Mais um dia de Copa do Mundo, mais um dia de protestos contra o Mundial. No quinto dia da realização do torneio no Brasil, nesta segunda-feira (16), as três cidades que receberam jogos contaram com protestos de grupos sociais e sindicatos – e, a exemplo do que vem ocorrendo no País desde quinta (12), nenhuma delas contou com mais do que um pequeno grupo de pessoas presente.
Em Natal, o Ato Público Contra as Injustiças da Copa do Mundo foi organizado pelo movimento Não Vai Ter Copa. A concentração, que não juntou mais de duzentas pessoas, começou às 16h, em frente ao shopping Midway Mall, localizado a apenas 2,5 km da Arena das Dunas, onde EUA e Gana jogaram às 19h. Os protestantes foram até a linha de contenção da polícia e dispersaram. No entanto, duas pessoas insistiram em se aproximar do campo da partida e acabaram presas.
O movimento em Natal ocorreu no dia em que a capital potiguar decretou estado de calamidade pública devido às fortes chuvas que têm atingido a cidade desde a última quinta-feira (12). Centenas de pessoas precisaram abandonar suas casas por causa das tempestades na cidade, que ainda convive com paralisações de guardas municipais e motoristas de ônibus. Também para a data estava confirmada a visita do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, à cidade.
Apesar da expectativa de receber ao menos 2 mil pessoas, número de ativistas que havia confirmado presença no evento até horas antes do início da passeata, apenas cerca de 200 compareceram ao primeiro ato contra a Copa do Mundo realizado em Curitiba. Segundo a Secretaria de Segurança Pública paranaense, 14 deles foram presos pela Polícia Militar ao final do ato, sendo 12 adultos e dois adolescentes – um de 15 e outro de 17 anos. Na capital potiguar, a PM prendeu duas pessoas. Já as forças de segurança da Bahia não informaram se houve detenções.