sábado, 28 de maio de 2011

Negociações entre Governo e Sinte não avançam e professores estaduais continuam em greve



Fotos: Sinte/RN
Não hove avanço nas negociações entre Governo e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) e a greve dos professores continua.

Na reunião com o Sinte, realizada nesta sexta-feira(27), o chefe da Casa Civil, Paulo de Tarso, disse que o Governo do Estado está prevendo um aumento de arrecadação do ICMS em R$ 80 milhões. O valor deverá ser confirmado nos próximos dias, assim que for concluído o levantamento da arrecadação.

Para a coordenadora do Sinte, Fátima Cardoso, a informação só confirma a tendência de crescimento financeiro detectada nos estudos encomendados pelo Sindicato ao Dieese. 

Mesmo com o aumento na arrecadação, o Governo voltou a afirmar que não tem como atender a categoria sem que o Estado tenha a devida sustentabilidade para permitir com segurança seus compromissos. “Só apresentaremos propostas que tenham firmeza para serem cumpridas de maneira responsável”, explicou o secretário de Administração, Anselmo Carvalho.
 Os dirigentes do Sinte rebateram as informações do representante do Estado entregando um documento contendo dados do próprio Governo. 

O estudo foi elaborado pelo Dieese e mostra o crescimento da receita corrente em 12% e das receitas tributárias em 10,1%. Além disso, ouve crescimento das transferências correntes em 15,4% e ainda do Fundo de Participação dos Municípios que cresceu 32%.

Uma nova audiência entre Governo e o Sinte irá acontecer até a sexta-feira da próxima semana.

Os professores em greve farão uma nova assembléia geral na próxima terça-feira(31), na Escola Winston Churchil.

A deputada federal Fátima Bezerra, presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, participou da reunião entre o Sinte e o Governo.

Reforma política: Lula e centrais debatem Constituinte exclusiva




Reunido com centrais sindicais, o ex-presidentLula  debateu a formulação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Segundo lideranças, na saída do encontro, entre os vários temas relativos à reforma, foi debatida a possibilidade de instituir um Parlamento especial para alterar a Constituição de modo a regular o sistema eleitoral. O encontro durou mais de duas horas no Instituto da Cidadania, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.

Além da Constituinte, foi tratado no encontro o financiamento público de campanha - uma posição defendida de forma unânime por sindicalistas -, o fortalecimento dos partidos políticos, a regulamentação dos plebiscitos e a unificação dos pleitos como forma de baratear as eleições. O debate aventou a possibilidade de unificar as eleições para prefeito, governador e presidente da República a partir de 2014.

"Lula acha que deve ser feita uma eleição para fazer uma Constituinte exclusiva", disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). O representante da Força Sindical foi ainda cético em relação à viabilidade da reforma política no caso de serem mantidas as divergências. De acordo com sindicalistas, o tema da crise do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, no governo federal não foi tratado no encontro.

"Cada central apresentou sua proposta e foi colocada a importância do envolvimento da sociedade no processo de reforma política", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique da Silva Santos. "Não é uma reforma para o ano que vem, é algo para ficar para a história", disse o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto.