Ao lado de Câmara, que fez campanha para o tucano Aécio Neves no segundo turno da disputa eleitoral de 2014, Fernando Haddad destacou que o Brasil começou a se desestabilizar quando o resultado da eleição não foi aceito.
“Eles não aceitaram até hoje a derrota de 2014. E desde lá, só fizeram bagunça com o Brasil”, discursou. De olho no segundo turno das eleições, Haddad afirmou que não era hora de revanchismo.
“Vamos nos reconciliar com o Brasil. Muita gente percebeu o que vem acontecendo. Uma parte grande da população foi levada ao erro em 2016 e hoje as pessoas acordaram”, ressaltou.
O petista disse que o Nordeste já sabe o resultado das eleições. “O Nordeste já é festa. Já sabe que nós vamos para cima. Que nós vamos segurar o Brasil integrado, sem raiva de ninguém e com muito amor.”
Em entrevista após o ato, ele informou que não leu a carta escrita por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em que o tucano pede união do povo contra candidatos radicais.
“Não li a carta. É um gesto de apoio a Geraldo. É natural. Ele tem uma ligação muito grande com o Geraldo. Mesma ideia, mesmo estilo. É natural o apoio.”
O candidato também comentou a fala de Paulo Guedes, o guru do candidato Jair Bolsonaro (PSL), sobre “o voto programático de bancada”.
“Olha, eu penso que nós não podemos tentar resolver na base do autoritarismo e da violência. Democracia deve ser celebrada a todo tempo. A ampla aliança de primeiro e segundo turno vai formar a base de sustentação para os projetos que eu e Lula definimos.”
No discurso, Haddad lembrou uma história contada pelo governador da Bahia, Rui Costa. “Lá na Bahia, uma mulher disse para o Rui Costa uma frase que eu repito em todo comício. Ela falou assim: ‘Rui, nem golpe esses caras sabem dar. Eles afastaram a Dilma, prenderam o Lula, mas esqueceram de prender o povo'”.
No início da tarde, o candidato seguiu para Caruaru, no agreste pernambucano. Neste domingo (23), realiza ato de campanha em Petrolina, no sertão.
Folhapress