terça-feira, 11 de outubro de 2022

CORRUPÇÃO BOLSONARISTA: ''Cartel do asfalto fraudou licitações de R$ 1 bilhão sob Bolsonaro e Rogério Marinho, diz TCU''


O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de investigação através de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que revela indícios de um cartel de empresas de pavimentação e asfaltamento com fraudes a licitações da estatal Codevasf – que somam mais de R$ 1 bilhão. A Codevasf é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que na maior parte do período investigado pelo TCU era comandado por Rogério Marinho (PL-RN).

A investigação do TCU foi motivada por reportagens da Folha de S. Paulo e verificou que empresas agiram em conchavo em licitações tanto na sede da Codevasf, em Brasília, como nas superintendências regionais.

Segundo a Folha, o levantamento afirma que a construtora Engefort é a principal beneficiada do suposto esquema, vencendo editais com indicativos de fraude que somam R$ 892,8milhões. A empreiteira maranhense dominou as licitações da estatal em 2021 e em parte delas usou a empresa de fachada Del.

O TCU diz ter encontrado indícios de que as ações do cartel do asfalto envolveram propostas de fachada e combinação de rodízio entre as empresas envolvidas.

A auditoria do Tribunal apurou que houve aumento do volume licitado. Porém, ocorreu ao mesmo tempo a redução da concorrência e uma diminuição do desconto médio nas licitações entre 2019 e 2021. No ano passado, nas 50 licitações que venceu em 2021, a Engefort deu em média um desconto de apenas 1%, o que não é o padrão da competitividade normal.

As licitações de asfaltamento da Codevasf são feitas através do pregão eletrônico. Os técnicos do TCU afirmaram que o esquema visto em 63 pregões da Codevasf, que totalizaram R$1,13 bilhão, teve como objetivo favorecer a Engefort. Ao todo, 35 empresas são consideradas suspeitas de participarem do cartel. Algumas delas só participavam dos pregões para dar aparência de concorrência.

Ainda de acordo com a Folha, o ministro do TCU e relator do caso, Jorge Oliveira, contrariou o parecer da área técnica do tribunal e não suspendeu o início de novas obras ligadas às licitações sob suspeita. Oliveira chegou ao TCU após indicação de Bolsonaro.

À Folha, a Codevasf diz que suas licitações são feitas conforme a lei. O Tribunal de Contas da União afirma que a manifestação da corte sobre o tema já foi dada “por meio do acórdão aprovado em plenário e fundamentado pelo voto do ministro relator”.

AGORA RN



Professora que fez gesto nazista é demitida no Paraná


A professora de redação que fez uma saudação nazista em sala de aula, no interior do Paraná, foi demitida. Um vídeo que mostra Josete Biral fazendo o gesto viralizou nas redes sociais. O caso aconteceu na última sexta-feira, 7, durante uma aula do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Sagrada Família, em Ponta Grossa (PR).

De acordo com o Estadão, a diretora-geral do colégio, irmã Edites Bet, informou que a escola decidiu demitir a profissional. Em nota, o colégio ressaltou ‘não compactuar e não concordar com a postura da professora’, bem como repudiou ‘qualquer manifestação alusiva ao teor do vídeo.’

No vídeo, divulgado pela Revista Fórum, é possível ver a professora trajando uma camisa do Brasil e fazendo o gesto de levar a mão à testa e depois estender o braço direito. Esse era o cumprimento de nazistas para o líder Adolf Hitler. Usuários das redes sociais condenaram a postura da educadora.

O advogado da professora, Alexandre Jorge, afirma que o gesto não se trata de uma saudação nazista. “Ela não compactua com qualquer ato de nazismo, nem qualquer organização, seja nazismo, comunismo, fascismo ou qualquer uma delas”, disse o advogado, que ainda sugeriu que a gravação foi retirada de contexto.

“Ela colocou um hino, bateu aquela continência, e alguns alunos que têm a posição contrária a dela, que são do candidato Lula, começaram querer induzir para esse lado de que ela estava fazendo o símbolo do nazismo”, completou.

No Brasil, a saudação é categorizada como incitação ao ódio, crime com pena de até três anos de prisão para quem “aprovar, glorificar ou justificar” o regime nazista.

Terra