O prefeito da cidade de São Mamede, no Sertão paraibano, foi preso nesta terça-feira (15) em uma operação da Polícia Federal que visa combater um esquema de direcionamento de licitações, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro no município. Segundo a PF, além de Umberto Jefferson (DEM), também foram presas outras três pessoas, e uma está foragida.
Nesta quarta-feira, além das prisões preventivas, também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo cinco na cidade de Patos e uma em São Mamede. Dois servidores públicos foram afastados do cargo e tiveram sequestrados seus bens, no valor equivalente a R$ 5.187.359,94.
Veja quem são os alvos da operação e acusasões:
- Umberto Jefferson, prefeito de São Mamede: cumprido mandado de prisão
- Maxwell Brian, dono de empresa do consórcio, operador e beneficiário do desvio de recursos: cumprido mandado de prisão
- Josivan Marques, articulador do esquema e responsável pela obra: cumprido mandado de prisão
- Joao Lopes Neto, Presidente da Comissão licitação: mandado de prisão não cumprido (foragido)
- Eumar Carvalho Maia, dono da empresa que venceu a licitação: cumprido mandado de busca e apreensão em endereço ligado a ele.
O prefeito Umberto Jefferson e os outros investigados devem responder por frustração do caráter competitivo de licitação; violação de sigilo em licitação; afastamento de licitante; fraude em licitação ou contrato; peculato; corrupção passiva; corrupção ativa; e lavagem de dinheiro.
A operação, batizada de “Festa no Terreiro 2”, é a continuação da investigação que culminou com a primeira fase da operação, em 2 de março deste ano, e que apura prejuízos de cerca de R$ 8 milhões aos cofres públicos. Por sua vez, a própria operação Festa no Terreiro já é um desdobramento da operação Bleeder, cuja primeira fase aconteceu em 2021, e a fase mais recente foi no dia 9 de março. O nome da operação é uma referência ao termo usado pelos investigados ao combinar o resultado de licitações.
Jair Sampaio