O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse nesta sexta-feira (16) que o modelo de intervenção federal determinada por Michel Temer na segurança pública do Rio de Janeiro, formalizada em
decreto no início da tarde, se presta a
“servir esse bando de vagabundos” – ou seja, aos membros do governo.
Pré-candidato à Presidência da República, o parlamentar reclamou do fato que a decisão foi tomada “dentro de um gabinete” e não consultou as Forças Armadas.
“É uma intervenção decidida dentro de um gabinete, sem discussão com as Forças Armadas. Nosso lado não está satisfeito. Estamos aqui para servir à pátria, não para servir esse bando de vagabundos”, disse o deputado ao site O Antagonista.
Espécie de porta-voz de militares radiciais na Câmara e defensor do regime militar, Bolsonaro também se queixou da autorização para que os militares, que se instalarão em pontos de estratégicos do Rio de Janeiro por tempo indeterminado, atuem sem que lhes seja garantido o “excludente de ilicitude” – uma salvaguarda jurídica que garante a membros das Forças Armadas a inimputabilidade em caso de mortes por eles provocadas em combate.
“No Haiti, você podia atirar. Aqui como vai ser?”, indagou.
“Todo mundo diz que estamos em guerra. O Rio está em guerra. Mas que guerra é essa que só um lado pode atirar?" Qualquer um do lado de cá, que tome uma medida de força, vai ter problemas depois na Justiça.
Seja o policial militar, o civil ou o rodoviário federal”, acrescentou o presidenciável, para quem “o problema da segurança no Rio não vai ser resolvido por decreto presidencial, assinando um papel”.
FONTE: Congresso em Foco