A taxa de desemprego nas sete regiões metropolitanas - Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e ao Distrito Federal - pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) ficou em 10,6% em agosto, contra 10,9% em julho e 11,1% no mesmo mês do ano passado.
Foi a quarta queda consecutiva do índice, que estava 11,3% em abril, passou para 11,1% em maio e 11% em junho. Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), 83 mil vagas foram criados no mês passado, enquanto 15 mil pessoas entraram no mercado de trabalho, deixando um saldo de 69 mil desempregados a menos do que no mês anterior.
O total equivale a 2,3 milhões de pessoas entre cerca de 22,3 milhões. Nos últimos 12 meses, a ocupação cresceu 0,5%, com 106 mil desempregados a menos. “O nível de ocupação elevou-se em Salvador (2,1%) e São Paulo (0,6%), permaneceu relativamente estável em Belo Horizonte (0,1%), Recife (0,2%) e Fortaleza (0,3%), não variou no Distrito Federal e reduziu-se em Porto Alegre (-1,0%)”, informou o Dieese/Seade, em nota.
Nas regiões metropolitanas pesquisadas, houve alta de 1,2% no rendimento médio real dos ocupados e de 0,6% entre os assalariados. Os valores médios foram de R$ 1.632 e R$ 1.677. A elevação foi verificada em cinco das sete áreas. A maior variação ocorreu em Belo Horizonte: 6,5% (para R$ 1.722); já o maior rendimento foi em São Paulo (R$ 2.275), onde a alta foi de 0,6%. A ocupação aumentou principalmente no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; foram 49 mil vagas, alta de 1,3%.
A indústria de transformação registrou 15 mil novos postos de trabalho, aumento de 0,5%. Já os setores de serviços e construção civil ficaram quase estáveis, com 39 mil postos a mais (0,3%) e 2 mil a menos (-0,1%), respectivamente. A taxa de desemprego “aberto” passou de 8,6% para 8,4%. Este indicador considera as pessoas “que procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores ao da entrevista e não exerceram nenhum tipo de atividade nos 7 últimos dias” em relação à coleta de dados. Já a de desemprego oculto recuou de 2,3% para 2,2%.
O número considera tanto pessoas que exerceram alguma função de “forma descontínua e irregular” (trabalho precário) e as que não procuraram trabalho nos 30 dias anteriores porque se sentem desestimuladas (desalento). A pesquisa mostrou uma alta de 2,6% no emprego sem carteira assinada, de 1,59 milhão de trabalhadores para 1,63 milhão.Agência Estado