quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Benes lidera ranking de deputado mais municipalista do Brasil

 


O deputado federal Benes Leocádio (Republicanos-RN) foi apontando pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) como o parlamentar que mais vem atuando na defesa dos interesses dos municípios na Câmara dos Deputados. No ranking geral, onde aparecem 512 deputados federais, o deputado Benes está na 1ª colocação.

A conquista do parlamentar é resultado de intenso trabalho dedicado ao fortalecimento do municipalismo, com a apresentação de propostas e apoio nas votações dos projetos importantes para as cidades.

Além disso, o deputado Benes já  ocupou a vice-presidência da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Municípios (FMB) e foi membro titular da Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC 391-A/2017, do Senado Federal, que disciplina a distribuição dos recursos pela União ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Benes também já presidiu a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) e ocupou a vice-presidência da CNM.

Robson Pires



É TETRA: "Gasolina mais cara a partir de amanhã, já são quatro vezes só esse ano"

 


A Petrobras anunciou hoje (18) um novo aumento médio nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias, que chegarão a R$ 2,48 e R$ 2,58 por litro, respectivamente. A partir de amanhã (19), será aplicado um reajuste de R$ 0,23 para o litro da gasolina e de R$ 0,34 para o do diesel. 

O preço cobrado nas refinarias da Petrobras corresponde a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel, segundo a estatal. A companhia explica que “até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”.

Os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar. Desde janeiro, a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o da gasolina, que tinha o valor médio de R$ 1,84 em 29 de dezembro e chegará a R$ 2,48 com o reajuste que vigora a partir de amanhã.

Blog do Seridó



Senador reassume mandato 4 meses depois de ser flagrado com dinheiro na cueca

 


O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) reassumiu o mandato nesta quinta-feira (18). Estava afastado desde outubro de 2020, quando pediu uma licença depois das reações negativas à notícia de que a PF (Polícia Federal) encontrou dinheiro na cueca dele.

Na quarta-feira (17), o ministro Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou Chico Rodrigues a reassumir suas funções no Senado. Argumentou que a PF e a Procuradoria-Geral da República não pediram a prorrogação do afastamento e não reportaram nenhuma ocorrência de interferências nas investigações. Barroso havia decretado o afastamento do cargo do congressista por 90 dias.

O ministro manteve o afastamento do senador da comissão mista do Congresso Nacional que acompanha a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à covid-19.

Rodrigues é suspeito de ser o chefe de um grupo criminoso que desviou recursos públicos da Secretaria de Saúde de Roraima. O caso ainda está sob investigação, e o senador nega as irregularidades.

Em documento divulgado nesta quinta-feira (18), o senador afirmou que pediu afastamento para “buscar amparo” e “restaurar o mínimo de sanidade nos recursos dos medicamentos psiquiátricos, no apoio da família e na crença profunda na justiça de Deus”.

“As circunstâncias terríveis que assombraram a minha vida me impediram inclusive de poder sequer me defender das brutais e kafkanianas imputações feitas contra mim, numa avalanche do destino que me privou de qualquer condição mínima de reagir e de me contrapor”, declarou.

Dinheiro na cueca

A Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 18.000 na cueca de Chico Rodrigues em operação na casa do senador. Em um cofre havia outros R$ 10.000 e USD 6.000, escreveu a PF.

Segundo a Polícia Federal, ele comandou superfaturamento de contratos entre empresas com as quais tinha ligação e a Secretaria de Saúde de Roraima. O esquema seria alimentado por emendas parlamentares, frações do Orçamento que congressistas podem destinar.

Rodrigues estava com um short azul “tipo pijama”, segundo a Polícia Federal, no momento da apreensão. O delegado responsável percebeu “que havia um grande volume” retangular sob a peça quando o senador se dirigia ao banheiro. Imaginou que pudesse haver dinheiro ou 1 aparelho celular escondido.

“Ao ser perguntado sobre o que havia em suas vestes, o senador Chico Rodrigues ficou bastante assustado e disse que não havia nada”, diz o relato da operação encaminhado ao STF. Trechos podem ser lidos neste documento (238 Kb).

Foram feitas imagens da ação. “Esta equipe policial possui 1 vídeo da segunda busca pessoal efetuada, contudo, nesse caso, considerando a forma como os valores foram escondidos pelo Senador Chico Rodrigues bem no interior de suas vestes íntimas, deixo de reproduzir tais imagens neste Relatório para não gerar maiores constrangimentos”, segundo o relato enviado ao Supremo.

Poder 360

Via BG



Bolsonaro deu vacina chinesa para mãe ao invés de Cloroquina



Dona Olinda Bonturi Bolsonaro, mãe do presidente Jair Bolsonaro, foi vacinada com a CoronaVac, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista.

Olinda tomou a primeira dose no dia 12 de fevereiro, como publicou em primeira mão o R7.

A informação de qual vacina foi aplicada na mãe do presidente é relevante apesar de a família ter pedido para o município de Eldorado, no interior paulista, não divulgá-la.

Em declarações desde meados de 2020 o chefe do Executivo federal, seu filho, questionou a qualidade do imunizante, afirmou que seu maior problema era a origem chinesa e o reduziu a uma bandeira eleitoral de seu principal adversário político, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Também veio da família de Olinda, de seu neto, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), uma acusação que ajudou a estremecer as relações entre China e Brasil. Uma postagem nas redes sociais é apontada como uma das responsáveis pelos atrasos na liberação de insumos do país asiático aos institutos brasileiros Butantan e Fiocruz, que produzem no país, respectivamente, os compostos do laboratório Sinovac e da farmacêutica AstraZeneca.

Eduardo Bolsonaro afirmou no Twitter que a China propositalmente escondeu a covid-19 e deixou de salvar vidas.

O cruzamento de dados do SUS (Sistema Único de Saúde), do governo federal, com detalhes da campanha nacional de vacinação contra covid-19 em todas as cidades do país, e informações da Secretaria Estadual da Saúde paulista mostraram que, em Eldorado (SP), apenas 26 aplicações foram feitas em 12 de fevereiro, todas da CoronaVac.

A última dose da AstraZeneca recebida por um morador do município, até a última atualização de quarta-feira (17), ocorreu no dia 9 deste mês, três dias antes de Olinda receber o enfermeiro Valter, servidor municipal, em sua residência.

Dos 1.315 habitantes que obtiveram a primeira dose, apenas 50 tinham em suas seringas o produto da AstraZeneca. Idosos com mais de 80 anos foram 120 até quarta, dos quais 115 receberam a CoronaVac.

No final de julho de 2020, em sua live semanal, quando os estudos de vacinas eram somente uma possibilidade de resposta à pandemia, Bolsonaro afirmou que o Brasil utilizaria a opção desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca e não a “daquele outro país”.

Em 20 de outubro, ele fez o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cancelar a compra de 46 milhões de doses da Sinovac, negociada por Doria, em São Paulo. E postou em seu Twitter uma justificativa.

“A vacina chinesa de João Doria, qualquer uma antes de ser disponibilizada à população, deve ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Minha decisão é a de não adquirir a referida vacina.”

A explicação perdeu força um dia depois, quando passou a dizer que não compraria a CoronaVac simplesmente por ser da China.

Em 21 de outubro, em entrevista à Rádio Jovem Pan, afirmou que a CoronaVac não tinha credibilidade. “Da China nós não compraremos, é uma decisão minha”, decretou.

A jornalistas, em um evento no mesmo dia, comentou que, até onde sabia, nenhum país do mundo tinha interesse em comprar a vacina da China. A negociação para antecipar as compras foi classificada por Bolsonaro “como a única cartada” de Doria “em busca da popularidade que ele perdeu na pandemia”.

No dia 22 de outubro, ao conversar com apoiadores no cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada, disse que a vacina não transmitia segurança “por sua origem”.

Em novembro, comemorou quando os testes nacionais da CoronaVac foram interrompidos pela Anvisa após a morte de um dos voluntários. O suicídio, no entanto, não tinha qualquer ligação com o imunizante, e o estudo foi retomado. “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu o presidente em um comentário no Facebook.

Na ocasião, analistas e opositores apontavam que o presidente estaria pressionando o presidente da Anvisa, seu aliado Antonio Barra Torres, a vetar a autorização da vacina chinesa.

Em 15 de dezembro, quando se configurava que a substância desenvolvida na China era a mais próxima de aprovação no Brasil, ele declarou que não tomaria a vacina, de jeito nenhum.

Logo após sair o anúncio de que CoronaVac tinha eficácia de 50,38%, chegou ao cercadinho, em 13 de janeiro, ironizando o resultado: “Essa de 50% é uma boa?”. Em seguida, comentou que foi criticado por ter apontado a falta de qualidade do produto.

“O que eu apanhei por causa disso, agora estão vendo a verdade. Estou há uns quatro meses apanhando por causa da vacina. Entre mim e a vacina tem a Anvisa”, disse, colocando em dúvida a aprovação do imunizante.

Assim que ela foi aprovada pela agência reguladora, porém, em 17 de janeiro, aceitou o resultado, mas tentou tirar o mérito do rival paulista de ter apostado no estudo chinês: “A vacina é do povo brasileiro, não é de governador nenhum.”

Em outra conversa com seus eleitores no Alvorada, no início deste ano, Bolsonaro citou que, apesar de ter decidido não tomar vacina contra covid-19, ele e os irmãos estavam discutindo se a mãe, em idade avançada, deveria ser imunizada.

Pouco depois, informou que votou a favor da aplicação, mas aguardava a decisão dos irmãos.

Além da dificuldade em aceitar o composto da China, Bolsonaro minimizou durante a pandemia a importância da vacinação.

Também em janeiro, o presidente citou que em uma pesquisa própria que fez na praia, nas ruas e em conversas com apoiadores percebeu que menos da metade da população tinha a intenção de se vacinar.

Bolsonaro determinou que a vacina não seria obrigatória e criticou os laboratórios por terem pensado tanto nos imunizantes e não no desenvolvimento de remédios. Ele é um defensor declarado do tratamento precoce com o uso da hidroxicloroquina, prática que não tem comprovação científica.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto para saber se o governo gostaria de comentar algo sobre a vacinação de Olinda Bonturi ou em relação ao composto chinês, mas até a publicação, não houve resposta.

Roberto Flávio