quinta-feira, 9 de julho de 2015

SENADO: "Renan vira réu em ação de improbidade administrativa"

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), virou réu no processo, em tramitação na Justiça Federal em Brasília, em que é acusado de ter beneficiado a empreiteira Mendes Júnior por meio de emendas parlamentares. Autor da ação, o Ministério Público Federal (MPF) apura se a Mendes Junior, uma das empresas investigadas na Operação Lava Jato, pagou por despesas de um “relacionamento extraconjugal” do peemedebista durante sua primeira gestão como presidente da Casa, com a jornalista Mônica Veloso.
A ação de improbidade administrativa foi aberta em abril do ano passado. Para justificar a abertura da ação penal, em curso na 14ª Vara Federal do Distrito Federal, procuradores acusam o senador de ter uma evolução patrimonial incompatível com o cargo que ocupa no Congresso, o que configuraria enriquecimento ilícito. A acusação afirma ainda que o presidente do Senado pode ter forjado documentos para comprovar a posse de recursos e, com isso, quitar gastos pessoais.
Em junho deste ano, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho recebeu a denúncia do MPF. O processo corre em segredo de justiça. A defesa do peemedebista deve recorrer da decisão. Caso seja condenado, Renan pode perder o cargo de senador e ter direitos políticos cassados com base na Lei da Ficha Limpa, além de pagar multa pelo dano causado. Segundo sua assessoria, por enquanto ele não comentará o assunto.
A acusação de improbidade administrativa fez com que o senador renunciasse à presidência da Casa, em 2007, para evitar a cassação do mandato. Na época, a revistaVeja afirmou que ele teve suas despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Junior.

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