quarta-feira, 24 de julho de 2019

Ligar supostos hackers presos à Vaza Jato contraria até o que disse Moro

A Polícia Federal prendeu nesta terça quatro pessoas acusadas de hackear os respectivos telefones de Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e outras autoridades. 
Em São Paulo, foram presos Gustavo Santos e sua mulher, Suellen Priscila de Oliveira; em Araraquara, Walter Delgatti Neto, que já responde a processos por estelionato. A quarta detenção foi feita em Ribeirão Preto. Todos foram alvos da Operação Spoofing, que incluiu ainda sete mandados de busca e apreensão. Todos já foram transferidos para Brasília. 
Setores da imprensa andam forçando a mão, associando a ação desses supostos hackers aos diálogos que têm vindo a público entre o então juiz Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, e deste com seus pares no Ministério Público. Será mesmo? A equação não fecha. E cumpre que todos fiquemos atentos porque há muita gente empenhada em arranjar culpados a todo custo.
Ariovaldo Moreira, advogado do casal preso em São Paulo, pediu à PF o adiamento do depoimento da dupla até que ele chegue a Brasília. Em entrevista ao Estadão, acusou a polícia de estar criando dificuldades para o exercício da defesa.