sexta-feira, 16 de novembro de 2018

PERGUNTAR NÃO OFENDE: "Caso Rogério Marinho vá fazer parte do governo Bolsonaro, pedirá desculpas a Moro pelos inquéritos envolvendo seu nome?"

A confirmar-se o que a Revista Crusoé noticiou esta semana de que o presidente eleito, o ultra-direitista Jair Bolsonaro (PSL), pretende contemplar o “verdugo” da reforma trabalhista, deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), que recebeu a desaprovação das urnas, com algum cargo em seu governo, e com o recuo de manter a pasta do Trabalho com o status de Ministério e, portanto, podendo o tucano ser contemplado como ministro, fica a pergunta: Será que Rogério Marinho vai pedir desculpas ao futuro ministro da justiça, juiz Sérgio Moro, para abrandar os inquéritos envolvendo o seu nome em corrupção, assim como fez o futuro ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni, envolvido em denúncias de caixa 2?
Sim, pra quem desconhece, Rogério Marinho responde a 7 inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal), dos quais, apenas um desceu, até o momento, para a primeira instância em Natal, lembrando que no próximo ano o tucano perde o foro privilegiado já que foi aposentado pelos eleitores nas urnas nas eleições deste ano.
A denúncia do Ministério Público Federal que deu origem ao inquérito no STF é referente à suposta contratação, por Rogério Marinho, de funcionários fantasmas via Câmara Municipal nas gestões em que foi presidente da Casa e na posterior, presidida pelo vereador Dickson Nasser. Alguns desses servidores, segundo depoimentos dos próprios “fantasmas”, trabalhavam em empresas privadas do parlamentar.
Os demais inquéritos que correm contra Rogério Marinho também podem descer, mas vai depender da decisão de cada ministro relator. Alguns magistrados já declararam que vão manter no STF processos mais adiantados, em fase de conclusão. (clique aqui para ver quais inquéritos Rogério Marinho responde no STF)
O inquérito 4484 sobre a contratação de funcionários fantasmas por Rogério Marinho foi protocolado no STF em 27 de abril de 2017.
lembrando que Rogério Marinho é investigado também por lavagem de dinheiro na campanha para prefeito de Natal nas eleições de 2012 conforme relata reportagem do G1 RN de março deste ano. Veja matéria clicando aqui.
Mas como o presidente eleito Jair Bolsonaro pensa em contar em sua equipe de auxiliares com pessoas envolvidas em corrupção, caso de Onyx Lorenzoni – veja aqui – , do também deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), cotado para ministro da Saúde – veja aqui – e do próprio superministro da Economia Paulo Guedes – clique aqui – , não será surpresa se Rogério Marinho for indicado ministro do Trabalho.
Já o futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, o juiz federal Sérgio Moro, afirmou em entrevista exclusiva ao Fantástico no último domingo (11) que, na avaliação dele, ministros do governo Jair Bolsonaro eventualmente acusados de corrupção devem ser afastados “se a denúncia for consistente”.
Blog do Barbosa

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