quinta-feira, 18 de junho de 2020

Foragida, mulher de Queiroz está recebendo auxílio emergencial

Investigada pela Justiça do Rio de Janeiro, Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, é uma das 63 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial de R$ 600 mensais criado para ajudar famílias de baixa renda durante a pandemia de covid-19.

O cadastro de Márcia foi deferido pela Caixa Econômica Federal e o primeiro pagamento já foi depositado  em uma conta digital aberta na Caixa em nome dela.

A confirmação do pagamento foi feita pelo Congresso em Foco por meio do telefone 111, canal da Caixa que informa o status das solicitações do benefício. A busca foi feita pelo CPF de Marcia, que está publicado nos documentos das investigações judiciais de que é alvo.

A atual esposa de Fabrício Queiroz, que foi preso no interior de São Paulo na manhã desta quinta (18), não é a  única investigada no esquema de rachadinhas do gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro, com ligação familiar com Queiroz, que recebeu dinheiro do auxílio destinado às famílias carentes. Débora Melo Fernandes, ex-mulher de Fabrício Queiroz, também se cadastrou para receber o auxílio emergencial e teve a primeira parcela depositada no dia 16 de junho, em uma conta social aberta em seu nome.

O ex-marido da atual esposa de Queiroz, Márcio da Silva Gerbatim, também recebeu dinheiro do programa. No dia 25 de maio foi depositada a segunda parcela na conta poupança digital aberta em nome dele na Caixa.

O sobrinho de Marcia, Claudionor Gerbatim de Lima, também recebeu a segunda parcela do programa governamental.

A enteada de Fabricio Queiroz, Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim, chegou a se cadastrar no programa, mas ainda não recebeu nenhuma parcela do benefício.

Todos esses nomes são investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro no caso de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando ele era deputado estadual. O Congresso em Foco não conseguiu contato com Márcia, que está foragida, nem com os demais ex-servidores investigados no caso para saber de suas atuais condições financeiras. Entretanto, segundo o MP, a estimativa é que cerca de R$ 2,3 milhões tenham sido movimentados no suposto esquema. 

Como os dados dos envolvidos foram divulgados nos documentos processuais, não se pode descartar a possibilidade de os parentes de Queiroz terem sido alvo fraudes no benefício. Segundo a Controladoria Geral da União, é possível que entre os beneficiários haja 160 mil possíveis fraudes.

Congresso em Foco



RN: "STF investiga repasse de R$ 51,8 mil de deputado general Girão"

Alvo de uma ação de busca e apreensão em operação da Polícia Federal nesta semana que investiga a organização, financiamento e divulgação de manifestações antidemocráticas, o publicitário Sérgio Lima recebeu ao menos R$ 87.700 da cota parlamentar de quatro deputados da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara nos últimos seis meses.

Todos esses parlamentares tiveram o sigilo bancário quebrado nesta terça-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ao lado de outros seis deputados e um senador.

De acordo com a prestação de contas e notas fiscais apresentadas pelos parlamentares e disponíveis no portal de transparência da Casa, Bia Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), Aline Sleutjes (PSL-PR) e Guiga Peixoto (PSL-SP) contrataram os serviços de empresas do publicitário para cuidar de suas redes sociais. Os gastos foram declarados como “divulgação de mandato parlamentar” e são legais, permitidos pelo regimento interno da Câmara.

Os quatro são investigados no mesmo inquérito de Lima, que é o criador da identidade visual e articulador da “Aliança pelo Brasil”, partido político que o presidente Bolsonaro pretende fundar. Todos negam qualquer irregularidade ou participação em atos contra a democracia.

Cada parlamentar tem direito a uma cota mensal independente dos salários, incluindo o dos funcionários do gabinete, que varia entre R$ 30.788,66, no Distrito Federal, e R$ 45.612,53, em Roraima. O valor é destinado a despesas do mandato, como passagens aéreas, conta de celular e divulgação de mandato.

Segundo um policial que atua no caso, os deputados são suspeitos de ajudar a financiar e divulgar as manifestações antidemocráticas. O publicitário, por sua vez, é suspeito de atuar na divulgação das manifestações.

A investigação sobre manifestações de rua que pedem o fechamento do Congresso Nacional, do STF, intervenção militar e um AI-5 — ato institucional mais duro da ditadura brasileira (1964-1985)— é conduzida pela PF, depois de aberta pela PGR (Procuradoria-geral da República).

Segundo a PGR, uma das linhas de apuração busca esclarecer se parte dos investigados, entre eles influenciadores e ativistas, articulou-se com parlamentares e outras autoridades com prerrogativa de foro no STF para financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional.

“Arbitrariedade e totalitarismo”

Quem mais gastou com os serviços de redes sociais prestados por empresas do publicitário com a cota parlamentar foi o deputado General Girão, com R$ 51.800 desde dezembro do ano passado, quando virou cliente de Lima. Naquele mês, o deputado pagou R$ 10.800 à S8 Sampa Agência de Propaganda —o publicitário afirma ao UOL que deixou a agência em dezembro, mas na Receita Federal, porém, ele ainda consta como sócio.

Em janeiro e fevereiro, os serviços da S8 custaram ao gabinete de Girão R$ 11.400 e R$ 7.400, respectivamente. De março a maio, último mês com a prestação de contas disponível no portal, o gabinete do deputado pagou R$ 7.400 à Inclutech Tecnologia da Informação, outra firma da qual Lima aparece como sócio.

Em resposta à reportagem, tanto Girão quanto Lima confirmam a prestação dos serviços nas redes sociais e negam qualquer envolvimento com os protestos antidemocráticos.

De acordo com a assessoria de imprensa de Girão, os serviços de Lima são referentes “a acompanhamento e análise de pautas políticas, elaboração e manutenção do site do deputado, relatórios diários de notícias (clipping) e atualização mensal de SEO no site”, com relatórios diários, e seguem em curso.

Sobre a quebra de sigilo e as investigações da PGR, Girão afirma que não foi notificado e “buscará todas as medidas cabíveis para se contrapor a um ato que configura mais uma atitude de arbitrariedade e totalitarismo”.

Em conversa por WhatsApp com a reportagem, o publicitário afirma que respeita as instituições brasileiras, confia na Justiça e tem a tranquilidade de dizer que possui uma relação comercial entre clientes e prestador de serviços com os deputados. “Nego peremptoriamente qualquer financiamento, divulgação ou organização de atos que sejam antidemocráticos”, afirma ele sobre as investigações. Lima diz que está a disposição das autoridades para esclarecimentos.

João Marcolino



Polícia cumpre mandado de busca e apreensão em casa do presidente Jair Bolsonaro


A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem, na manhã desta quinta-feira (18), um mandado de busca e apreensão em uma casa que pertence ao presidente Jair Bolsonaro em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio. A ação faz parte de uma operação, realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, em desdobramento das investigações sobre o esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O imóvel em Bento Ribeiro foi usado como um dos comitês de campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro na Zona Norte do Rio. À época da disputa eleitoral, Bolsonaro chegou a visitar o imóvel durante uma agenda pública. Na ocasião, ele ainda cortou os cabelos em um salão próximo à casa.

De acordo com o Ministério Público, o mandado na casa de Bento Ribeiro é cumprido contra Alessandra, que também já foi servidora da Alerj. Também são alvo da operação a ex-servidora da Alerj Luiza Paes Sousa, Matheus Azeredo Coutinho, que ainda é funcionário da Casa Legislativa, e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.

Blog do Seridó



ÚLTIMA MALDADE: "Antes de sair Weintraub extingue cotas para negros e indígenas"

 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, revogou nesta quinta-feira (18) a portaria que previa a inclusão de negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência em programas de pós-graduação em universidades e institutos federais.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e passa a valer a partir de hoje.

A portaria criada em maio de 2016, editada pelo então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, determinou que universidades públicas e institutos federais adotassem esses programas para ampliar a "diversidade étnica e cultural" no corpo discente.

O ato de Weintraub ocorre em meio às especulações sobre sua possível demissão do cargo de ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro, conforme noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (17).

Em abril deste ano, Weintraub insinuou em uma rede social que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus.

A fala fez com que o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitasse um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a abertura de inquérito para apurar suposto crime de racismo cometido pelo ministro da Educação.

Brasil 247


PRISÃO: "Queiroz estava escondido em imóvel de advogado de Flávio Bolsonaro"

Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz estava em um imóvel de Frederick Wassef, advogado do parlamentar, e foi levado para unidade da Polícia Civil no Centro da capital paulista, onde deverá passar por exame de corpo de delito. 

mandado de prisão foi expedido pela Justiça do estado do Rio de Janeiro. Investigadores apuram um esquema de corrupção que aconteceu na Assembleia Legislativa do Rio - o parlamentar era deputado estadual.

A Polícia Civil e o MP-RJ cumprem também um mandado de busca e apreensão em uma casa que pertence a Jair Bolsonaro na Zona Norte do Rio e que foi seu comitê de campanha. Atualmente, quem mora na casa é Alessandra Esteves Marins, ligada ao gabinete do senador Flávio Bolsonaro

De acordo com um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), foram identificadas operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Alerj. As investigações apontaram que o dinheiro usado para pagar funcionários na Alerj voltavam para os próprios deputados estaduais.

O Coaf identificou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz, que ocorre entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

Brasil 247