segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PETROBRÁS: "Dilma fala pela primeira vez sobre caso"

Dilma Rousseff falou pela primeira vez sobre a sétima fase da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que prendeu 23 pessoas, entre donos de empreiteiras e ex-funcionários da Petrobras. Após a deixar a reunião do G20, na Austrália, a presidente destacou o lado positivo da investigação e disse que esse não é o primeiro escândalo, mas é o primeiro investigado de forma efetiva.
Ela conversou com jornalistas por cerca de meia hora antes da viagem de volta ao Brasil e avaliou que as prisões de sexta-feira podem mudar a história do país. Dilma Rousseff não quis adiantar nomes da reforma ministerial e afirmou ser normal todos os ministros colocarem o cargo à disposição antes do início do segundo mandato.

Brasil melhora posição em ranking mundial do trabalho escravo

O Brasil melhorou sua posição no ranking de trabalho escravo global deste ano, mas ainda tem 155.300 brasileiros submetidos a condições consideradas degradantes de trabalho. Sétima economia do mundo, o país passou da 94ª posição, com 200 mil pessoas consideradas em condição análoga a de escravo, para 143ª posição no ranking do relatório deste ano da Walk Free Foundation, organização não-governamental que tem como missão acabar com a escravatura moderna.
A ONG elogia no relatório a atuação do governo brasileiro e o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. “Muitas empresas estão tomando medidas proativas para lidar com a escravidão em sua cadeia de suprimentos. No final do ano passado, 380 empresas, representando 30% do PIB do país Brasil, tinham aderido ao pacto”, cita o documento.
O relatório menciona ainda que, em maio deste ano, a aprovação da PEC (proposta de emenda constitucional) do Trabalho Escravo, que autoriza a expropriação de imóveis e propriedades onde forem flagrados trabalhadores em situação análoga à escravidão e enquadra os infratores nas sanções previstas no código penal.

Petrobras terá novo diretor para garantir cumprimento de leis

A presidente da Petrobras, Graça Foster, anunciou nesta segunda-feira (17) que a estatal vai criar uma diretoria de governança após as denúncias de corrupção na estatal. A executiva disse ter proposto a criação do novo órgão na sexta (14), ao Conselho de Administração da companhia, e que obteve dele “a autorização para aprofundamento e preparação de proposta para criação – na diretoria do colegiado na Petrobras – dessa diretoria de compliance”.
“Foi apoio unânime que nós recebemos do comitê de administração da Petrobras. Temos capacidade de governar, de governança da companhia”, disse Graça durante a divulgação de dados operacionais do terceiro trimestre de 2014, em conferência com analistas e investidores.
Ela não informou, no entanto, quem estará a frente da nova diretoria, que visa o “cumprimento de leis e regulamentos internos e externos”. Mas explicou que a nova diretoria é “um passo além” da gerência executiva de auditoria.