quarta-feira, 24 de julho de 2024

A corrida de Fátima não é para 2024, mas para 2026


Qualquer avaliação que levar em conta a força de Fátima Bezerra a partir de 2024 tenderá a errar na análise. 

Pontos:

1. O PT nunca fez grande quantidade de prefeitos no RN. Sempre foi assim aqui e 2024 não representará novidade. Não teremos em 2024 uma demonstração de fraqueza neste aspecto. Apenas algo rotineiro e típico da política potiguar. Fátima mesmo se reelegeu em primeiro turno em 2022 com baixa quantidade de prefeitos diretamente eleitos pelo PT em 2020, por exemplo.

2. O PT continuará sendo um player forte porque o RN é um estado lulista. Não há nenhuma perspectiva de mudança em relação a isso na configuração estabelecida para 2024 ou 2026.

3. A partir da pujança do governo federal que concentra a maior parte do orçamento, Fátima e o PT se fortalecem como coligação com partidos da base e o cenário neste aspecto não piorou, mas se tornou melhor. Vide as boas perspectivas de desempenho do PSDB e MDBem 2024, principais aliados do governo e as recentes vitórias na Assembleia do RN.

4. É verdade que o Governo do RN tem problemas hoje de avaliação nos municípios. Mas a gestão funciona bem em seus serviços, tendo saúde e segurança seguem andando de maneira tranquila. A questão é de entrega de obras e, em relação ao ponto, só teremos como saber o papel de Fátima em 2026 após avaliar o impacto da inauguração das reformas nas rodovias, inauguração dos IERNs, etc.

Não estamos diante de um sprint final em uma corrida de 100 metros, mas de uma longa maratona que irá se encerrar apenas no fim de 2026. Então, é preciso muita calma nessa hora para não ter de se explicar amanhã. Ora, falo isto para quem se preocupa em não patinar na maionese em análises que envelhecem mal. Enfatizo para quem tem o realismo como horizonte de avaliação. Há quem não ligue para tal aspecto...

FONTE: opotiguar.com.br