar o encontro.

Frei Betto: Dilma e a fé cristã

Reproduzo abaixo o artigo de Frei Betto, publicado na coluna "Tendências/Debates" da Folha de São Paulo e no Blog do Altamiro Borges (Blog do Miro):

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de "marxista ateia".

Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória - diria, terrorista - acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.

Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo. Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam. Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto...

Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.

Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma linha.