terça-feira, 20 de março de 2018

NATAL: "Fábio Faria não poupa críticas a Carlos Eduardo Alves"

O deputado federal Fábio Faria, do PSD, afirmou nesta segunda-feira, 19, que espera e defende a candidatura do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, do PDT, ao Governo do Estado neste ano. E o motivo dessa defesa é para que o prefeito explique o que fez nesses 10 anos em que esteve na chefia do Executivo e o porquê de estar deixando o cargo para alguém que não foi eleito pelo povo e que não tem identificação política com Natal.
“Acho importante, muito importante, que o prefeito de Natal renuncie para ser candidato, para que a gente possa saber quais foram as realizações dele nesses 10 anos como prefeito. Saber, porque se ele tinha interesse em ser candidato, ele não avisou e prometeu, como ele prometeu, cumprir o mandato até o final”, defendeu Fábio Faria em entrevista a jornalista Anna Ruth Dantas, da 94fm, acrescentando, em seguida, um novo questionamento ao prefeito, desta vez, sobre a escolha do vice-prefeito Álvaro Dias, que assumirá o cargo numa eventual renúncia.
“E se ele (Carlos Eduardo) tinha interesse de sair, porque ele escolheu um vice de Caicó. Porque se ele foi eleito prefeito de Natal e tinha na mente dele a possibilidade de renunciar após um ano, e deixar em Natal, um prefeito, 3 anos sem ter sido eleito pelo povo. No mínimo, era para escolher um prefeito que tivesse sido vereador de Natal, ou que tivesse uma grande experiência na gestão na cidade. Não desmerecendo o ex-deputado Álvaro Dias, mas ele não tem identificação com Natal”, acrescentou Fábio Faria.
Com relação ao julgamento das contas do governador Robinson Faria no TCE, que resultou na formulação de um parecer pela reprovação delas no final do ano passado (caso ainda será votado na Assembleia, que dará a palavra final sobre o assunto), Fábio Faria afirmou: “Nunca teve até hoje no RN um governador com uma conta rejeitada. Não entendi muito movimento no final do ano, até porque as contas do prefeito Carlos Eduardo 2014, 2015, 2016 não foram votadas. Votaram a aprovação de contas do governo 2017 (2016, na verdade), e o prefeito da capital desde 2014 que não votam. É obvio que isso é um movimento hoje, existe um movimento político…”
Em seguida, interrompido para um questionamento se o “movimento político” era dentro do Tribunal de Contas do Estado, Fabio afirmou: “não estou falando no TCE, porque confio plenamente no Tribunal, como eu confio na Assembleia Legislativa. O governador não está preocupado com essa votação, porque ele tem uma equipe muito técnica que cuida dessa gestão da lei de responsabilidade fiscal”.
Fabio Faria também afirmou que parte da rejeição atribuída hoje ao governador é consequência da “mídia negativa”, comandada pelo grupo político que já está há muito tempo governando o Estado. “Se você olhar a história recente, em 2014, a governadora Rosalba estava isolada desse grupo no ano eleitoral, esse grupo todo se aliou a Henrique Alves, que governou o RN nos últimos 30 anos, e não deram sequer a legenda a ela para ela poder concorrer”, avaliou Fábio, acrescentando que a possibilidade de renúncia de Robinson Faria, veiculada no início deste ano, teria sido obra do tal grupo: “esse mesmo grupo tentou que acontecesse WO em 2018. Não quero nominar ninguém, mas isso fica muito transparente com o tempo”.
Com relação ao vice-governador Fabio Dantas, a quem ainda considera um “amigo”, Fabio Faria afirmou que espera para ver como vai ser o discurso dele durante a campanha, uma vez que ele passou esses três anos de gestão ao lado do governador Robinson Faria, sugerindo, inclusive, parte dos projetos que foram encaminhados para a Assembleia Legislativa no pacote fiscal “RN Urgente”.
“Não sei como ele vai se portar para o povo. Um rompimento num ano eleitoral, então… um pouco mais difícil de explicar. Até porque com o deputado Ricardo Motta, que ele foi para o partido dele, o PSB, Fábio Dantas tinha uma certa divergência. Tanto que apoiou fortemente Ezequiel Ferreira contra Ricardo Motta 4 anos atrás (na disputa pela presidência da Assembleia, quando Ezequiel venceu), por questões de quando ele foi candidato ao TCE, ele culpava Ricardo por não o ter ajudado”, afirmou.
Rede News


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