Patinando nas pesquisas de intenções de votos, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou nesta sexta-feira (19), em entrevista à rádio 98 FM, que não vai abrir mão voluntariamente de ser candidato à reeleição em 2022 para disputar outros cargos.
A declaração vem no momento em que o partido dele – o PT – discute opções para a eleição do próximo ano, como o hoje deputado federal Rafael Motta (PSB), o ex-governador Garibaldi Alves Filho (MDB) e o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).
Em uma espécie de “tudo ou nada”, o senador afirmou que seu nome não está à disposição do PT para outra disputa que não a do Senado no próximo ano, sugerindo que não vai concorrer a deputado estadual ou federal, como vem sendo sugerido por setores do partido.
“Estou colocado dentro do partido como candidato para renovar o mandato no Senado. Não me disponibilizei para outras coisas. É uma decisão pessoal. Não é tudo ou nada. É uma questão estratégica. Se você se coloca para governador, senador, deputado, fica esperando resultado (de pesquisa), é um processo muito cômodo. Eu estou disponível para renovar o meu mandato, o mandato do partido, no Senado Federal”, destacou Jean.
O senador admitiu que o PT discute alternativas ao seu nome e afirmou que este processo é natural, mas declarou que considera ter chances de crescer e ser competitivo na disputa do próximo ano.
“As pessoas têm seu juízo e dizem ‘ah, a gente não consegue chegar se não tiver um nome tradicional, já conhecido’. Mas a política se renova dessa forma. Muita gente não era conhecida, não é conhecido, mas começa a se fazer conhecida e depois tem o período da campanha. Na campanha você se mostra eleitoralmente”, argumentou Jean Paul.
Campanha de 2020
Perguntado sobre o desempenho eleitoral em 2020, quando foi candidato a prefeito de Natal e ficou em 2º lugar (com 14,38% dos votos), mas sem ir ao segundo turno, Jean Paul declarou que não considera que foi um fracasso.
Ele ressaltou que, mesmo sendo desconhecido pela maior parte da população e numa eleição atípica, marcada pela pandemia, foi o terceiro político mais votado do Estado – ficando atrás apenas dos prefeitos vitoriosos Álvaro Dias (Natal) e Allyson Bezerra (Mossoró). Ele ficou à frente, também, de três deputados estaduais que disputaram a Prefeitura do Natal (Kelps Lima, do Solidariedade; Hermano Morais, do PSB, e Coronel Azevedo, do PSC).
“Foram três deputados estaduais cheios de votos. Todo mundo que chamava de ‘Jean Paul sem voto’. Três eram deputados estaduais, três eram bolsonaristas de carteirinha no auge do bolsonarismo. Ganhei de todos eles. Não cheguei no prefeito porque ele estava dando ivermectina no ginásio”, finalizou.
98FM