quarta-feira, 26 de março de 2014

POLÍTICA: "Henrique usa influência sobre partidos para conseguir apoio eleitoral"

Ser presidente da Câmara Federal, em Brasília, não significa influência, apenas, na hora de conseguir obras e projetos para o Rio Grande do Norte (apesar de muitos deles não ter saído do papel ainda). Significa também força política, inclusive sobre outros partidos. E uma prova disso é Henrique Eduardo Alves, do PMDB. Presidente hoje da Câmara, o parlamentar conseguiu espaço em vários partidos para acomodar aliados. Agora, usa essa influência para conseguir apoios nas eleições de 2014.
Uma prova disso foi dada na última sexta-feira, durante o evento realizado pelo PRB no RN. Abraão Lincoln, que tem uma longa ligação com Henrique, assumiu a presidência do partido e, agora, anunciou o apoio ao PMDB, que lançará o próprio Henrique para o governo. “Ao assumir o PRB no RN Abraão já me contava da sua lealdade a Garibaldi e Henrique. Isso já era esperado. Abraão tem toda a autonomia para decidir o melhor para o RN e para o PRB. E saiba, Abraão, que o que eu puder fazer para que essa aliança com o PMDB resulte vitoriosa e sua eleição para deputado federal também, você saiba que conta comigo”, declarou o presidente nacional do partido, Marcos Pereira.
O próximo a anunciar o apoio deverá ser o PC do B, presidido no Rio Grande do Norte por Antenor Roberto, mas que tem na figura do deputado estadual Fábio Dantas, outro homem ligado a Henrique, a grande liderança estadual. Quando deixou o PHS no ano passado, inclusive, o parlamentar estadual conseguiu uma vaga no PC do B, justamente, por intermédio do presidente da Câmara Federal, segundo se comenta nos bastidores.
O que não é comentado nos bastidores e sim abertamente, inclusive, na imprensa, é a “dívida” que o PROS tem com Henrique. Em 2013, o vereador de Natal, Rafael Motta, presidia o PP e tinha criado as condições necessárias para receber no partido o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, e outros deputados como Vivaldo Costa, Gilson Moura e Raimundo Fernandes. Os planos foram interrompidos quando o deputado federal Betinho Rosado tomou o partido deles.
Em menos de uma semana e graças a Henrique, a família Motta conseguiu outro partido para presidir e manter seus planos, o PROS, sigla recém criada. “A alternativa do PROS deverá mesmo ser a de votar no candidato apresentado pelo PMDB, até como forma de retribuição ao deputado Henrique Eduardo, presidente estadual da legenda, que tem sido correto com o nosso líder, Ricardo Motta”, completa o vereador Chagas Catarino, que também se filiou ao PROS.
Outra nova sigla, o partido da Solidariedade, presidido no RN pelo deputado estadual Kelps Lima, deverá ser mais um da lista de apoiados por meio do trabalho de Henrique em Brasília. O parlamentar, que assim como os Motta, buscava uma nova sigla, conseguiu vaga no SDD também por influencia do presidente da Câmara Federal. Tanto é assim que Henrique foi o único “governadorável” no evento do partido neste mês.
Jornal de Hoje

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