"O papel de um ministro da Suprema Corte é falar nos autos do processo e não falar para a televisão o que ele pensa (...) Se quer fazer política, entre para um partido", afirmou Lula.
A carapuça serviu na cabeça do ministro do STF Gilmar Mendes que, sem qualquer indício, andou sugerindo haver lavagem de dinheiro na vaquinha feita por amigos de José Genoino e Delubio Soares para pagar a multa imposta a eles na sentença da Ação Penal 470, o chamado "mensalão".
Um político da oposição dizer isso seria leviano, mas compreende-se tratar-se de opção pela baixaria.
Um cidadão dizer em boteco seria compreensível, devido à desinformação bombardeada pela mídia oposicionista.
Mas um ministro do STF dizer isso à imprensa é inadmissível, pois trata-se de quem deveria agir com imparcialidade e entra no jogo da política partidária e, pior, demonstra julgar com presunção de culpa, coisa inaceitável para um magistrado. Isso só prova, mais uma vez que, o julgamento do mensalão foi político.
E Lula também criticou essa contaminação política do julgamento, criticando juízes que atuaram de forma política sob a toga e perderam a imparcialidade ao buscar o aplauso fácil de uma condenação imposta pela mídia, em vez de buscar a verdade profunda dos acontecimentos para não cometer injustiças.
Neste caso, a carapuça serviu no ministro do STF Joaquim Barbosa que, sendo o relator da Ação Penal 470, seguiu a pauta da mídia oposicionista, ignorando todas as provas que favoreciam os réus. Seu colega de tribunal, Marco Aurélio de Mello deixou escapar que Barbosa pretende aposentar-se do STF antes do tempo e candidatar-se a algum cargo político nas eleições de 2014, aproveitando-se da fama conquistada no julgamento.
As declarações de Lula foram o suficiente para a oposição atacá-lo. O PSDB atacou através de seu líder no Senado Aloysio Nunes. O PPS através de seu líder na câmara.