quinta-feira, 22 de maio de 2025

Câmara de Natal é palco de machismo e transfobia: "Vereadoras denunciam violência política de gênero"


A Câmara Municipal de Natal tem sido palco de episódios que evidenciam comportamentos misóginos e transfóbicos por parte de alguns parlamentares, gerando indignação e debates sobre respeito e igualdade no ambiente legislativo.

Durante uma sessão ordinária em fevereiro de 2025, a vereadora Brisa Bracchi (PT), líder da oposição, foi chamada de "vereadora Franjinha" pelo vereador Matheus Faustino (União). O apelido, considerado pejorativo, foi proferido durante discussões sobre a formação das comissões temáticas da Casa. Brisa reagiu prontamente, exigindo ser tratada com o devido respeito e formalidade, solicitando que fosse chamada por "vossa excelência", "vereadora" ou "vereadora Brisa".

Em outro episódio polêmico, a vereadora Samanda Alves (PT) sofreu ataque por parte do vereador Irapuã Nóbrega (Republicanos), que tentou humilhar publicamente a parlamentar ao dizer: “É o famoso puxão de orelha, fique no cantinho da parede no castigo”. O comentário foi interpretado como uma tentativa de silenciar e infantilizar a vereadora, gerando críticas sobre a postura do vereador e levantando questões sobre o tratamento dispensado às mulheres na política.

Já a vereadora Thabatta Pimenta (PSOL), primeira mulher trans eleita para a Câmara Municipal de Natal, tem enfrentado diversos episódios de transfobia. Durante a votação do título de Cidadão Natalense para Jair Bolsonaro (PL), apoiadores do ex-presidente proferiram diversas ofensas à vereadora, dentre elas "mulher do Paraguai", das galerias da Câmara.

Thabatta, ao registrar boletim de ocorrência, relatou: “A delegada me perguntou o que a Câmara fez para me proteger. Eu disse: nada. Era para ter havido voz de prisão no ato”. Ela completou: “Eu temo pelas mulheres desta Casa. O que aconteceu diz muito sobre como esta Casa precisa defender as mulheres que estão aqui”.

A Câmara Municipal de Natal, diante desses acontecimentos, enfrenta o desafio de implementar políticas e ações que garantam o respeito à diversidade e à igualdade de gênero, promovendo um ambiente democrático e acolhedor para todos os parlamentares. No entanto, até o momento, tais medidas não foram efetivamente adotadas.

Blog do Silvério Filho



O estilo "Fátima 70" que incomoda mais pela aparência que pela competência e honestidade


Correndo pelas estradas que reconstrói, após gestões que quase eternizaram a buraqueira nas vias que cruzam o Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra chegou aos 70 anos com a garra e a disposição de quem tem pique para continuar.

Fátima parece ter pressa.

Ela corre na praça perto de casa em Ponta Negra, corre nas estradas ao inaugurar o que a população esperava há anos, corre para mostrar que os Institutos Federais que viabilizou desde quando era deputada federal, serviram de modelo para os Institutos Estaduais que consegue construir como governadora.

Fátima tem pressa para fortalecer o crescimento do estado, quando vira a chave do ProAdi para ProEdi, não mudando apenas uma letra no programa que garante arrecadação e emprego. Com a transformação, as 110 empresas que utilizavam o antigo programa se multiplicaram para mais de 300, garantindo mais de 55 mil empregos.

Fátima corre com pressa para fazer do RN, não um estado livre de violência, que ela sabe que é quase impossível. Mas para colocar o estado que governo no topo da lista dos menos violentos. E tem conseguido.

A governadora Fátima Bezerra chega aos 70 correndo para mostrar as tantas UTIs em hospitais do interior, que deixou como legado na pandemia, quando tentavam que ela caísse na pegadinha de fazer um hospital de campanha em Natal, quando em Natal uma prefeitura cheia de dinheiro já construía.

Além de números de gestão, Fátima Bezerra chega aos 70 sem histórico de falcatruas. É a gestora estadual que não respondeu a processos, não recebeu a visita da Polícia Federal em casa, não foi presa, não teve familiar preso...e sequer nomeou familiar como auxiliar de seus dois governos.

Fátima, que enfrenta uma luta diária contra quem apoiou tudo o que ela nunca foi, não baixa a cabeça e segue em 2025 olhando para 2026, quando vai mais uma vez disputar uma vaga no Senado, apresentando um modelo de campanha, repito - como ela gosta de dizer - sem falcatrua, sem Polícia Federal em casa, sem cadeia, sem filhos, irmãos, sobrinhos...ocupando seu governo.

Fátima chega aos 70 da mesma forma como chegou aos 50, aos 60...morando na mesma casa, vestindo as mesmas roupas, usando o mesmo corte de cabelo. Revelando que o poder que encanta tanto, que muda casa, carro e roupas de tantos políticos, não transformou sua vida.

A 'planilha' de Fátima incomoda. E incomodado é exatamente quem há 10, 20 anos passados, era uma pessoa, e de lá para cá não mudou apenas de partido ou de emprego.

FONTE: thaisagalvao.com.br



Francisco cobra gesto de Zenaide com PT: “Aliança precisa de reciprocidade”


A possibilidade de uma dobradinha para o Senado entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e a senadora Zenaide Maia (PSD) ainda está em aberto, mas, para o deputado estadual Francisco do PT, líder do governo na Assembleia Legislativa, há um componente essencial para que ela se concretize: reciprocidade política.

Francisco afirmou que tem uma boa relação pessoal com Zenaide, reconhece sua atuação alinhada ao campo progressista e ao governo Lula, mas ponderou que alianças não se constroem apenas de um lado.

Ele afirmou que, até agora, não houve nenhum gesto de aproximação política da senadora ou do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), com o PT.

A possibilidade de uma dobradinha para o Senado entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e a senadora Zenaide Maia (PSD) ainda está em aberto, mas, para o deputado estadual Francisco do PT, líder do governo na Assembleia Legislativa, há um componente essencial para que ela se concretize: reciprocidade política.

“A senadora Zenaide é um grande quadro, mas a aliança só se sustenta se for construída coletivamente. E, nesse momento, há uma dificuldade real de diálogo político entre o prefeito de Mossoró e o nosso partido”, disse, em entrevista à rádio Cidade nesta terça-feira 20.

Francisco reforçou que, se Zenaide decidir integrar à chapa com Fátima, haverá entusiasmo dentro do PT, mas alertou que o processo exige gestos políticos mútuos. “Alianças não se decretam. Elas se constroem”, concluiu o deputado estadual.

Segundo o deputado, a governadora deve mesmo se lançar candidata ao Senado em 2026, por solicitação direta do presidente Lula e com apoio interno consolidado. Fátima já ocupou o Senado, mas abriu mão do mandato para disputar o Governo do Estado em 2018.

Francisco relembrou os salários atrasados, as dívidas com fornecedores, o sistema penitenciário em crise e a segurança pública paralisada. Ele afirmou que a governadora já demonstrou coragem em diversas ocasiões e que, ao se preparar para disputar novamente o Senado, mantém o mesmo espírito de enfrentamento.

Com a saída prevista de Fátima em abril de 2026, o vice-governador Walter Alves (MDB) assumirá o governo. Segundo Francisco, tanto Walter quanto o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), informaram a interlocutores do governo que não pretendem disputar o cargo. Isso abriu caminho para que o nome do atual secretário de Fazenda, Cadu Xavier, ganhasse força como pré-candidato da base governista.

Francisco disse que o nome de Cadu não é uma imposição e que sua aceitação dentro do PT e entre os movimentos sociais tem crescido de forma natural.



PF apreende R$ 60 mil em minério extraído ilegalmente na Região Seridó do RN


A Polícia Federal no Rio Grande do Norte apreendeu nesta quinta-feira (22) cerca de R$ 60 mil em minério extraído ilegalmente na cidade de Parelhas, Região Seridó do estado. A ação aconteceu durante a Operação Horizonte que cumpriu dois mandados de busca e apreensão na cidade com a participação de 8 policiais federais.

A investigação identificou a extração e comercialização ilegal de minério do tipo quartzito em áreas próximas à Parelhas (RN). O material era extraído de forma irregular e, posteriormente, revendido a empresas privadas, sendo inclusive utilizado em obras públicas.

Os investigados responderão pelos crimes extração e exploração mineral ilegal, cujas penas podem chegar a até seis anos de reclusão.

O nome da operação remete a Serra do Horizonte, que abrange a área investigada, e traz a ideia da necessidade de mudança de perspectiva da forma de realização da atividade no horizonte.