sábado, 16 de outubro de 2010

Pesquisa Datafolha aponta Dilma Rousseff com oito pontos de vantagem sobre José Serra




A segunda pesquisa Datafolha no segundo turno da eleição presidencial apresenta um cenário de estabilidade.

Dilma Rousseff (PT) tem 54% dos votos válidos (excluem brancos, nulos e indecisos), contra 46% de seu oponente, José Serra (PSDB).

Os dados são exatamente os mesmos registrados em levantamento realizado na semana passada. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A taxa de indecisos, porém, oscilou para cima e agora está em 8% (era 7% na pesquisa anterior). Os que pretendem anular o voto ou votar em branco, 4%, eram em número idêntico na semana anterior.

Em votos totais, a petista registrou uma leve oscilação para baixo, passando de 48% para 47%, enquanto o tucano se manteve com 41%.

Para o Datafolha, essa oscilação se explica por uma queda de 3 pontos percentuais entre o eleitorado de menor escolaridade, que representa 47% do total de eleitores no Brasil.

RELIGIÃO

Os temas religiosos que dominaram esta etapa da campanha, como aborto e casamento homossexual, parecem não ter influenciado o eleitorado.

Entre os católicos, por exemplo, que são maioria na população brasileira, a ex-ministra tem 51% contra 38% do ex-governador de São Paulo, números semelhantes aos registrados na semana passada (o tucano oscilou um ponto para cima).

No grupo de evangélicos não pentecostais a candidata petista cai quatro pontos, enquanto Serra oscila positivamente dois pontos. Essa faixa representa 6% do eleitorado.

Curiosamente, a maior movimentação ocorre justamente no grupo dos que se declaram sem religião, em que Dilma caiu cinco pontos percentuais, e Serra cresceu cinco (a petista ainda vence por 45% a 40%). O grupo também representa 6% do eleitorado.

MARINA

O apoio de Marina Silva poderia influenciar no voto de 25% dos entrevistados, segundo o Datafolha.

Entre os que votaram na candidata verde no primeiro turno, 51% dizem optar por Serra agora, contra 23% que declaram o voto em Dilma (oscilação positiva de um ponto com relação à pesquisa anterior - o tucano manteve o patamar).

Pretendem votar em branco ou anular o voto 11%, enquanto 15% dos eleitores de Marina estão indecisos.

REJEIÇÃO

Cresceu o número de eleitores que dizem não votar no candidato tucano -sua rejeição passou de 63% para 66%.

No caso de Dilma, a rejeição oscilou um ponto para baixo, caindo de 68% para 67%.

A pesquisa foi feita nos dias 14 e 15 de outubro com 3.281 eleitores de 202 municípios brasileiros e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Os contratantes do levantamento, registrado no TSE sob o número 35.746, são a Folha e a Rede Globo.

Fonte: Folha Online

Um comentário:

Zy Macedo disse...

É interessante nos perguntarmos: pra quem os presidenciáveis vão governar? . Pois bem, tanto a imprensa como parte significativa dos cidadãos se recusam a tratar de assuntos que são de interesse de parte especifica, mas expressiva da população, como os que estão sendo explorados de maneira estiguimatizada pela parte podre e ditadora da imprensa brasileira a fim de prejudicar uma das candidaturas nesse segundo turno do processo eleitoral, mas que infelizmente parte de população vê com credibilidade. É importante ressaltar que governar é representar cada cidadão, mas são ignorados assuntos de interesse das minorias, como; a questão da descriminalização do aborto, o casamento entre pessoas do mesmo “sexo”, a descriminalização do uso da maconha, ou apenas o fato de se dizer ateu, que em nada tem haver com a opinião da maioria, o que se deve fugir de plebiscitos ou de movimentos que exponha uma minoria as garras azedas e moralistas da maioria. Essas questões simplismente são tratadas como tabu devido ás proporções estrondosas que o discurso da moral religiosa toma em um país com uma maioria católica. Mais feroz, é como essas informações chegam a cada um de nós, pois notadamente o governador Serra e seus empreiteiros do marketing abusam da “ignorância” de parte significativa dos eleitores brasileiros, sejam eles garis, professores, magistrados, doutores, varões de batina, ou PHD’s de porta de botequim, e vomitam em seus discursos elitistas, a rejeição a tudo que retire o "brilho hipócrita" das defesas irresponsáveis da igreja católica em especial. Aquele que governa para maioria católica deve governar para o judeu ou o ateu, dando um fim a estupidez de considerar correto obrigar nossos olhos “não cristãos” a aceitarmos passivamente esculturas que simbolizam o verdadeiro desrespeito a outras crenças ou descrença, que está para além de um simples símbolo, está nas relações inconscientemente articulada como correta. Esse Estado não deve adotar uma crença como oficial, ou impedir a expressão de manifestações, mas respeitar a liberdade religiosa, não confundi-la com prestigio de uns por ser maioria e o desfavorecimento de outros por ser minoria, afinal vivemos em um país laico, ou o que deveria ser. O que governar para a sexualidade posta como "normal", deve governar para as discidentes, ou aquele que governa para os de “mente brilhante”, aqueles que agridem a cultura com seus torpedos desastrosos de musicalidade, ou o inteligente que é treinado pra servir ao sistema como um reprodutor, que governe para aqueles que defendem de maneira organizada, portanto, consciente o movimento a favor da descriminalização de uma "droga" que comprovadamente causa menos mal que drogas consideradas legais e que, assim sendo não desobedecem às regras solúveis do sistema. Em um caso especial, a questão do aborto, que é tratada de maneira forçada e que induz parte de nós a acreditarmos em algo que além de desrespeitar a individualidade ou o direito da mulher, e obriga-la a colaborar como fantoches de uma oração machista, moralista e agressiva, violentam o verdadeiro sentido de democracia, o qual nós evidentemente damos rasteiras repetitivas. Contudo, para fortalecer nossas incansáveis tentativas de exercer nossos direitos de maneira consciente, é necessária a organização em suas diversas esferas, e afogar o praticismo como forma de resolução urgente para amansar os cidadãos ou para reforçar ilusão de políticas públicas que enaltecem partes privadas, com a vaga idéia de consolidação da extinção da pobreza, para que então possamos respeitar verdadeiramente as diferenças étnicas, culturais,religiosas, político e sociais. É preciso conscientizar e não ignorar.