quinta-feira, 9 de junho de 2016

Segundo pesquisa CNT/MDA, brasileiros não aprovam Dilma nem Temer

Pesquisa CNT/MDA mostra que a administração do presidente interino, Michel Temer, tem uma baixa aprovação quase idêntica à de Dilma Rousseff.
O governo do peemedebista é aprovado por apenas 11,3% dos brasileiros. O da petista tinha uma taxa de 11,4%.

BANDIDO FAVORITO: "Mudanças e armações em comissões vão salvar Eduardo Cunha"

Aliados do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dão como certo o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA) contra a cassação do peemedebista no Conselho de Ética. Caso o voto da parlamentar se confirme, Cunha conseguirá se livrar no colegiado da perda de mandato, sofrendo apenas uma pena mais leve.
Nos bastidores, ao menos quatro deputados aliados de Cunha dizem ter recebido informações de que Tia Eron vai votar contra a cassação do peemedebista. Segundo um membro da chamada “tropa de choque” de Cunha, a Universal do Reino de Deus, igreja que a deputada frequenta, teve papel central para fazê-la “votar com ele”.
Eduardo Cunha teria pedido ajuda a líderes da igreja que ela frequenta na Bahia, para convencer Tia Eron. Assim como a parlamentar baiana, o presidente afastado da Câmara é evangélico, só que da igreja Assembleia de Deus. Cunha e Tia Eron têm em suas respectivas igrejas suas principais bases eleitorais.
CCJ
O PR trocou dois deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira. Saem os deputados Jorginho Mello (PR-SC) e Paulo Freire (PR -SP) como titulares da comissão e entram dois deputados que são votos certos a favor de Cunha no Conselho de Ética: Laerte Bessa (PR-DF) e Wellington Roberto (PR-PB). As trocas acontecem na semana em que a comissão se prepara para discutir e votar a consulta, feita por aliados de Eduardo Cunha, e abre brecha para tentar salvá-lo da cassação no plenário da Casa.
O deputado Jorginho Melo reclamou em plenário.
— Fui substituído sem consulta, sem informação — disse Mello.
A informação provocou revolta em outros integrantes da CCJ
— Esse é um precedente inédito. Muito grave, cheira mal. Melo é um deputado assíduo, não tem justificativa — criticou o deputado Esperidião Amin (PP-SC).
Com informações do Estadão e o Globo




JANOT: "Políticos do PMDB acertavam versões contra a Lava Jato"

Folha de SP
pedido de prisão de integrantes da cúpula do PMDB feito pela Procuradoria-Geral da República aponta que eles combinavam versões de defesa e estratégias para evitar serem alcançados com o avanço das apurações da Operação Lava Jato.
Segundo a Folha apurou, a ideia seria costurar as defesas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), alvos dos pedidos de prisão, e impedir que o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado colaborasse com as apurações.
Há ainda indícios de que seriam produzidos documentos para tentar maquiar os desvios na gestão de Machado. De acordo com o ex-presidente da Transpetro, Renan, Sarney e Jucá teriam recebido R$ 70 milhões da subsidiária da Petrobras. O objetivo seria, se não impedir, dificultar a ação de órgãos de controle.
A base dos pedidos de prisão são as gravações dos peemedebistas feitas por Machado, repassadas à Procuradoria e que começaram ser reveladas pelaFolha. Também foram entregues documentos que comprovariam movimentações financeiras. Nem todos os áudios em poder da PGR foram divulgados.
Os investigadores argumentam ter optado pelo pedido de prisão devido à avaliação de que apenas o afastamento de Renan e Jucá do Senado não surtiria efeito para impedir prejuízo às apurações da Lava Jato.
Em relação a Renan, o pedido de afastamento da presidência do Senado foi uma alternativa colocada por Janot ao Supremo Tribunal federal, caso a prisão não seja acolhida pela corte.

Os procuradores também argumentam que os diálogos captados demonstram interesse do trio em mudar a decisão do Supremo que prevê a prisão de condenados a partir da segunda instância.
Em algumas conversas gravadas, os envolvidos criticam ministros do tribunal por seus votos no julgamento.
Em seus depoimentos de colaboração com a Procuradoria, Machado e seus três filhos relataram suposto esquema de desvio de recursos e pagamento de propina da Transpetro. Eles entregaram documentos sobre as operações, feitas via um fundo no exterior, e uma lista com o detalhamento das empresas envolvidas com contratos fraudulentos na subsidiária.
Os contratos de prestação de serviços da Transpetro, de acordo com o relato de Machado, rendiam propina de 3%. Nos estaleiros, a propina ficava entre 1% e 1,5%.
Os valores seriam acertados diretamente por Machado com os empreiteiros. Os peemedebistas receberiam os recursos em dinheiro vivo ou por meio de doações legais de fornecedoras da Transpetro.
Renan e Jucá já são investigados na Lava Jato. O presidente do Senado é alvo de nove inquéritos e Jucá de dois.
A delação de Machado também cita senadores e deputados de outros partidos que teriam recebido recursos de fornecedoras da Transpetro. Um deles é o da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). A informação foi antecipada pelo “Globo” e confirmada pela Folha.
A deputada teria pedido ajuda a Machado para sua campanha. A reportagem não conseguiu contato com ela na noite desta quarta (8).
OUTRO LADO
Os políticos que foram alvo do pedido de prisão negam irregularidades e que tenham recebido propina.
Sobre a combinação de versões de defesa e estratégias, como aponta a Procuradoria-Geral da República, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou que a “a chance de ter acontecido isso é zero”. Renan tem afirmado que não praticou nenhum ato que pudesse ser interpretado como tentativa de obstrução à Justiça.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), afirmou que a versão da PGR é “fantasiosa”.
Segundo Kakay, Sarney não era investigado na Lava Jato e não tinha preocupação com o assunto.
Sobre Jucá, o advogado afirmou que nas conversas ele só discutia mudanças na lei, uma função parlamentar.




Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal poderão se fundir

Há um clima de tensão entre funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Circula pelos gabinetes dos dois bancos a informação de que um processo de fusão entre eles estaria em estudo dentro do governo de Michel Temer.
 A ideia que circula entre técnicos da equipe econômica prevê a transferência de todas as operações da Caixa para o BB, com exceção da área imobiliária. Com isso, a Caixa se transformaria em uma agência imobiliária, responsável exclusivamente pelo financiamento da casa própria.
Essa proposta não é nova. Já circulou pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, mas acabou engavetada diante das fortes pressões de políticos e dos sindicatos, contrários à ideia. Agora, acredita-se que a fusão pode decolar, diante da imagem negativa que os bancos públicos ficaram ao serem usados pelo governo Dilma Rousseff para as pedaladas fiscais.

Saúde divulga novo boletim de microcefalia e mantém 113 casos confirmados

O mais recente boletim divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) revela a notificação de 431 casos de microcefalia, mantendo o quantitativo de 113 confirmados. Foram descartados 63 casos.
Entre os casos notificados, 322 são de nascimentos ocorridos em 2015, 95 são de nascimentos ocorridos até a semana epidemiológica (SE) no 22, terminada em 04/06/2016, quatro foram de nascimentos ocorridos em 2014 e os demais estão entre os abortos e pré-natal. Os três maiores municípios com casos confirmados são: Natal (31), Parnamirim (8) e Ceará-Mirim (7).
Os casos notificados estão distribuídos nas oito regiões de saúde do Estado, distribuídos em 85 municípios. Do total de notificações, 255 estão sob investigação, 113 foram confirmados e 63 foram descartados (descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos).
Do total de casos notificados, 4,3% (18/417) evoluíram para óbito após o parto ou durante a gestação (abortamento espontâneo ou natimorto). Segundo a classificação, 33% (6/18) permanecem em investigação e 67% (12/18) foram investigados e confirmados. Dos óbitos confirmados 7 apresentaram resultado de exame de imagem com presença de alterações típicas indicativas de infecção congênita, e 5 foram confirmados por critério clínico-laboratorial – com identificação CIEVS.