quinta-feira, 19 de março de 2020

Cidades registram panelaços contra Bolsonaro durante e depois de pronunciamento

Pelo segundo dia seguido, cidades brasileiras registraram panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro. Na noite desta quarta-feira (18), os protestos ocorreram durante e após pronunciamento no Palácio do Planalto sobre a pandemia do novo coronavírus. Houve também, em número bem menor, manifestações favoráveis ao presidente. 

São Paulo, Rio, Recife, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Natal, Florianópolis e Curitiba foram algumas das capitais que tiveram gritos de "fora, Bolsonaro!" a partir das 19h. 

No pronunciamento, Bolsonaro disse que gostaria de demostrar "união e harmonia". Estavam ao seu lado o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e outros ministros. Bolsonaro e as demais autoridades voltaram a usar máscaras

Em entrevista coletiva mais cedo nesta quarta, o presidente afirmou que o governo "está ganhando de goleada" e pediu que o trabalho do executivo e ele próprio sejam exaltados. Voltou ainda a defender sua participação nos atos de domingo (15), quando descumpriu a recomendação de monitoramento por coronavírus e cumprimentou apoiadores no Distrito Federal. 

Durante as declarações do presidente, bairros do Rio registraram panelaços e gritos de "fora, Bolsonaro!" – foi uma repetição dos protestos ocorridos na véspera em cidades como São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife. 

Nesta terça-feira (17), as manifestações ocorreram depois de o presidente falar, mais de uma vez, em "histeria" em relação ao novo coronavírus e de dizer que ações de governadores sobre isolamento prejudicam a economia. 

Nesta quarta, Bolsonaro classificou os primeiros panelaçoes de "manifestação da democracia". Sobre os atos de 15 de março, afirmado: "Não convoquei ninguém". A declaração foi dada dias depois de ele ter dito, em Boa vista (RR): "Então, participem". 

João Marcolino



ATORDOADO: "Bolsonaro tenta reagir no momento mais frágil do seu mandato"

A sucessão de erros táticos de Jair Bolsonaro desde que a continuada crise com os Poderes foi atropelada pela emergência do coronavírus mostra o presidente em seu momento de maior fragilidade política desde que assumiu.
Os equívocos se avolumaram à medida que se transformaram em uma só onda o embate com o Congresso e com o Supremo Tribunal Federal e a chegada da pandemia.
O teatro de máscaras encenado por Bolsonaro e equipe na tarde desta quarta (18) coroou a tardia queda da ficha, para usar uma metáfora do tempo do orelhão, do presidente em relação ao tamanho do problema.
Já o rufar de panelas capitais afora à noite mostrou que talvez a antiga maestria em influenciar narrativas, para ficar num clichê dos nossos tempos, tenha enfim se perdido ao menos num certo estrato de classe média urbana.
Vêm à mente as críticas da esquerda aos “paneleiros” que protestavam contra Dilma Rousseff (PT) antes de o impeachment da presidente tomar corpo.
O susto foi tomado por Bolsonaro na véspera, quando o anunciado movimento de quarta ganhou vida, inclassificável como uma reação apenas do que sobrou da esquerda. Até por isso talvez ele tenha admitido que se tratava de uma “expressão da democracia”.
Bolsonaro até tentou virar o jogo do dia, ao inventar ao vivo um protesto em seu favor na sequência daquele desta quarta, como se fosse mensurável a panela que ecoa às 20h30 daquela que é batida à 21h.
Ouvi-lo cobrar que a mídia anunciasse ambos os eventos como se fossem da mesma natureza pode ter funcionado para seus seguidores mais fiéis, mas soou como um certo alheamento da realidade, exagerado mesmo para os padrões usuais do mandatário máximo.
O simplismo só foi superado pela ideia de convidar os chefes da Câmara, Senado e Supremo para fumar o cachimbo da paz na hora do protesto, com forma a dividir o risco do panelaço.
Isso um dia depois de o filho presidencial Flávio, senador pelo Rio e nervo exposto do clã na seara das investigações policiais, postar no Twitter que Rodrigo Maia deveria checar se havia sido eleito presidente do país para dar palpites.
Como o momento é de crise, Dias Toffoli (STF) foi —Davi Alcolumbre (Senado) acabara de receber o diagnóstico de infecção pelo vírus. Maia estava liderando votação de medidas emergenciais, mantendo seu papel proativo sem dividir a mesa com o presidente.
Ao adiantar o encontro para as 19h, o presidente apenas ganhou uma prévia do panelaço previsto para 20h30. Este foi bastante forte, e silenciou antes da réplica bolsonarista, que logrou apoios pontuais Brasil afora, embora atraísse respostas contrárias também.
A incúria no trato da pandemia pelo presidente somou-se à aposta com ares definitivos em seu nicho mais radicalizado —o “povo” com que ele não teria problema de dividir um coronavírus ou dois, seja na frente do Planalto, no metrô paulistano ou numa barca fluminense.
Bolsonaro tornou-se o negacionista perfeito, tanto da boa ciência quanto da harmonia entre os Poderes. No segundo caso, ainda é possível entender que ele foi eleito pela rejeição ao “tudo o que está aí” e precisa manter acessa essa brasa.
Na entrevista desta quarta, Bolsonaro disse que seus apoiadores são o “exército dos democratas do Brasil”, numa frase que emula o “exército de Stédile” lembrado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando Dilma estava em apuros.
Os sem-terra de João Pedro Stédile nunca mudaram a história. Em favor de Bolsonaro, seu séquito o segue por convicção, mas a amplitude da categoria parece cada dia menor.
Já no primeiro caso, o da ciência, as panelas sugerem que a fatura já está sendo cobrada. A pandemia se desenrolou como epidemia na China durante todo janeiro, e a Europa veio a seguir, com a escalada dramática na Itália.
Para o leigo, maioria em qualquer eleitorado, houve letargia ou coisa pior, personificada na insistência com que o presidente tratava o tema como se fosse menor.
Na economia, isso foi certo: o próprio ministro Paulo Guedes admitiu candidamente em entrevista à Folha que sua equipe estava preocupada com reformas, não com doenças. Uma afirmação algo chocante para quem se apresenta como a face cosmopolita e antenada de um governo provinciano.
É possível argumentar que nenhum governo estadual fez o mesmo, mas as reações desde que a pandemia bateu às portas brasileiras foi de seriedade em relação à crise, com graus diferentes de eficácia nas medidas.
Mas não se viu nenhum governador dizendo que a culpa pela histeria mundial era da mídia, tal como fez Bolsonaro.
Essa fase está superada. O pacote de Guedes somado ao decreto da calamidade, temperado pelos teatros de Bolsonaro, recolocaram o governo numa linha mais propositiva.
A questão, como atestam as panelas, é saber se há credibilidade política residual. A intensidade do panelaço desta quarta, o maior desde o biênio 2015-2016, coloca em dúvida isso.
Isso num momento agudo. Não há como haver combate nesta etapa inicial da pandemia que não envolva todas as instâncias de poder. Isso teoricamente poderia favorecer Bolsonaro, já que no Brasil todos os ônus e bônus são direcionados à conta presidencial.
Mas o azedume da classe média, somado às pontes queimadas pelo presidente no seu fiapo de relação com o Congresso, parece mais abrir porta para outros receptores do que sair dessa tragédia.
IGOR GIELOW / FOLHA SP
Via Blog do BG




PF conclui que Aécio recebeu R$ 65 milhões em propinas entre 2008 e 2011

Em relatório conclusivo, a Polícia Federal atribui ao deputado federal Aécio Neves (PSDB) propinas de R$ 64.990.324,00 das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez, entre os anos de 2008 e 2011,  ‘ sendo parte relevante desta quantia fora do período eleitoral’. No documento, entregue ao relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, o delegado Bernardo Guidali atribui ao tucano os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A partir desse parecer final sobre as investigações, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se denuncia o tucano, ou se encaminha os autos à primeira instância, já que os fatos são anteriores ao atual mandato do parlamentar. Também foi atribuído crime de lavagem de dinheiro ao ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, e ao empresário Alexandre Accioly, apontados como supostos intermediários da propina.
De acordo com a PF, os pagamentos foram uma ‘contrapartida pelo exercício de influência a sobre o andamento dos negócios da área de energia desenvolvidos em parceria pelas respectivas construtoras, como os Projetos do Rio Madeira, as Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Estado de Rondônia, notadamente sobre a CEMIG, companhia de capital aberto controlada pelo Governo do Estado de Minas Gerais, e Furnas, empresa de economia mista, subsidiária da Eletrobrás’.
Segundo a Polícia Federal,. ‘se verificou nas investigações que o Grupo Odebrecht realizou o pagamento a Aécio Neves de cerca de R$ 29.990.324,00, sendo que desta quantia foram entregues em espécie R$ 28.200.000,00, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2010, quantias que foram distribuídas no período subsequente inclusive no ano de 2011, mediante a utilização do doleiro José Antônio Estevão Soares (falecido), e a intermediação de Dimas Fabiano Toledo’.
“O montante complementar de US$ 895.162,00, correspondente a R$ 1.790.324,00 foi pago em dólares por meio da conta da empresa Klienfeld Servicesd Limited, no Antigua Overseas Bank, localizado em Antígua e Barbuda, na conta da offshore Embercy Services Limited, sediada na cidade de Majuro, capital da República das Ilhas Marshall, na agência do banco UBS – UNIÃO DE BANCOS SUIÇOS localizada em Singapura, entre 14 de novembro de 2008 e 26 de janeiro de 2009”,anota o delegado.
De acordo com o relatório, ‘a Construtora Andrade Gutierrez realizou pagamento de vantagens indevidas a Aécio Neves no montante de R$ 35.000.000,00 (trinta e cinco milhões de reais), mediante a realização de dois investimentos na holding Aalu Participações e investimentos, que tem como sócio proprietário Alexandre Accioly Rocha e é controladora da empresa Academia Bodytech, nos valores de R$ 30.500.000,00 (trinta milhões e quinhentos reais), em 02/09/201 O, e de R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais), em 01/04/2011’.
Blog do BG

PARELHAS: "Açude rompe na zona rural ontem a tarde"

De acordo com informações do repórter José Wilson, da Rádio Cabigi do Seridó AM, um açude da comunidade Juazeiro não suportou a força das águas e arrombou no final desta tarde de quarta-feira (18).
As águas estão descendo com intensidade pelo rio e passará na comunidade Cachoeira, Povoado Currais Novos e chegará na Barragem Zangarelhas, em Jardim do Seridó-RN.
O repórter destaca a importância da não permanência no leito do rio e a retirada de possíveis máquinas e animais do trajeto da água, pois não se sabe a quantidade de líquido que está a desembocar, após o arrombamento.
 Nelder Medeiros

Governo do RN proíbe eventos públicos e privados com mais de 100 pessoas por causa do coronavírus

Um decreto publicado nesta quarta-feira (18) proíbe atividades coletivas, eventos de massa, shows, atividades desportivas, entre outros, com a presença de público superior a 100 pessoas, sejam públicos ou privados, ainda que tenham sido autorizados anteriormente. De acordo com o documento, a desobediência às normas poderá ser considerada crime. Todas as feiras, exposições e eventos promovidos ou apoiados pelo governo e marcados para os próximos 60 dias e que possibilitem aglomeração de pessoas devem ser suspensos.
O Decreto Nº 29.524 foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e dispõe sobre medidas restritivas temporárias para o enfrentamento da Situação de Emergência em Saúde Pública provocada pelo novo Coronavírus (Covid-19). Ele é assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT) e o titular da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Cipriano Maia
Blog do Seridó

Embaixada da China diz que Eduardo Bolsonaro contraiu vírus mental: "As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês"

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, usou as redes sociais nesta quarta-feira, 18, para exigir retratação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que mais cedo postou mensagem nas quais culpa o país pela pandemia do novo coronavírus. Wanming disse que o filho do presidente Jair Bolsonaro feriu a relação amistosa com o Brasil e “precisa assumir todas as suas consequências”.
“A parte chinesa repudia veementemente as suas palavras, e exige que as retire imediatamente e peça uma desculpa ao povo chinês. Vou protestar e manifestar a nossa indignação junto ao Itamaraty”, avisou o diplomata.
O embaixador publicou uma sequência de mensagens em que repudia a atitude de Eduardo Bolsonaro e aciona o chanceler Ernesto Araújo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Pelo Twitter, Maia pediu desculpas à China e ao embaixador Wanming em nome da Câmara dos Deputados pelas “palavras irrefletidas” de Eduardo Bolsonaro. O presidente da Câmara afirmou, ainda, que a atitude do filho do presidente “não condiz com a importância da parceria estratégica Brasil-China e com os ritos da diplomacia”.
“As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês”, prosseguiu o embaixador. A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Só no ano passado, comprou US$ 65,4 bilhões em produtos brasileiros.
“Tal atitude flagrante anti-China não condiz com o seu estatuto como deputado federal, nem a sua qualidade como figura pública especial. Além disso, vão ferir a relação amistosa China-Brasil. Precisa assumir todas as suas consequências”, protestou o embaixador.
Eduardo Bolsonaro preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e tem influência direta na condução da política externa brasileira.
ESTADÃO CONTEÚDO

SANTANA DO SERIDÓ: "Comunidade Tuiuiú recebe a visita de engenheiros que elaborarão projeto da passagem molhada"

O Grupo que apoia o Deputado Francisco do PT em Santana do Seridó, recebeu na manhã de ontem(18), o sub-secretário de infraestrutura o engenheiro Dr Adalberto e equipe técnica da SIN. 

A equipe tratou da elaboração do projeto técnico de engenharia, para construção de passagem molhada na comunidade Tuiuiú, objeto de emenda parlamentar destinada pelo deputado Francisco do PT, no valor de 80 mil reais.

Acompanharam a visita dos engenheiros, o ex-prefeito Adriano Gomes, e os vereadores Elvis Cabral e Bruno Augusto.

"Começamos os trabalhos para realização desta  obra, sonho muito antigo da Comunidade Tuiuiú. Graças ao grupo que faz oposição a atual administração e a atuação do deputado estadual Francisco do PT, que destinou R$ 80.000,00(oitentante mil reais), em emenda parlamentar, vamos se Deus quizer,  construir essa passagem molhada". Destacou o ex-prefeito Adriano Gomes