terça-feira, 22 de setembro de 2015

DOIS DISCURSOS: "Contrário à CPMF, Aécio Neves apoiou o imposto em 1999 E 2007"

Congresso em Foco – Desde que as novas medidas de ajuste fiscal foram anunciadas, na semana passada, a criação da CPMF centraliza os discursos parlamentares. O Truco no Congresso checou o discurso do senador Aécio Neves (PSDB-MG) sobre o assunto e considerou que o parlamentar está “em crise”. Atualmente crítico à restauração do imposto, o senador chamou a contribuição de ‘inaceitável’. No entanto, em 1999, durante governo do Fernando Henrique Cardoso, o parlamentar foi um dos principais articuladores para a aprovação do imposto. Além disso, em 2007, quando ele era governador de Minas Gerais, ele foi contra a derrubada da arrecadação. Veja essa e outras checagens das declarações dos parlamentares logo abaixo.
 “Não é aceitável (…) a volta da CPMF, o famoso imposto sobre transações financeiras que a sociedade já tinha se mostrado contra na sua última tentativa de renovação, em 2007.” – Aécio Neves (PSDB-MG), senador, em nota divulgada no site do PSDB na segunda-feira (14)
Em 1999, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pensava de maneira diferente. O parlamentar era favorável à CPMF e foi inclusive um dos principais articuladores da sua aprovação, como proposta de emenda à Constituição, pelo Congresso. Em 2007, quando a CPMF foi derrubada, ele também queria que o imposto tivesse sido prorrogado.
Em reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no dia 19 de março de 1999, Aécio, então líder do PSDB da Câmara, comemorou a aprovação do imposto e queria que a cobrança começasse rapidamente. “Se não há impedimento legal, não vejo porque completar os 90 dias e não começar a cobrar a CPMF, que é fundamental para o ajuste fiscal”, disse o parlamentar.Nove dias antes, quando passou em primeiro turno na Câmara, Aécio também comemorou a vitória, segundo reportagem do jornal O Globo de 10 de março de 1999. “Cumprimos a nossa missão”, afirmou. Na época, o governo enfrentava uma crise econômica e tinha acertado um pacote de ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma das condições para isso era aumentar esse e outros impostos.

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