terça-feira, 10 de setembro de 2019

PRA DEBAIXO DO TAPETE: "PSL escala Flávio Bolsonaro para desarticular CPI da Lava Toga e evitar que ministros sejam investigados"

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) recebeu do presidente nacional do partido, deputado Luciano Bivar (PE), pedido para entrar na articulação contra a criação da CPI da Lava Toga. Filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio é o único dos quatro senadores do PSL que não assinou a petição pela abertura da comissão.
A CPI é vista com poder para afetar a relação entre os Poderes. A articulação para enterrar a CPI é liderada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que classificou a tentativa de criação da comissão como inconstitucional.  “Se há entendimento de que a comissão não pode investigar decisão judicial, como vou passar por cima disso?”, questionou.
A senadora Maria do Carmo (DEM-SE) anunciou que vai retirar o nome na lista, que contava com 28 assinaturas; segundo ela, atendendo a Alcolumbre. O presidente do Senado, por sua vez, negou ter pedido diretamente a senadores que retirassem assinaturas, mas admitiu que tentou convencer parlamentares sobre seu posicionamento contrário à Lava Toga.
Procurados pelo Estadão/Broadcast, os senadores Major Olímpio (PSL-SP) e Soraya Thronicke (PSL-MS), afirmaram que não vão mudar de posição e negaram ter sido procurados por Flávio. A senadora Juíza Selma (PSL-MT) não quis se manifestar. Na noite desta segunda-feira, 9, a expressão “assina Flavio Bolsonaro” era o assunto mais comentado no Twitter entre internautas brasileiros.
Luciano Bivar disse ao Estadão/Broadcast ter pedido aos senadores do PSL que reconsiderassem o posicionamento, porque percebe na proposta um “uma afronta ao Poder Judiciárioo”. “Precisa-se fazer um entendimento melhor do que fazer uma CPI, isso não faz sentido”, disse o presidente da legenda, acrescentando que é preciso “apostar na governabilidade no nosso país.”
O pedido de Bivar a Flavio Bolsonaro vem em um contexto no qual os colegas da bancada no Senado se recusam a mudar de posição.
A intenção do dirigente partidário é que o filho do presidente convença os colegas no Senado. “Eu pedi para ele (Flávio) me ajudar nisso. Não sei qual foi a ação que ele teve”, disse Bivar. Após falar com a reportagem, o presidente do partido emitiu uma nota afirmando que “em momento algum foi dada ao senador Flavio Bolsonaro a incumbência de articular a referida retirada de assinaturas.”
Procurado via assessoria de imprensa, Flavio Bolsonaro não se manifestou.
Blog do BG


ATUAÇÃO: "Francisco do PT na luta para que o Projeto Seridó se torne realidade"

O Projeto Seridó, que visa implantar e interligar os sistemas adutores criando um grande cinturão de águas, foi tema de audiência pública nesta segunda-feira (09), na Assembleia Legislativa do RN.
Realizada em parceria com o deputado estadual Francisco do PT, presidente da Frente Parlamentar das Águas, a audiência pública foi proposta por Vivaldo Costa, a quem Francisco agradeceu a oportunidade de debater essa temática essencial aos seridoenses, que enfrentam anos de estiagem. “Como seridoense, como parlamentar e como presidente da Frente das Águas, não poderia estar ausente a essa discussão. Agradeço o espírito público do deputado Vivaldo em aceitar a nossa contribuição. O protagonismo é todo seu”, disse Francisco.
Segundo Francisco do PT, historicamente o seridoense busca alternativas de convivência com os efeitos da seca, daí a importância do Projeto Seridó, que vem nessa perspectiva. “Foram executados importantes projetos, tais como a perfuração de poços, construção de açudes e reservatórios, mas há muito tempo se discute a necessidade de construir um cinturão de águas, uma rede de integração de bacias que possa garantir a sustentabilidade hídrica da região e o Projeto Seridó surge como um meio”, ressaltou.
O parlamentar petista reforçou ainda que Caicó e Currais Novos, maiores cidades do Seridó, passam por sérios problemas de abastecimento de água. “Precisamos, de fato, buscar a efetivação do Projeto Seridó, orçado em cerca de 150 milhões de reais, para que ele saia do papel, seja executado e contribua para minimizar os efeitos da seca no nosso querido Seridó”.
O engenheiro Rômulo Macêdo, ex-secretário de Recursos Hídricos do RN e ex-coordenador da transposição do Rio São Francisco, foi um dos palestrantes da audiência. Ele é atualmente o diretor técnico do Projeto Seridó, através da empresa contratada para realizar os estudos e o planejamento dos trabalhos. “A ideia é oferecer segurança hídrica para o consumo humano, de todas as populações do Seridó, a partir de 2020, até o ano de 2070, através de uma sistemas de adutoras que interligam bacias”, destacou na palestra o engenheiro Rômulo Macêdo, que também parabenizou os deputados Francisco e Vivaldo, pela realização da audiência.
Também estiveram presentes o prefeito de Currais Novos, Odon Júnior (vice-presidente da FEMURN), o prefeito de Cruzeta, Sally Araújo (presidente da AMSO), o secretário de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), João Maria Cavalcanti, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu, Paulo Varella e o presidente da ANA, Ricardo Medeiros de Andrade.