terça-feira, 19 de março de 2024

PARELHAS: "Vereadores da situação não aceitam criação do PL e abre divergência no grupo"


Na corrida eleitoral para as próximas eleições municipais, uma discórdia vem à tona no cenário político local. 

Vereadores da situação  se movimentam para que o prefeito adote uma estratégia de unificação partidária, permitindo a participação de apenas o PSDB, partido na disputa pelos cargos legislativos, ou seja, todos os candidados a vereador ou vereadora, devem estar filiados ao mesmo partido, nesse caso o PSDB.

Segundo informações chegadas ao  Blog, uma reunião está marcada para esta quarta-feira, dia 20, com o fim de  pressionarem o prefeito nessa direção. 

Entre os argumentos apresentados, está a preocupação em evitar a fragmentação do eleitorado, consolidando um apoio mais coeso em torno de uma única legenda.

No entanto, há discordância dentro do próprio grupo! 

O vereador Felisberto expressou sua objeção a essa proposta, indicando sua intenção de formar uma chapa pelo Partido Liberal (PL). Sua posição levanta questionamentos sobre os motivos por trás dessa insistência pela unificação. 

Há quem garanta que alguns vereadores não querem uma nova sigla partidária, por medo de não conseguirem a reeleição, ou por não se sentirem seguros, em relação a novos nomes que estão surgindo para disputa no legislativo.

Essa discussão promete acirrar ainda mais os ânimos no ambiente político local, à medida que os interesses individuais e partidários se confrontam com a busca por uma estratégia eleitoral que atenda aos anseios da população. 

O desfecho dessa situação certamente será acompanhado de perto pelos cidadãos e pelo nosso Blog.

Afinal, tudo que a política não revela em público, você descobre aqui!

Outubro é logo alí!


 

ESTADÃO: "Bolsonaro é um ressentido com a democracia e um golpista de marca maior"


Editorial do Estadão deste domingo reforça: o Brasil nunca esteve tão perto de um golpe e Bolsonaro nunca esteve tão perto da cadeia:

O Brasil esteve à beira de um golpe de Estado nos estertores do governo de Jair Bolsonaro. Já não se trata mais de uma conjectura ou de um mero exagero retórico. Um golpe para impedir a posse de Lula da Silva como presidente da República legitimamente eleito foi uma possibilidade real, como ficou claro a partir dos depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, prestados à Polícia Federal (PF) no início de março.

A julgar pelo que disseram os ex-comandantes, a ruptura do regime democrático foi tramada por Bolsonaro sem recurso a meias palavras. De forma direta, o ex-presidente considerou empregar meios violentos para fazer letra morta da Constituição e se aferrar ao poder. É assim, como uma trama concreta, que a tentativa de golpe deve ser tratada pelas autoridades incumbidas de investigar, processar e julgar Bolsonaro e todos os sediciosos que a ele se associaram – até as últimas consequências.

São estarrecedoras as revelações dos militares, trazidas a público agora que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu retirar o sigilo das investigações. Aos policiais, Freire Gomes afirmou que Bolsonaro convocou reuniões no Palácio da Alvorada com a cúpula das Forças Armadas após a derrota no segundo turno para apresentar aos comandantes “hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e estados de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral”.

Baptista Júnior, por sua vez, relatou à PF que, diante da insistência de Bolsonaro em encontrar meios para subverter a ordem democrática, por pura irresignação com o resultado da eleição, o então comandante do Exército chegou a ameaçá-lo de prisão. “O general Freire Gomes afirmou que, caso (Bolsonaro) tentasse tal ato, teria de prender o presidente da República”, disse o brigadeiro, que, assim como Freire Gomes, foi ouvido pela PF na condição de testemunha.

Para além do fato de terem chegado ao topo da carreira em suas respectivas Forças, Freire Gomes e Baptista Júnior estiveram no centro nevrálgico da conspiração bolsonarista. Dessa posição de destaque, o general e o brigadeiro foram determinantes para o fracasso do golpe, independentemente das razões que os tenham motivado a agir como agiram. Agora, como testemunhas, têm servido ao País para elucidar a anatomia do golpe urdido. Por isso o peso de suas palavras.

Que Bolsonaro é um ressentido com a democracia e um golpista de marca maior, já era fato público e notório desde muito antes de ele cogitar concorrer à Presidência da República. Seus quatro anos de mandato como chefe de Estado e de governo só deixaram claro para um público mais amplo a sua índole liberticida. A natureza golpista de Bolsonaro, no entanto, não diminui a importância das revelações feitas por seus ex-comandantes militares – ao contrário.

Também em depoimento à PF, o presidente do PL, o notório Valdemar Costa Neto, revelou as pressões que teria sofrido de Bolsonaro para que o partido bancasse com dinheiro público um relatório fajuto lançando suspeitas contra o sistema eleitoral. Fica claro, assim, que Bolsonaro procurou se cercar de meios políticos e militares para levar a cabo a intentona.

Inconformado com a derrota eleitoral, Bolsonaro se moveu para pôr tropas armadas nas ruas a fim de sustentá-lo no cargo, sob a falsa justificativa de que a eleição não teria sido limpa. Tramou prender autoridades políticas e judiciárias. Por óbvio, teria lançado suas garras também sobre a imprensa profissional e independente. No limite, Bolsonaro assumiu o risco de derramar o sangue de concidadãos em nome de um projeto pessoal de poder. Um doidivanas, assim como os fardados que anuíram com essa loucura.

Eis a dimensão da sordidez. Ao tempo que fazia chegar ao País a informação de que estaria “deprimido” por não ter sido reeleito, Bolsonaro, na verdade, estava maquinando o fim da democracia, cuja reconquista tanto custou aos brasileiros. Que isso não saia barato.

FONTE: thaisagalvao.com.br



Walter Alves nega legenda para Adjuto Dias disputar a prefeitura de Caicó


Embora registre bons índices de aceitação popular, de acordo com as últimas pesquisas eleitorais, o deputado estadual Adjuto Dias (MDB) tem o seu nome vetado para disputar a prefeitura de Caicó pelo vice-governador Walter Alves, presidente estadual do MDB. A postura de Waltinho está sendo vista como um desrespeito, não só com a história do partido, como também ao eleitor “bacurau” de Caicó, a Capital do Seridó.

O fato é que Adjuto desponta como o único nome viável e com reais chances de unificar a oposição para enfrentar o atual prefeito da cidade de Caicó, Dr. Judas Tadeu (PSDB), ligado a Vivaldo Costa, adversário histórico do MDB em Caicó.

Se destacando por sua firme atuação em defesa dos assuntos relacionados a Caicó e ao Seridó, Adjuto Dias seria o nome natural do MDB para disputar o pleito municipal, caso não fosse a decisão de Walter Alves, que, segundo fontes locais, estaria lhe negando legenda, se prestando ao papel de ser a “pedra no sapato” do parlamentar, que é filho do prefeito de Natal, Álvaro dias.

Isso reacende divergências antigas entre Valter e Adjuto e todos os candidatos a deputado estadual do partido, que denunciaram episódios de discriminação e se sentiram prejudicados na última campanha, pois não receberam recursos do fundo partidário do MDB. Agravando a situação, Adjuto, que presidia o MDB em Caicó, foi substituído – sem qualquer motivo – por um filiado recente, sem história, nem tradição no partido. Esse fato expõe ainda mais o agravamento da discriminação e perseguição constante que Dias vem sendo vítima.

Com esse clima insuportável no MDB, Adjuto Dias deverá optar por outro rumo partidário, mudando de legenda. Aliados de Adjunto defendem a ideia de que ele já deveria ter “pego o boné” e saído de MDB, que no Rio Grande do Norte parece ser um partido que tem dono.

Robson Pires