A presidente do PSB no Rio Grande do Norte, vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, afirmou na manhã desta terça-feira que o PMDB “contribuiu” para a vitória do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) em 2012 e, portanto, faz jus a participar da gestão municipal. Nesta semana, o PMDB chancelou a indicação do empresário Fred Queiroz para a Secretaria de Turismo.
“Com relação à abertura de espaços para o PMDB na prefeitura, vejo como um processo natural e corriqueiro, vez que as legendas que contribuem para uma vitória numa eleição também pleiteiam espaços na administração em busca de contribuir com a gestão”, disse a vice-prefeita de Natal.
O problema é que a declaração da vice-prefeita carece de coerência e de relação com os fatos. O PMDB não apoiou a eleição de Carlos Eduardo. Pelo contrário, foi o partido que quase o derrotou, ao lançar Hermano Morais (PMDB), que chegou a ir para o segundo turno com o prefeito.
Através da assessoria, o Jornal de Hoje quis saber de Wilma a respeito da coerência da sua declaração, tendo recebido como resposta de Wilma: “Com relação à abertura de espaços para o PMDB na prefeitura, vejo como um processo natural”, disse, preferindo não se antecipar em relação à discussão quanto à possibilidade de o partido dos primos Henrique Eduardo Alves e Garibaldi Filho pleitearem a vaga de vice na reeleição de Carlos Eduardo, em 2016.
Ex-governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria aceitou ser vice de Carlos Eduardo na eleição de 2012. Em 2014, disputou e perdeu a eleição para o Senado. Para 2016, a socialista pleitearia permanecer como vice na chapa governista. Em paralelo, corre a tese de que Wilma poderá disputar uma vaga na Câmara de Vereadores, onde aproveitaria o recall da disputa do Senado, fazendo esteira para a eleição de uma boa bancada de vereadores.
Entretanto, a socialista nega a pretensão de disputar um mandato de vereador e autorizaria interlocutores a difundir a tese de candidatura à reeleição de vice, já que, para 2018, contando com hipotética reeleição de Carlos Eduardo, assumiria o comando do Executivo para que o titular, renunciando, concorresse ao governo do Estado.