Na noite desta sexta (24), na posse do novo presidente do Sindicato dos Bancários do ABC Belmiro Moreira, o ex-presidente Lula fez mais um discurso em defesa do PT e do governo de Dilma Rousseff. Ele comparou a a atual crise petista com a perseguição sofrida pelos judeus.
“Tenho a impressão de que muitas vezes a gente vê na televisão e parece os nazistas criminalizando o povo judeu. Parece os romanos criminalizando os cristãos, parece os fascistas criminalizando o povo italiano, parece tantas outras perseguições.”
Durante o evento realizado em um clube em Santo André com a presença de lideranças petistas da região, como o prefeito da cidade Carlos Grana e o prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho, Lula afirmou que está de “saco cheio” e “cansado de mentiras e de safadezas”. Ele também afirmou que estava cansado das “agressões à primeira mulher que governa este país”, referindo-se a Dilma Rousseff.
Lula admitiu que problemas como a inflação e o desemprego entraram na casa do brasileiro, mas ressaltou que resolver essa questão é prioridade da atual presidente. “A inflação está alta agora, assustando muita gente, mas está com perspectiva de cair, porque a Dilma tem obsessão de não permitir que a inflação ultrapasse o limite que já chegou, 9% ao ano, não 80% ao mês”.
Ele também destacou o esforço da presidente para resolver a crise econômica brasileira. “Se o Brasil está hoje numa situação complicada, e nós sabemos que está e que a preocupação chegou dentro da casa, não é problema para a gente se alarmar, é problema para ficarmos apreensivo. Sabemos que temos pessoa lá em Brasília que vai cuidar deste pais”. Lula também enfatizou que o “clima de ódio” e “intolerância” ajudam a despertar o medo na sociedade.
Novamente Lula culpou as conquistas sociais pelos ataques ao PT afirmando que é difícil para parte da elite brasileira suportar algumas coisas. “Isso explica um pouco o ódio, um pouco as mentiras, as atitudes de certa forma canalha de alguns segmentos neste país.”
“Sinceramente ando de saco cheio, ando profundamente irritado porque o pobre passear, comer em restaurante começa a incomodar, pobre querer passear no nordeste começa a incomodar”, emendou.
No final de seu discurso de aproximadamente 20 minutos ele defendeu mais uma vez a presidente. “Não há nenhuma razão para ter medo do futuro, porque tem uma mulher da maior dignidade governando esse país, não tem pessoa com caráter mais forte do que a Dilma. E ela está sendo vitima de uma conjuntura que está prejudicando chinês, americano, alemão”.
Sem citar partido, afirmou que “pessoas que se diziam democráticas não aceitaram até agora o resultado da uma eleição que elegeu uma mulher”. Ele também disse que pessoas que dizem que o Brasil vai quebrar “quebraram o país duas vezes”.
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