Há duas fórmulas infalíveis para se perder uma eleição. Uma é adotar o otimismo exagerado e irresponsável do “já ganhou”.
A segunda é a recusa à humildade de ir pedir votos possíveis nos redutos dos adversários. O cenário da derrota fica irreversível quando essas duas fórmulas se conjugam, criando uma mistura explosiva do “já ganhou” com “não vou me humilhar em pedir voto de quem apoia meus adversários”.
O otimismo do “já ganhou” não mobiliza, ao contrário, acomoda forças que poderiam estar em campo na busca dos apoios fundamentais para a vitória.
Aos que dizem que a certeza otimista da vitória mantém a militância firme e aguerrida, eu contesto afirmando que o “já ganhou”ajuda é a abrir o flanco para os adversários corroerem as bases de apoio do candidato favorito.
O “já ganhou” tem, sim, uma grande força mobilizadora, mas mobilizadora… do adversário! É traduzido por ele como desafio a ser superado.
Já vi muito candidato, por excesso de otimismo, empáfia ou arrogância, dormir vitorioso e acordar derrotado.
Prudência e canja de galinha, não faz mal a ninguém...