O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), potencial candidato a presidente nas eleições de 2018, ganhou as páginas da revista britânica The Economist que chega às bancas e aos assinantes neste fim de semana. Para a publicação, no entanto, ele não é um “Messias”, como sugere o segundo sobrenome dele, mas, sim, um “menino muito travesso”. “Pode um demagogo como Jair Bolsonaro se tornar o próximo presidente?”, questiona o semanário, que traz uma foto do parlamentar com um grande sorriso.
A área de chegadas do Aeroporto Internacional de Belém (PA) foi escolhida pela reportagem para dar o clima de emoção de centenas de apoiadores, que aguardavam Bolsonaro monitorados por policiais. Alguns carregavam bandeiras com o slogan já escolhido para a campanha: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
Outros usavam camisetas do filme ‘O Poderoso Chefão’, com o rosto dele no lugar do de Marlon Brando. “Quando o candidato, finalmente, emerge pelas portas deslizantes, a multidão avança, esforçando-se para vê-lo. Enquanto os guarda-costas o escoram, a multidão persegue Bolsonaro como se ele fosse um herói de volta à casa”, ilustra.
A visita a Belém é um ato precoce na campanha de Bolsonaro para conquistar as eleições presidenciais em outubro de 2018, de acordo com a The Economist. Assim a revista o descreve: um nacionalista religioso, ex-capitão do Exército, anti-homossexual, favorável às armas e apologista de ditadores que torturaram e mataram brasileiros entre 1964 e 1985. As informações são de Célia Froufe, correspondente na Inglaterra, O Estado de S.Paulo.