Iniciada no dia 25 de maio passado, a greve dos servidores técnicos-administrativos e docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) chega hoje a 100 dias. A paralisação, que teve início por conta do descumprimento de acordo firmado no ano passado entre o Governo do Estado e as categorias, segue sem definição.
Segundo a Associação dos Docentes da Uern (Aduern), o acordo descumprido e que desencadeou a greve prevê um realinhamento salarial de 12,035%, que seria a primeira parcela de um reajuste total de 57,53% em quatro anos nos vencimentos das categorias e garantiria a implementação do Plano de Cargos e Salários (PCR) dos professores. Alegando impedimentos jurídicos, causados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Executivo estadual afirmou que era impossível reajustar os salários de qualquer categoria do RN.
Os servidores ainda reivindicam a realização imediata de concurso público e de uma série de melhorias estruturais nos campi da Universidade, como a conclusão das obras na Faculdade de Ciências Exatas e Naturais (Fanat) e dos Campus de Natal e Caicó, além de avanços na estrutura do Campus Central, em Mossoró.
Para o presidente da Aduern, Valdomiro Morais, o momento é de negociação entre os grevistas e o Governo. Ele informa que representantes dos sindicatos estiveram com Robinson Faria na última semana e o governador se comprometeu a enviar o documento que garante o realinhamento salarial das categorias com urgência para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (AL/RN), para que seja aprovado.