Considerado um problema de saúde pública no mundo inteiro, o câncer de cavidade oral, mais conhecido como câncer de boca, atinge principalmente os homens com mais de 40 anos. De acordo com dados divulgados pelo INCA, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, estimavam-se, para 2014, 11.280 casos novos de câncer da cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres. É o quarto mais frequente em homens nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil.
Entre as principais causas destacam-se o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. As chances de desenvolver a doença aumentam quando associados à má higiene bucal e à falta de acompanhamento odontológico de rotina. A exposição excessiva ao sol e a alimentação pobre em nutrientes como a vitamina C também são fatores de risco.
“Parar de fumar é essencial na redução do risco desse tipo de câncer’, explica o oncologista Paulo Mora, do Grupo COI – Clínicas Oncológicas Integradas. “Já existem diversas opções que podem ajudar o fumante se livrar da dependência: consulte o seu médico. Redução no consumo de álcool e dietas mais saudáveis e exercícios físicos regulares também ajudam na interrupção do hábito de fumar’, orienta.
O especialista explica que contam também predisposições genéticas, fatores ambientais e infecções por vírus —como o Vírus Epstein Barr (EBV), associado ao carcinoma de nasofaringe, o HPV, ao câncer de cabeça e pescoço, e o HIV, que aumenta em três vezes o risco de câncer nessa região. “A exposição ocupacional, no trabalho, a alguns agentes tóxicos, como como percloroetileno, asbestos e pesticidas, aumentavam a chance de tumores de cabeça e pescoço, mas nos dias atuais essa exposição é rara’, afirma.
Assim como todo tipo de câncer, quanto antes identificado e tratado com os recursos adequados, maiores são as chances de ser curado. Por isso, é importante prestar atenção nos sintomas.