O novo senador do RN, Jean Paul Prates, que assume em janeiro o mandato deixado por Fátima Bezerra, em entrevista à rádio 96 FM, afirmou que pretende respeitar a plataforma herdada da recém-eleita governadora Fátima Bezerra.
Com quatro anos e um mês de mandato pela frente, ele adiantou que pretende cumprir toda a plataforma parlamentar herdada de Fátima na educação, serviços públicos, pesca, artesanato, nas comissões e trabalhos legislativos “sem qualquer ruptura”.
Já num plano mais pessoal, disse que vai direcionar seu mandato coerentemente com seu perfil profissional dele e dentro do que já tem feito pelo estado, com ênfase na atuação na área de energias renováveis, que é sua especialidade.
Desenvolvimento sustentável, atração de investimentos, exploração sustentável dos recursos serão pauta obrigatório do futuro senador – recursos em que, segundo ele, o RN é rico, mas não aprendeu até hoje como explorá-los.
“Tanto é assim que quando se fez um ação ordenada para a exploração de energia eólica no estado ela deu tão certo que hoje somos campeões nacionais na geração dessa matriz”, lembrou.
Sobre a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, Jean Paul Prates adiantou que pretende fazer uma “oposição construtiva”, levando em consideração a dicotomia produzida pelos resultados nas urnas, que praticamente dividiram a maioria dos votos depositados entre Nordeste e o resto do País.
Essa “dicotomia”, segundo Prates, vai exigir de seu mandato uma “vigilância” contra atos que se reputem “atentatórios à democracia ou ao bom andamento do País”.
Perguntado se estaria disposto a fazer a interlocução entre o PT e empresários, que sempre tiveram um diálogo difícil com Fátima Bezerra, Jean Paul minimizou esse problema ao afirmar que a futura governadora “nunca perseguiu empresários”.
Por outro lado, deixou claro que pretende, sim, ser interlocutor sempre que possível em momentos que exijam a aproximação do PT de empresários pelo bem do RN.
Jean Pau Prates, que confessou já ter sido um liberal na adolescência, afirmou que hoje assume uma posição diferente ao sustentar sua defesa ao Estado mais presente na economia.
“O fato de ter estudado em boas escolas e me vestir assim desmente o estereótipo de que outras pessoas precisem ser diferentes para escolher o PT como sua via partidária”, lembrou.
AgoraRN