terça-feira, 7 de dezembro de 2021

PSDB cresce e muito sob o comando de Ezequiel


O conceito da política é juntar, agregar, trazer. O PSDB do Rio Grande do Norte deve participar da eleição proporcional com um grande número de deputados concorrendo à reeleição pelo partido.

Hoje o RN conta com 5 deputados no partido, e deve ter pelo menos entre 14 e 15 deputados tentando a reeleição pelo PSDB. 

Será a maior chapa proporcional da Assembleia Legislativa. 

FONTE: thaisagalvao.com.br



PALANQUE DOS ALVES: "Entrada de Carlos Eduarado, Garibalde e Walter, descaracteriza candidatura de Fátima"



Carlos Eduardo Alves tem corrido atrás e já andou conversando até com o deputado Walter Alves, que tem o apoio de Lula para ser o vice de Fátima.

Mas…Carlos na chapa que já tem Walter e o ex-senador Garibaldi Filho, transforma o palanque de Fátima no antigo palanque dos Alves, faltando só chegar Henrique.

E não será por falta de tentativa dele também não.

FONTE: thaisagalvao.com.br



QUE PAIS É ESSE? : "Nem carrinho nem vídeo game, menino de 7 anos pede carne em cartinha para o Papai Noel"

 


Hector falou para a mãe ficar tranquila, porque o “Papai Noel ajudava todo mundo, porque ele era Deus”- Foto: Crescer/reprodução

Nem carrinho e nem videogame. Diferente do pedido de outras crianças na época do Natal, o pequeno Hector, de 7 anos, compartilhou com o Bom Velhinho o verdadeiro sonho dele para a Noite Feliz. “Papai Noel, meu sonho é ganhar uma carne para passar com a minha família, tenho 7 anos, muito obrigado Papai Noel”, escreveu o menino em uma carta.

Hector decidiu fazer o apelo após passar meses de grande privação do alimento em casa, onde mora com a mãe, Patrícia Fros de Braz, de 35 anos, e o padrasto, Leandro Alves de Medeiros, e mais três irmãos. Eles moram em Arroio Grande, no Rio Grande do Sul.

A família sofreu os danos econômicos da pandemia: o único recurso financeiro que eles têm provém de bicos de Leandro e do trabalho da filha mais velha, Rosiane, de 19 anos, que cuida de uma idosa. Patrícia tem problemas de saúde e não pode fazer esforços.

“A gente compra (carne), mas agora é miúdos, ossos, essas coisas mais baratas”, contou a mãe em entrevista à revista Crescer. Ela também afirma que nunca passaram necessidade. “Foi no último ano que a situação apertou mesmo”, disse.

Com o Natal próximo, Hector, que gosta de churrasco, perguntou a mãe se eles poderiam fazer um no dia da data comemorativa. A resposta foi sincera. “Eu disse ‘filho não sei, pois as coisas estão muito difíceis. A carne aqui está muito cara mesmo’. Aí ele me disse: ‘já sei vou fazer uma carta para o Papai Noel e ele vai nos ajudar’. Ele é muito lindo. Com 7 anos e um coração enorme”, revelou a mãe.

Hector escreveu a carta, já que aprendeu a escrever sozinho neste ano. No entanto, a mãe esteve ao lado dele para auxiliá-lo. Patrícia diz que alertou o filho que Papai Noel talvez não atendesse o pedido porque o preço da comida estava alto, mas ele disse para ela ficar “tranquila, pois o Papai Noel sempre ajudava todo mundo, porque ele era Deus”.

A família, inclusive, está com a luz da casa deles cortada, já que, sem recursos suficientes, priorizaram a alimentação e deixaram de pagar algumas contas. A atitude da criança comoveu alguns conhecidos que decidiram fazer uma cesta de Natal para a família. Patrícia torce para que a situação melhore e que os filhos possam sempre ter o que desejam, pelo menos — e principalmente — na alimentação. As informações são da revista Crescer.

Correio braziliense




RETRATO DO BRASIL ATUAL: "Famílias comem lagartos e restos de animais para matar a fome no RN"

 


“A última vez que comi carne já tem mais de um mês. Foi quando ajudei a tirar o couro de uma vaca”.

Em Senador Elói de Souza, município do Rio Grande do Norte em estado de calamidade pública pela seca, Adailton Oliveira lembra, emocionado, que o animal agonizava de fraqueza, faminto, e foi abatido pelo dono.

Os pedaços foram repartidos onde caíram. Adailton, 52, conta que ficou com “a mão”, uma das patas dianteiras. Com a mulher, Sebastiana, fez o pedaço render por 20 dias no fogão à lenha improvisado. Alimentos ali estão contados. Os R$ 170 do Bolsa Família “não dão para nada”, afirma, e o auxílio emergencial da pandemia é passado.

“Ao invés de deixar a vaca para urubu e cachorro, a gente tem que comer”, diz o agricultor. “É isso porque não tem outro jeito. Sem chuva não se planta o que comer e se acabam os animais. Também não existe mais passarinho para desfrutar, e a gente não tem condição de pedir no mercado ‘bota 1 kg de carne com osso’. A gente tem que pegar os bichinhos para fazer a mistura.”

Os relatos sobre a fome na região potiguar se somam aos de outros brasileiros pelo país. Neste ano, ganharam notoriedade imagens de ossos de boi serem disputados por moradores no Rio de Janeiro Janeiro e vendidos como um produto a mais em açougue em Santa Catarina. Em Fortaleza, ossos de carne de primeira e de segunda também foram incluídos na lista de itens de alguns açougues, quando antes eram doados.

Duas casas adiante, Deojem Emanuel Gomes da Silva, 57, conta não ter nada na geladeira. O alimento disponível na cozinha é meio quilo de feijão espalhado numa caixa.

A renda “é menor que o gás”. O botijão custa R$ 110. “Tudo subiu com a pandemia”, diz com tom de lamento. No almoço, comeu o feijão puro.

Ele conta que não é possível recorrer nem aos pequenos répteis, animais que por décadas fizeram parte da dieta dos mais pobres afligidos pela seca no Nordeste.

“A mistura, às vezes, é ovo. Às vezes, não tem. Nem calango, nem lagarto tijuaçu tem mais aqui. Eles migram atrás de água.” Há quem diga que os que ficam “são pequenos como lagartixas”.

No assentamento onde vive, parte das famílias está “no extremo do extremo”, diz a presidente da associação de moradores, Áurea da Silva, 60. “Não têm nem o Bolsa Família e a renda é a agricultura, porém esse ano não teve nada, não teve chuva”. Cestas básicas da igreja são o que ajuda a salvar.

Folhapress via BG