O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réu, nesta terça-feira (8), o fundador e presidente do Partido Solidariedade (SD), deputado Paulinho da Força, por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional.
O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu a denúncia por acreditar que o parlamentar se beneficiou em um esquema de desvios de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Santa Tereza, de 2008.
Desde abril, o parlamentar também responde no STF, junto com outras 11 pessoas, a acusação de superfaturar em 77% a compra de uma fazenda para implementação de um projeto de reforma agrária. O governo federal investiu R$ 2,3 milhões em uma área de 307 alqueires. Segundo laudos da época, o valor do imóvel seria de R$ 1,3 milhão.
Paulinho da Força, como é conhecido devido sua ligação com a central sindical que ajudou a fundar, a Força Sindical, é um defensor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Em abril, Paulinho disse “vivemos uma crise moral e ética sem precedentes”, ao se referir ao governo federal.
Em maio, diante de centenas de trabalhadores durante evento na Força Sindical, em São Paulo, o parlamentar se referiu à presidenta da seguinte maneira, “quem quer essa desgraçada fora, levante o braço. Dilma, vai para o inferno”.