O PMDB sonha com a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) como candidata ao Senado na chapa encabeçada por…
Por quem?
O PMDB que dá as cartas no processo sucessório, parece ser, na realidade, o partido mais frágil.
Mais passível de ser isolado.
Simplesmente porque não tem candidato.
A tese de candidatura própria não vinga e isso é mais visível a cada dia que se passa.
O PMDB que já tentou isolar Wilma, que tenta isolar o governadorável Robinson Faria (PSD), que tenta isolar a deputada Fátima Bezerra (PT), é hoje o partido mais próximo de um isolamente.
Tudo porque não tem candidato.
Tem 4 nomes, como o presidente nacional da legenda, Valdir Raupp, anunciou.
Mas, nenhum candidato.
O ministro Garibaldi Filho já foi governador duas vezes. Sabe que se voltar ao Executivo, não terá a paz que teve em seus dois mandatos que o consagraram como o “Governador das Águas”.
Marca que se apagaria com facilidade caso voltasse a governar o Rio Grande do Norte de hoje, num contexto imensamente diferente do que ele viveu em seus 7 anos como gestor oficial.
As mídias digitais, alguém pode até pensar que não, hoje destroem e constroem coisas belas em questão de segundos.
E por quê e pra quê se arriscar quando a consagração já aconteceu? Quando o auge já o transformou no senador de 1 milhão de votos, no ministro queridinho da presidente da República?
Não.
Garibaldi não terá mais isso.
Voltando ao governo, pode, aí sim, apagar tudo isso. Em questão de dias…
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O ex-senador Fernando Bezerra, até então o nome escolhido pelo PMDB…não vai.
Ninguém conseguiu convencer Fernando ainda de que ele será o candidato do PMDB.
O título de ‘o melhor senador que o Rio Grande do Norte já teve’ não foi suficiente para reelegê-lo, e o empresário de sucesso está fora da política há 7 anos.
Portanto, longe dos olhos de quem procura um candidato popular, que vá para as ruas, abrace o povo, sorria…
Esse perfil não se encaixa no gestor privado de sucesso e o nome que o PMDB tenta apresentar, começa a ser vetado dentro das discussões internas do próprio partido.
A própria Wilma de Faria, convocada a fazer parte da chapa como puxadora de votos, já disse que com FB na cabeça, não vai.
Motivo de discussões pra lá de guardadas a 7 chaves, mas que aconteceram.
Nos levantamentos técnicos que abrangem todo o Estado, Wilma constatou que o nome de Robinson é muito mais aceito do que o de Fernando Bezerra, o que torna a disputa desigual, principalmente qundo acrescenta o nome de Fátima como candidata ao Senado numa chapa encabeçada por Robinson.
É essa novidade que se confronta com o cenário que o PMDB deseja criar, que fez com que Wilma não aceitasse a dobradinha com FB.
Por uma questão de sobrevivência dela.
Diante disso…FB, como o Blog já havia dito, passa a ser carta fora do baralho do PMDB que deseja ganhar a eleição.
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O deputado Walter Alves voltou a integrar a lista dos possíveis candidatos.
Mas, em contato com o Blog, voltou a tirar o nome da lista dos possíveis candidatos.
Não vai.
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Sobra quem?
O deputado Henrique Alves.
É com ele que Wilma sonha formar chapa.
Pelos estudos já apresentados, a possibilidade de vitória dele não existe….
Nada que não se possa mudar com uma campanha bem feita, e alianças mais ainda…
Mas…depois de perder duas vezes para o Executivo, Henrique teme mais uma derrota.
E desta vez com um agravante: ficaria sem mandato.
Quando disputou a Prefeitura de Natal, perdeu e retomou seu mandato de deputado. Sem prejuízos.
Dessa vez, não.
Entre o risco de derrota e a possibilidade de continuar presidente da Câmara, Henrique faz opção pela segunda.
E para tanto, já vem conversando com a presidente Dilma Rousseff, tentando garantir que, com Dilma reeleita, o apoio para a reeleição de presidente do Legislativo estaria garantido.
Tem tido boas respostas, o que não significa que a permanência no cargo já é prego batido e ponta virada.
Em fevereiro do próximo ano, exatamente de hoje a um ano, quando a Câmara elegerá seu novo presidente, a legislatura será outra, e muitos serão os nomes novos – ou bem antigos da política – que tomarão posse…
E isso poderá mudar o rumo da prosa.
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Portanto…
São 4 e nenhum ao mesmo tempo.
Resumindo: o PMDB não tem candidato.
E Wilma, nesse caso, se não optar pela disputa pelo governo como quer o PSB, segue sendo a senadora …de quem?
FONTE: Thaísa Galvão