O acordão, aliança política entre tradicionais adversários políticos para as eleições deste ano, resolve apenas os problemas eleitorais do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), da vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), e do deputado federal João Maia (PR). Os mandatos de Henrique e João Maia encerram no dia 31 de dezembro deste ano e, por conta disso, buscam novas eleições, sendo que Henrique para o governo do Estado e João para vice-governador. Já a vice-prefeita Wilma de Faria tem mandato até 31 de dezembro de 2016, mas pretende melhorar a posição no quadro político estadual ao tentar ocupar a cadeira que é do pai do ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), Garibaldi Alves (PMDB), no Senado Federal, até o dia 31 de dezembro deste ano. A opinião é do presidente do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Norte, Eraldo Paiva, pré-candidato petista a deputado estadual. Ele classifica a união entre Henrique, Wilma e João Maia como “aliança do medo e da desconfiança”.
“A aliança do medo com a desconfiança. É assim que classifico essa aliança entre PMDB, PSB, PR e outros partidos no Rio Grande do Norte. Na verdade estão tentando resolver os problemas deles, não estão preocupados em um projeto para o RN. É o acordão que se formaliza no Estado”, avalia Eraldo Paiva, em entrevista ao Jornal de Hoje no início da tarde desta quinta-feira. “Na verdade, eles têm um histórico e desconfiança e medo de disputaras as eleições um contra o outro. Por isso a chapa do medo e da desconfiança”, justificou Eraldo.
O vereador são-gonçalense defende a chapa que poderá ter o vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, presidente estadual do PSD, como candidato a governador, e a deputada federal Fátima Bezerra, do PT, disputando o Senado. “Vamos apresentar um projeto. Tanto que estamos fazendo seminários regionais. Amanhã será em Ceará Mirim”, diz Eraldo. Com relação à chapa proporcional, que tem causado instabilidade na aliança em formação, Eraldo afirmou que o tema está sendo discutido, mas não se encontra definido. “O PT tem um pensamento que vem sendo discutido e apresentado já há um bom tempo com os partidos e com o partido internamente. Essa é uma questão que para nós do PT e do PSD não será problema. Estamos trabalhando para montar uma nominata para estadual puro sangue. Mas primeiro temos que discutir a aliança majoritária. A discussão proporcional é secundária”.
Na visão do vereador Eraldo Paiva, o principal, no momento, é consolidar a chapa majoritária, com Robinson e Fátima. “Vamos construir a candidatura da Fátima para o Senado e a de Robinson para o governo. No momento certo, vamos discutir vice-governador e Senado”, disse Eraldo, negando que a formação da chapa proporcional se constitua problema para a coligação a ser formada. “Não recebi ainda nenhuma informação por parte do presidente estadual do PSD no sentido de que não haverá aliança majoritária se não houver aliança proporcional. O PT vai construir ainda e, no momento certo, irá dialogar com os partidos que irão compor conosco, como PHS, PTB, Solidariedade, PSDC e PEN”, declarou. “O PT vai construir sua decisão. Temos vários nomes colocados para deputado estadual e federal”.
Jornal de Hoje