A quem interessa dizer que o deputado João Maia vai perder o comando do PL para o senador Rogério Marinho em um clima de paz e harmonia entre os dois?
Sempre muito pacífico, João Maia chegou ao ponto de dizer em entrevista que não havia 'conflito' e que faria uma transição tranquila. Disse até que deixaria o PL para "facilitar a vida de Rogério".
Olhe o tamanho da piada.
Claro que a história não é essa.
Rogério, queridinho de Jair Bolsonaro, articulou com o presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, até agora amigo de João Maia, para tomar o PL do deputado potiguar.
A notícia é essa.
Há quem diga até que Valdemar pode ser o próximo a ter que entregar o comando da sigla ao senador bolsonarista.
Rogério toma o PL de João Maia, como tomou o PSDB de Geraldo Melo e como tentou tomar o PSB de Wilma de Faria.
Ponto.
Não existe harmonia quando se perde algo tomado por outra pessoa.
Basta perguntar a João Maia se, espontaneamente, ele 'daria' o PL a Rogério.
Não daria.
Resta saber como ficará o partido pelo interior. Para onde irão os prefeitos do PL.
Prefeitos de municípios onde o presidente Lula ganhou a eleição. Todos, sem exceção no Rio Grande do Norte, já que Bolsonaro, o padrinho de Rogério, só ganhou em Parnamirim, onde o prefeito não é do PL.
Resta saber também para onde irá João Maia.
Vendo o PL, partido de Bolsonaro, ser arrancado de suas mãos, certamente não será a um partido de direita que João Maia se filiará. Deverá ir para uma legenda da base de Lula, o que poderá manter a aliança com os prefeitos e com os diretórios.
Rogério chega ao RN no dia 3 de julho para vestir a camisa que pertenceu a João Maia.
Desse dia em diante, as entrevistas deverão ser diferentes.
FONTE: thaisagalvao.com.br