Em seu primeiro evento político após ser reconduzido para mais dois anos no comando da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou uma aliança preferencial com os tucanos e disse que PSDB e DEM vão “liderar” e “garantir” as reformas que Michel Temer pretende aprovar no Congresso.
O deputado foi ao gabinete do presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves, na manhã desta sexta-feira (3), em encontro que contou com a presença do mais novo articulador político de Temer, o também tucano Antonio Imbassahy.
“Não podia deixar de gerar na minha primeira visita o mesmo simbolismo que quis dar na outra vitória [em julho], o de que o o PSDB é meu aliado histórico e que o Aécio é um amigo que construí ao longo desses últimos anos na política brasileira. Juntos, PSDB e DEM vão garantir e vão liderar a votação das reformas, o processo de reformas e o equilíbrio do Estado brasileiro”, afirmou Maia.
Temer tem como prioridade legislativa em 2017 a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista.
O gesto político de Maia joga luz mais uma vez sobre a derrota do chamado “centrão”, união de partidos médios da base de Temer que tentou conquistar o comando da Câmara. Formado por integrantes do PP, PR, PTB, PSD e PRB, entre outros, o grupo tende a se diluir, mas alguns prometem dar o troco ao governo em votações importantes.
Além do centrão, PSDB e DEM, fazem parte da base de Temer o próprio partido do presidente, o PMDB, que tem a maior bancada na Câmara, mas que não foi citado por Maia no rol de líderes do processo de reforma.
O Palácio do Planalto minimiza a ameaça de rebelião de aliados e diz que em poucos dias todas as arestas resultantes da eleição desta quinta estarão aparadas.
Na eleição, Maia obteve 293 votos contra 105 de Jovair Arantes (PTB-GO), o candidato do “centrão”.
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