Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
conseguiu há pouco a 27ª assinatura necessária para protocolar um pedido de CPI no Senado para investigar a atuação do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e de pastores lobistas na pasta.
Até ontem pela manhã, 23 parlamentares haviam confirmado apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito. Porém, com a prisão preventiva de Ribeiro, esse cenário mudou.
No início da tarde de ontem, o senador Eduardo Braga (MDB-AL) endossou a investigação. Pela noite, mais dois parlamentares assinaram o requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP): Soraya Thronicke (União-MS) e Rafael Tenório (MDB-AL), suplente de Renan Calheiros (MDB-AL).
Faltava apenas uma assinatura, que foi confirmada há pouco: a do senador Giordano (MDB-SP), parlamentar (foto) que assumiu o lugar de Major Olímpio, falecido no ano passado vítima de Covid.
“CPI nunca foi um instrumento para governo. Governo nunca quer CPI; oposição é quem quer CPI”, disse Randolfe Rodrigues no início da noite de ontem.
A investigação terá 11 senadores titulares e 11 suplentes e a intenção é concluí-la antes das eleições. Mas para que ela seja iniciada, ainda dependerá de decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A base do governo, porém, vai pressionar para que a investigação não seja iniciada. O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), disse que existem outras CPIs na fila e que a investigação sobre o MEC não pode ser prioridade da casa.
“Temos duas semanas para encabeçar cinco CPIs. Se quiser, estou dentro. Mas o tempo é exíguo para todas”, afirmou Portinho. Entre as investigações, está uma de autoria do governo para apurar obras que foram abandonadas pelos governos do PT e de Michel Temer (MDB).
Roberto Flávio